Os desafios são inúmeros para jovens atletas brasileiros que desejam persistir na carreira esportiva, principalmente quando a modalidade disputada ainda não está estabelecida nacionalmente em termos de popularidade, infraestrutura e investimento financeiro. A falta de apoio estatal e financeiro para o desenvolvimento de jovens atletas e novas modalidades no Brasil pode levar muitos esportistas a desistirem de seus sonhos.
Existem incontáveis casos que podem exemplificar essa problemática, mas, entre os mais recentes e populares, está o caso do atleta olímpico Paulo André Camilo, que se tornou nacionalmente conhecido após participar do reality show Big Brother Brasil de 2022. Durante o programa, o próprio atleta expôs a falta de apoio para persistir na carreira esportiva no Brasil e declarou diversas vezes que o reality show da TV Globo era a sua chance de se estabelecer financeiramente, mesmo já tendo alcançado resultados expressivos em sua carreira – uma medalha de prata no Jogos Pan-Americanos de 2019 e semifinalista nos Jogos Olímpicos de 2020 e no Mundial de 2019.
Diante desse cenário, a participação de empresas patrocinadoras se torna fundamental tanto para o investimento em futuros talentos do esporte e novas modalidades no Brasil quanto para a sobrevivência dos sonhos de jovens que desejam seguir a carreira esportiva. Como no caso da Seed Incorp, incorporadora e construtora de casas em condomínio de alto padrão, localizada em São Paulo, que patrocina e oferece suporte para três jovens velejadores diante dos desafios enfrentados na busca por uma carreira esportiva no país.
A relação entre a Seed Incorp e os jovens velejadores
Atualmente, a Seed patrocina três esportistas de vela, que costumam treinar em Ilhabela, município no litoral norte do estado de São Paulo, considerado a capital da vela. A empresa fornece uma bolsa auxílio mensal para cada um dos atletas, além de disponibilizar alguns brindes, como adesivos, lycras, camisetas, bonés e outras peças de vestimenta com o logo da Seed, que são usados pelos velejadores nas competições.
Entre os esportistas contemplados pelo patrocínio da empresa estão a dupla de velejadoras Marina Santos e Bruna Patrício, ambas de 18 anos, que, após um período difícil em busca de patrocinadores para conseguir disputar o Campeonato Brasileiro de Vela, conseguiram encontrar esse apoio na Seed Incorp, em julho de 2021. “Eles ajudam muito a gente com o patrocínio, ajudaram a gente a comprar nossas velas, a arrumar o nosso barco, além de peças e roupas que eles deram pra gente também, como lycras e viseiras, que estamos sempre usando”, relata Marina.
O terceiro velejador patrocinado pela Seed é Rodrigo Oliveira, de 19 anos, que também estava em busca de patrocinadores no final de 2021, para poder disputar o Campeonato Mundial de Vela, quando foi indicado por um aluno de kitesurf e recebeu um convite para conhecer a empresa em São Paulo. “Tive uma reunião com a Seed e falei quais eram meus projetos, que eu estava precisando de ajuda para disputar o Mundial e eles abriram as portas pra mim”, recorda Rodrigo. “Eles se disponibilizaram a arcar com todos os custos do Mundial e me ajudaram a viajar. Desde então recebo a bolsa auxílio, que ajuda muito a arcar com os custos de treino, equipamento e com muito do que eu preciso.”
Dupla da Marina em muitas competições de vela nos últimos anos, Bruna Patrício ressalta a importância do suporte da Seed, principalmente pelo fato de ser o primeiro patrocínio profissional de suas carreiras como atletas. “É bem legal essa relação porque é o nosso primeiro patrocínio realmente profissional, com contrato e tudo mais. É muito legal para nós aprendermos como funciona essas coisas e termos responsabilidade. Só faz a gente crescer e ajudou muito na minha vida como atleta”, afirma.
Paixão e dedicação pelo esporte
Além do apoio oferecido pela Seed Incorp, outro aspecto em comum entre os velejadores é a paixão pelo esporte desde cedo. “Eu tinha onze anos e comecei a velejar por incentivo de um amigo dos meus pais, só de brincadeira, para lazer”, relembra Marina. Desde então, ela começou a levar o esporte cada vez mais a sério, disputando diversos campeonatos ao redor do país até começar a velejar com a Bruna, em agosto de 2019.
Após um mês e meio de uma rotina de treinos intensiva, a dupla disputou os seus primeiros campeonatos, a Semana de Vela do Rio e a Copa da Juventude. Graças ao ótimo desempenho na Copa da Juventude, elas se classificaram para disputar o mundial da classe no ano seguinte, mas a pandemia mundial de Covid-19 impediu a realização do campeonato, em 2020.
Já Rodrigo começou a velejar nas clínicas de vela da Escola de Iatismo de Ilhabela, BL3, na modalidade do kitesurf. Primeiramente, Rodrigo apenas auxiliava os alunos, montando os equipamentos necessários para as aulas, mas a vontade de velejar falou mais alto e ele começou a praticar até disputar a sua primeira competição, o campeonato Rei da Ilha, realizando anualmente em Ilhabela. “Corri atrás da galera que já velejava, que era aluno, pedia equipamento emprestado e, em 2018, com 14 anos, eu comecei a competir”, recorda Rodrigo.
Próximos passos: novas modalidades e foco na sustentabilidade
Atualmente, tanto a Seed Incorp quanto os próprios atletas estão projetando os seus próximos passos no esporte. Focado em uma nova modalidade que faz parte do kitesurf, o wingsurf, Rodrigo está dedicando seus esforços e treinos para participar do próximo Campeonato Mundial de Wingsurf, que será disputado no Brasil no final deste ano. O atleta também ressalta que a nova modalidade pode ser o passaporte para realizar o seu sonho de participar das Olimpíadas, diante da expectativa de que o wingsurf se torne um esporte olímpico e esteja presente nas Olimpíadas de 2028.
Desafiadas pelos compromissos escolares e pela distância, Mariana e Bruna estão planejando como retornar à rotina de treinos em dupla, para retomar a sintonia e os bons resultados que conquistaram juntas. Porém, assim como Rodrigo, a Bruna também está focada em uma nova modalidade. “Eu comecei a velejar também na classe snipe, que é uma outra classe de dupla que tem muitos barcos aqui em São Paulo, e, no final do ano passado, eu comecei a velejar de prancha”, conta Bruna, que participou recentemente do Campeonato Mundial Júnior da classe snipe, realizado em Porto, Portugal, entre os dias 27 e 31 de julho.
Enquanto os atletas focam em treinar e competir, a Seed estuda maneiras de incrementar o programa de patrocínio, aumentando o suporte aos esportistas e alinhando o projeto à sustentabilidade – inspirada tanto pela conexão direta da vela com a natureza e o meio ambiente quanto por uma iniciativa da atleta Bruna. Motivada pela sua mãe, que é a diretora de sustentabilidade da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Sandra Di Croce Patricio, a Bruna está participando do projeto Atleta Neutro de Carbono.
Desde a participação na última edição da Copa da Juventude, a atleta tem adaptado a sua rotina e até os equipamentos utilizados para evitar e compensar a emissão de carbono na atmosfera. “Na Copa da Juventude, que eu fui de prancha, o menino que estava me orientando não estava usando um bote, ele estava em outra prancha. Ninguém nunca faz isso, então foi bem legal e chamou uma atenção”, relata Bruna. Além disso, todas as viagens feitas pela atleta, seja de ônibus, carro ou avião, são contabilizadas para calcular quantas árvores ela precisa plantar para compensar o carbono emitido.
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