A lição das eleições de 2024 para os esportes ao vivo

Antigos métodos políticos não conquistarão a nova geração de fãs de esportes ao vivo; saiba mais detalhes abaixo


Por Michael Cohen

24 de novembro de 2024

Parceria Editorial

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esportes ao vivo Créditos: Nathalia Teixeira

Acabamos de testemunhar uma mudança cultural sem precedentes.

Nas eleições presidenciais dos EUA de 2024, as preferências dos jovens eleitores surpreenderam: Donald Trump obteve 46% dos votos da juventude (idades de 18 a 29 anos), um aumento em relação aos 36% em 2020.

Ambos os partidos apostaram fortemente em redes sociais, parcerias com influenciadores e engajamento em tempo real. No entanto, o que quer que você ache, a campanha de Trump fez algo que a equipe de Kamala Harris não conseguiu: criou conteúdos naturais, relacionáveis e envolventes para as gerações nativas digitais. Por meio de comunidades lideradas por criadores ou fãs, cultura de memes ou vídeos curtos que se integram facilmente ao universo online, a campanha falou a linguagem dos jovens eleitores e utilizou os formatos que eles preferem. A campanha de Harris, por outro lado, se apoiou em narrativas excessivamente polidas, roteirizadas e corporativas.

Para o mundo dos esportes, há uma lição poderosa: métodos antigos não capturarão a nova geração de fãs. Ignorá-los significará perder.

Esportes ao vivo, como campanhas políticas, historicamente dependem de modelos tradicionais para engajar o público. Mas, para se conectar com jovens fãs hoje, é necessário adotar uma abordagem digital-first que faz parte do cotidiano dessa geração.

DISRUPTIVE PLAY – Como os esportes ao vivo podem aprender com as eleições de 2024:

Um exemplo de referência de transmissão de esporte ao vivo.
Atualmente, os jovens estão cansados de conteúdos altamente roteirizados e produzidos. Quanto mais humano e relacionável o conteúdo, mais ele ressoará com os fãs (Créditos: Caze TV)

Encontre o público onde ele está e fale sua língua: Assim como as campanhas construíram presença nas redes sociais, a mídia esportiva deve tratar essas plataformas como canais primários, não como depósito de highlights. A era de esperar que jovens procurem redes tradicionais acabou; é preciso alcançá-los em seu habitat natural.

Promova diálogo, não só transmissão: Jovens querem ser participantes ativos da conversa, não apenas receptores passivos. Como as campanhas políticas incentivaram debates e interação, os detentores de direitos esportivos podem explorar comunidades lideradas por criadores, onde os fãs se sintam parte de uma história maior.

Apoie comunidades lideradas por criadores e fãs: Ao empoderar criadores e superfãs para criar e compartilhar conteúdo – seja transmissão ao vivo, watchalongs, destaques dos jogos, memes ou comentários de fãs – os esportes podem fomentar engajamento orgânico. Conteúdos gerados por usuários dão aos fãs senso de pertencimento e os tornam participantes ativos da cultura esportiva.

Priorize velocidade e agilidade: No ecossistema social acelerado de hoje, as tendências mudam rapidamente. O sucesso de conteúdos políticos na eleição dependia de reações rápidas a notícias e momentos. Para os esportes, isso significa destaques em tempo real, reações e experiências interativas que mantêm os fãs conectados à ação conforme ela acontece.

As eleições de 2024 mostraram que públicos mais jovens respondem a conteúdos imediatos, relacionáveis e genuinamente envolventes. Para os esportes ao vivo, adotar esse novo modelo significa deixar de lado o modelo exclusivo de TV e abraçar uma abordagem digital diversificada que permita engajamento em tempo real de maneiras significativas. Adaptar-se a esse novo cenário não é uma opção – é essencial.


Este é um artigo original da Disruptive Play: Challenging Sports & Media Norms, escrito por Michael Cohen e traduzido pelo Sport Insider.

Sport Insider
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