Não é nenhuma novidade que a tecnologia está se tornando cada vez mais presente no esporte ao longo dos últimos anos, seja diretamente na prática das modalidades ou nos bastidores do mercado esportivo. Porém, essa “invasão tecnológica” está tomando outras proporções, ao ponto de redesenhar o consumo dos esportes em geral. Devido ao avanço das plataformas digitais, o consumo do esporte está caminhando a largos passos para se tornar uma experiência mais imersiva, integrada e memorável.
Diante deste cenário, surge a IRL Sports, nova empresa do Grupo SISU, destinada a gerar valor para o consumidor do esporte de uma forma mais otimizada. Contudo, antes de entender a fundo o papel da IRL Sports, é necessário compreender a revolução tecnológica a qual o mercado esportivo global está submetido atualmente. Apesar da crescente popularidade, termos como Web3, NFTs e Blockchain ainda podem estar um tanto confusos para uma parte significativa dos leitores e consumidores.
Navegue pelo conteúdo:
- O que é Web3?
- O que são NFTs?
- Expansão no Brasil e no mundo
- Aplicação dessas tecnologias no esporte
- IRL Sports
- Projetos da IRL Sports
O que é Web3?
Além de ser um termo extremamente em alta nos dias de hoje, Web3 é o nome atribuído a essa nova evolução do que o público conhecia como a internet comum – também intitulada como Web2. De forma simplista, é como se a Web3 fosse a terceira fase dessa grande evolução da internet, que mantem algumas características da Web2, mas também tem diferenciais importantíssimos para entender a revolução tecnológica no mercado esportivo.
Entre as características fundamentais da Web3 para entender o motivo dela estar sendo tão disruptiva está a descentralização, no sentido de que, na Web3, há um ownership muito bem definido. Por exemplo, em uma plataforma digital como o Facebook, o usuário pode não ser o dono de todos os seus dados e até do seu próprio perfil, uma vez que, no fim, a empresa (Meta) é a verdadeira dona. Na Web3, o usuário se torna dono das suas informações, ativos e dados.
Dessa forma, a Web3 também se torna mais segura, apresentando uma privacidade de dados muito diferente do que a Web2. Porém, é importante ressaltar que a Web3 não deixa de ser mais uma variação da Web, ou seja, o que já é conhecido pelo público, como social media, ecommerce, 5G e ativos digitais, também será englobado nessa terceira fase, mas de uma forma diferente e mais segura – um dos pontos chaves da Web3.
O que são NFTs?
A principal forma de navegar na Web3 são os NFTs – eleita a palavra do ano em 2021. Abreviação para Non-Fungible Token (“Tokens não fungíveis”, em português), o termo significa algo não fungível, ou seja, que basicamente não tem taxa de conversão fácil e definida entre ativos do mesmo tipo, como por exemplo, obras de arte, terrenos e joias, cada um tem as suas características únicas. Portanto, NFT é a representação digital de um artigo não fungível.
Justamente por ser algo não fungível, os NFTs trazem a escassez para o meio digital. Como o NFT é um certificado de autenticação ou posse, ele garante que aquele artigo é o verdadeiro ou o único – podendo estar atrelado a um usuário ou a um contrato entre duas partes. Garantindo essa certificação e o track record pelo sistema de Blockchain, os NFTs provocam uma escassez que era rara no mundo digital.
Existem dois tipos de valor que podem surgir dessa escassez e desse tipo de certificação: o valor hedônico, que é o valor diferente e único pra cada pessoa, um valor emocional, cultural e intrínseco; e o valor funcional, que é a transformação desse NFT em uma mercadoria, um produto ou até mesmo uma carteirinha de entrada para um clube ou para uma partida de futebol. Dessa forma, surge uma nova linha de receita, um novo jeito de gerar valor no mercado esportivo, que é capaz de se expandir em diversas aplicações.
Expansão no Brasil e no mundo
Os dados registrados em relação a NFTs em 2021 comprovam não só o crescimento deste mercado, mas também que essa tecnologia não é exclusiva para transações multimilionárias e pessoas com forte poder aquisitivo. Além de ter tomado proporções gigantescas, essa revolução tecnológica já está penetrando o público geral, em um momento de adesão muito recente nesse ecossistema, mas que, mesmo assim, já é muito grande.
- Em 2021, os NFT’s movimentaram mais de R$ 200 bilhões, segundo a Chainalysis;
- Segundo a OpenSea, o maior marketplace desse mercado secundário de ativos digitais, mais de 50% das vendas na plataforma foram de US$ 200 ou menos;
- Em 2021, foram registradas mais de 200 mil carteiras ativas de NFTs;
O Brasil já está entre os principais países nesse mercado, se tornando o segundo país com o maior número de usuários de NFT, de acordo com um levantamento da Statista. O mercado brasileiro perde somente para o da Tailândia, que supera o expressivo número de cerca de 5 milhões de brasileiros que já possuem ao menos um NFT – o que ainda representa somente 2,33% da população do país. Confira abaixo os 5 países com o maior número de usuários investindo em NFTs:
- Tailândia – 5,65 milhões de usuários
- Brasil – 4,99 milhões de pessoas
- Estados Unidos – 3,81 milhões de usuários
- China – 2,68 milhões de usuários
- Vietnã – 2,19 milhões de usuários
Aplicação dessas tecnologias no esporte
Em relação a aplicação específica no mercado esportivo, o esporte é um dos melhores ambientes para receber NFTs, principalmente pela vantagem de o esporte possuir diversas possibilidades para gerar valor hedônico, como fotografias, objetos e camisas históricas de um clube tradicional, que é a paixão de milhões de torcedores. Além disso, também existem grandes possibilidades para gerar valor funcional, em aplicações como, por exemplo, entradas de jogos, retiradas de benefício ou ativações de eventos. De ambas as formas, há muito espaço no mercado esportivo para os NFTs dominarem.
Um dos maiores exemplos desse ecossistema de NFTs no mundo, a NBA TopShot é um marketplace destinado a venda de lances atuais e históricos da NBA. O lance da enterrada do astro LeBron James com a camisa 23 do Lakers – em que ele faz o mesmo movimento que o ídolo Kobe Bryant após a sua morte –, por exemplo, foi vendido por 387 mil dólares pela plataforma. Desde dezembro de 2019, o NBA TopShot já movimentou um total de 4,7 bilhões de reais em vendas.
Outro exemplo é a Sorare, empresa francesa que oferece pacotes digitais semelhantes aos pacotes de figurinhas da Copa, só que com cards de jogadores em formato de NFTs. Esses jogadores podem ser escalados no time do usuário para disputar torneios e obter resultados baseados nos jogos reais. Desde 2019, a Sorare já movimentou cerca de 430 milhões de reais em sua plataforma, que permite a compra e a venda desses cards de jogadores entre os usuários.
IRL Sports
Diante dessa verdadeira revolução tecnológica, a IRL Sports nasce entre dois aspectos propícios para o seu desenvolvimento: o ecossistema do grupo SISU, bem-posicionado no mercado e na indústria de esportes e de entretenimento no Brasil, e a oportunidade gigantesca gerada pela Web3. A empresa nasce exatamente para ocupar esse terreno e “surfar na onda tecnológica” que está invadindo o mercado esportivo.
Dessa forma, a IRL Sports nasce entre a inovação e a tecnologia, para que fãs, torcedores, parceiros, atletas e marcas possam viver, acessar e monetizar experiências em um novo – e muito superior – nível. Justamente porque tecnologias como os NFTs e a Web3 possibilitam a monetização de qualquer tipo de ação, geram novas linhas de receita e permitem acessos diferenciados, além de oferecer diversas oportunidades para trabalhar muitos produtos e elementos que já existem no esporte de uma maneira diferente.
Vale ressaltar que IRL não é uma sigla, mas uma referência à expressão “in real life” (“na vida real”, em português), que é muito utilizada pelos americanos como abreviação e se tornou muito comum na Web3 e no mundo dos NFTs, porque muito se discute sobre as utilidades digitais, mas as utilidades palpáveis no mundo real são difíceis e muito valorizadas e gerar isso é exatamente o propósito da IRL Sports.
Projetos da IRL Sports
Entre os projetos que a IRL Sports já está desenvolvendo, está a parceria com a Binance, maior provedora global de infraestrutura para ecossistema Blockchain e patrocinadora oficial do Brasileirão.
Contudo, o grande projeto que originou a IRL Sports e se tornou o foco principal da empresa é a criação de um projeto proprietário de NFT, com o objetivo de criar um “passe” que tenha utilidade para os fãs de esportes desbloquearem experiências e acessos únicos, inicialmente com foco nos principais eventos esportivos do mundo. O que é propício para a nova empresa do Grupo SISU, graças ao já existente ecossistema de vendas de pacotes de hospitalidade de eventos esportivos ao redor do mundo. A partir do lançamento desses NFTs, isso pode ser concentrado em uma comunidade onde os fãs terão acesso de maneira diferenciada, com direito a exclusividades como antecipação de compras, prioridades, descontos e atendimento exclusivo.