A NFL, conhecida como a liga esportiva mais rica e poderosa do mundo, está expandindo suas fronteiras com planos ambiciosos de internacionalização. No último domingo (10), a liga encerrou a temporada de jogos internacionais de 2024 com o confronto entre Giants e Panthers na Allianz Arena, em Munique. Esta é a terceira temporada consecutiva com cinco partidas fora dos Estados Unidos, incluindo uma estreia histórica no Brasil e três jogos em Londres, consolidando o futebol americano como um espetáculo global.
Esse plano, no entanto, é apenas o começo. A liga já aprovou a realização de até oito jogos regulares fora dos EUA a partir de 2025, com possibilidade de dobrar esse número nos próximos anos, o que poderia estabelecer uma presença quase contínua da NFL no cenário internacional. O comissário Roger Goodell não esconde sua intenção de alcançar 16 jogos internacionais, ampliando as oportunidades de patrocínios, contratos de mídia e novos públicos. “Acho que eventualmente chegaremos a 16 jogos”, afirmou Goodell em uma transmissão da NFL Network.
Próximos destinos e expansão de mercados
Com uma estratégia que combina exploração de novos territórios e o fortalecimento em locais já estabelecidos, a NFL promete expandir sua presença global. Para 2025, a liga já confirmou o primeiro jogo na Espanha, que será realizado no icônico estádio Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid. A partida ainda não tem times definidos, mas as equipes Bears e Dolphins, que possuem direitos de marketing na Espanha como parte do programa de mercados globais da NFL, são candidatas. A NFL também promete retornar ao México, com previsão de jogo no Estádio Azteca, após as reformas para a Copa do Mundo de 2026.
A lista de novos países em potencial não para por aí. A Irlanda, com o estádio Aviva em Dublin, onde ocorre o Aer Lingus College Football Classic, é uma das principais candidatas. O comissário Goodell destacou o interesse dos Steelers em jogar no país, e outras equipes com direitos de marketing, como Jaguars e Jets, podem seguir o mesmo caminho. A introdução da NFL na Irlanda ampliaria sua presença na Europa, onde a liga já construiu uma base sólida desde 2007, quando começou a realizar partidas regulares em Londres.
Outros países europeus, como França e Itália, também estão no radar. Em busca de novos horizontes, a NFL chegou a discutir a realização de jogos na Austrália, onde equipes como Eagles e Rams possuem direitos de marketing. Mesmo com o grande fuso horário, o país é um dos mercados que a NFL considera entrar em um futuro próximo.
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Estratégia global e transformação no modelo de transmissão
A expansão internacional da NFL também representa uma oportunidade de remodelar sua estratégia de mídia. Uma das ideias em estudo é a criação de um pacote de transmissões internacionais, que adicionaria uma janela de transmissão fixa aos domingos pela manhã, horário de Nova York. Estima-se que essa novidade poderia gerar mais de US$ 1 bilhão para a liga, especialmente em parcerias com plataformas de streaming globais, permitindo à NFL aumentar sua receita e engajamento de fãs em fusos horários distintos.
Os fãs também podem esperar mudanças na experiência de assistir à NFL. Uma maior quantidade de jogos fora dos EUA significa que mais equipes irão abrir mão de partidas em casa, deslocando-se para cidades como Londres, Munique e Madri. Isso promete uma experiência diferenciada e diversificada para o público global, que poderá vivenciar o futebol americano ao vivo e mais próximo de suas culturas locais.
Para Goodell, a expansão internacional pode até mesmo alcançar o maior evento da liga: o Super Bowl. Em um comentário recente, ele revelou que não se surpreenderia se o evento fosse realizado em Londres no futuro, adicionando que uma final fora dos EUA “poderia se tornar uma vantagem para os organizadores”.
Nova Era da NFL: globalização e impacto econômico
A expansão da NFL para mercados internacionais não é apenas uma oportunidade para atrair novos fãs, mas também um movimento estratégico de diversificação econômica e desenvolvimento de novas parcerias. Marcas locais e globais, como a Wagner Pizza, da Alemanha, já estão aproveitando a chance de se associar a equipes como os Chiefs, que fizeram sucesso em Frankfurt e planejam retornar ao país em breve. A presença global também incentiva que as equipes explorem residências temporárias em outros países, como os Jaguars, que já jogam duas partidas anuais em Londres.
A globalização da NFL marca uma nova era para a liga e para o futebol americano, que agora se posiciona como uma plataforma cultural e econômica mundial. Com planos de internacionalização ambiciosos, a NFL se fortalece como uma liga de alcance sem precedentes, pronta para romper as fronteiras do esporte e transformar o entretenimento global.
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