A WrestleMania 41 acontecerá neste fim de semana — dias 19 e 20 de abril — no Allegiant Stadium, em Nevada, nos Estados Unidos. Considerado o maior evento do ano da WWE, estima-se que mais de 100 mil pessoas comparecerão às duas noites. Com transmissão global pela Netflix, o show começará no Brasil às 20h (horário de Brasília).
No sábado, o combate principal reúne três lutadores: CM Punk, Roman Reigns e Seth Rollins. O trio vem rivalizando desde janeiro, quando Punk eliminou Reigns e Rollins no Royal Rumble. Já no domingo, John Cena — que anunciou sua aposentadoria da luta livre para o fim do ano — enfrentará Cody Rhodes pelo título mundial da WWE. A luta está cercada de expectativas, pois será a primeira vez em 20 anos que Cena atuará como vilão.
Outro lutador famoso que estará no evento é Logan Paul. O irmão mais velho de Jake começou no YouTube em 2013, migrou para o boxe em 2018 — chegando a enfrentar a lenda Floyd Mayweather em uma luta de exibição — e passou a se aventurar na WWE em 2022, com o objetivo de realizar um sonho de infância. Em sua primeira WrestleMania, perdeu para Seth Rollins, mas se recuperou na edição seguinte, defendendo com sucesso o título dos Estados Unidos. Agora, em 2025, o desafio será contra o fenomenal AJ Styles.
Mas, afinal, o que é WWE?
Criada em 1953 por Vincent J. McMahon, a Capitol Wrestling Corporation (CWC) — que mais tarde se tornaria a World Wrestling Entertainment (WWE) — é uma companhia norte-americana de luta livre que mistura a emoção das artes marciais com a magia da ficção.
As lutas são encenadas, com os vencedores previamente definidos nos bastidores. Além disso, os lutadores interpretam personagens dentro do ringue. Enquanto os heróis são conhecidos como faces, os vilões recebem a alcunha de heel. Há ainda o tweener, que é uma espécie de anti-herói da história.
Ou seja, assistir à luta livre é como acompanhar uma obra de ficção com início, meio e fim, repleta de reviravoltas, momentos de romance, pitadas de humor e até elementos de terror — como no caso do icônico The Undertaker, personagem sobrenatural de Mark Calaway, que venceu 21 combates seguidos na WrestleMania, antes de perder a streak para Brock Lesnar em 2014.
Netflix já começa a colher os frutos da parceria com a WWE
Como noticiado anteriormente, a Netflix adquiriu os direitos de transmissão dos shows da WWE por 5 bilhões de dólares (R$ 24,8 bilhões, na cotação da época) no início de 2024. Desde então, o Monday Night RAW — principal programa semanal da empresa — não saiu do Top 10 global da plataforma e já soma quase 13 semanas consecutivas entre os destaques.
De acordo com os dados divulgados pela própria Netflix, o RAW tem uma média de 3 milhões de espectadores por episódio. Contudo, esse sucesso ainda não se reflete por aqui. Até a publicação desta matéria, nenhum show da WWE esteve entre os 10 mais vistos do país. Além de uma resiliência por parte do público – de não assistir o conteúdo por considerá-lo fake – a falta de wrestlers brasileiros e o baixo investimento da empresa no Brasil contribuem para isso.
Os jogos eletrônicos da WWE também não têm versão em português, e o último show da companhia no Brasil foi em 2012, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Desde então, a WWE tem priorizado outros mercados, como Arábia Saudita, Canadá e Europa, sem planos de retornar à América do Sul no curto prazo.
Contudo, sabemos que a esperança é a ultima que morre. A Netflix tem forte presença no Brasil e costuma realizar eventos de grande porte por aqui, como o Tudum em São Paulo. Então, não seria surpresa se a WWE voltasse a pisar em solo brasileiro em um futuro próximo.
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