Apenas dois dias antes do início da Copa do Mundo FIFA 2022, a FIFA revelou que nenhuma cerveja estará disponível nos oito estádios do Qatar. O país anfitrião estava originalmente permitindo a cerveja, apesar de suas rígidas políticas de álcool. Porém, as autoridades voltaram atrás e decidiram proibir o consumo de álcool não só dentro dos estádios, mas também no entorno deles.
“Após discussões entre as autoridades do país anfitrião e a FIFA, foi tomada a decisão de focar na venda de bebidas alcoólicas no FIFA Fan Festival, em outros destinos de torcedores e em locais licenciados, retirando pontos de vendas de cerveja no perímetro dos estádios da Copa do Mundo de 2022”, declarou a FIFA em um comunicado oficial.
O episódio só contribui para aumentar a tensão entre a entidade máxima do futebol e a sua patrocinadora oficial, a Budweiser, que só poderá vender o seu produto Bud Zero sem álcool nos estádios e nos entornos. O acordo da Budweiser vale US$ 75 milhões para cada ciclo da Copa do Mundo. A empresa é patrocinadora exclusiva de cerveja da Copa do Mundo FIFA desde 1986.
O anúncio ocorre dias após as demandas – supostamente da família real do país – para mover as barracas de cerveja para locais mais obscuros. No início desta semana, a Budweiser foi forçada a mudar suas barracas de venda de cerveja para locais “menos proeminentes” nos estádios para evitar a perspectiva de ser completamente fechada pelas autoridades do Qatar.
Contudo, há uma exceção à regra. Bebidas como um champanhe oficial da FIFA, cerveja e vinho estarão disponíveis nas luxuosas suítes do estádio reservadas para oficiais da FIFA e convidados ricos. Enquanto o único local em que haverá venda de cervejas para “torcedores comuns” será no Fifa Fanfestival, e apenas numa janela de seis horas, entre 19h e 1h. Um copo de meio litro custa quase R$ 75 (ou US$ 14), a cerveja mais cara da história das Copas do Mundo.