Assim como aconteceu alguns meses atrás na Copa do Mundo, o futebol feminino entrou em campo com força total nesta quinta-feira (5), segundo dia da Brasil Futebol Expo, evento que acontece até domingo (8), em São Paulo. Com as presenças ilustres na plateia da sueca Pia Sundhage, nova treinadora da Seleção Brasileira feminina, e da artilheira Cristiane, um grande painel e um curso discutiram propostas para a evolução da modalidade.
Patrocínio ao futebol feminino
Na parte da tarde, em um painel para uma plateia lotada, na maior sala do evento, a especialista em marketing esportivo e empreendedora Mônica Esperidião fez uma palestra para orientar os estudantes sobre uma pergunta provocativa: “como eu convenço meu chefe a patrocinar o futebol feminino?”.
Mônica tem no currículo quase uma década trabalhando com marketing esportivo dentro da operadora Vivo. E desde 2017, após se mudar para Madri, na Espanha, é CEO e Co-Fundadora da Women Experience Sports, empresa que já promoveu experiências ligadas ao esporte em países da Europa e no Brasil.
Números mostram o crescimento da modalidade
Em sua palestra, Mônica mostrou números globais do futebol feminino, especialmente relacionados ao sucesso da Copa do Mundo disputada este ano na França. E todo o impacto positivo e o reconhecimento que a modalidade ganhou no Brasil após o desempenho da Seleção Brasileira na competição.
Depois dos grandes resultados de mídia que a Copa do Mundo de Futebol Feminino atingiu, o mercado corporativo parece se voltar e apostar no crescimento comercial. Monica Esperidião vai mostrar como isso pode influenciar na estrutura do futebol feminino e quais os possíveis resultados no curto prazo. E mostrou como aumentou o interesse das marcas dos mais diversos segmentos.
O exemplo do Grupo Boticário
“Iniciativas como a do Boticário, por exemplo, que liberou seus funcionários para assistirem aos jogos da Seleção feminina durante a Copa do Mundo. Quando vi que a empresa havia tomado essa iniciativa, eu fiquei emocionada”, disse Mônica.
Além de falar o que uma marca deve fazer e o que não deve fazer quando vira patrocinadora, Mônica tratou de outro assunto que sempre vem à tona quando se fala da participação das mulheres no esporte: o feminismo.
“O que está acontecendo não é só uma revolução feminista. Temos que tomar muito cuidado com esse termo. Eu não quero ser melhor do que o homem. Eu quero ter igualdade de oportunidades. Isso é ser feminista. Não tenhamos medo de sermos feministas, mas vamos ter cuidado para não cair no exagero”, disse Mônica.
Evolução do futebol feminino no Brasil
Na sequência, Mônica moderou um curso com ouras três mulheres, que falaram sobre o desenvolvimento e os desafios do futebol no Brasil. Para uma sala também lotada, as ex-jogadoras da Seleção Brasileira Aline Pellegrino, atual diretora do departamento de futebol feminino da Federação Paulista de Futebol, e Bia Vaz, atual auxiliar-técnica da Seleção, se juntaram à argentina Julieta Reggi, coordenadora de futebol feminino do Departamento de Competições da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.
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