No último sábado (14), a montara britânica McLaren anunciou que integrará o grid da Fórmula E para a temporada de 2023, assumindo a equipe da fabricante de automóveis alemã Mercedes, que já havia confirmado que deixaria a categoria no fim do campeonato atual. Com a entrada da marca britânica, a Fórmula E manterá o número de 24 carros no próximo ano, que terá a introdução do novo carro da categoria de carros totalmente elétricos, o Gen3.
Em janeiro de 2021, a McLaren assinou uma opção de correr na Fórmula E a partir da temporada nove e durante um período de avaliação, no qual entrou na Extreme E, a categoria elétrica off-road. Agora, com a aquisição da equipe da Mercedes, os ingleses buscam acelerar o envolvimento com projetos de sustentabilidade e expandir o seu alcance no automobilismo elétrico.
A McLaren competirá agora na Fórmula 1, na Fórmula Indy, na Extreme E e na Fórmula E, além de competir também nos eSports. O CEO da Fórmula E, Jamie Reigle, elogiou a notícia, afirmando que a competição será “o único lugar para ver a McLaren frente a frente com nomes históricos do automobilismo, incluindo Porsche, Jaguar, Maserati e Nissan.”
Já o CEO da McLaren Racing, Zak Brown, exaltou a importância da participação na Fórmula E. “Como todas as formas de esporte em que participamos, a Fórmula E tem as corridas no centro, mas vai estratégica, comercial e tecnicamente aditivar a McLaren Racing no geral”, afirmou. “Embora funcione separadamente das nossas equipes na F e na Indy, a Fórmula E complementa e constrói nosso programa de corridas com veículos elétricos, junto com a Extreme E.”
Manutenção da equipe
A aquisição da equipe da Mercedes será finalizada ainda neste ano, mas a montadora britânica afirma que manterá toda a estrutura, incluindo funcionários e o chefe da equipe, Ian James, para permitir uma transição mais suave. Após cerca de 20 anos na Mercedes, James afirmou que integrar a McLaren é um privilégio. “A McLaren sempre foi sinônimo de sucesso e alta performance. Esse é um grande momento para todos, mas, acima de tudo, para as pessoas dessa equipe”, declarou.
No entanto, a atual dupla de pilotos da Mercedes pode sofrer alterações para o ano que vem. Nyck De Vries, atual campeão da Fórmula E, vai pilotar no WEC pela Toyota e ainda não tem participação assegurada na próxima temporada. Enquanto Stoffel Vandoorne possui conversas em andamento para se transferir à DS Penske – equipe que vai se formar a partir de 2023, com o encerramento da parceria entre DS e Techeetah. De acordo com a McLaren, a decisão sobre os pilotos sairá somente na parte final do campeonato deste ano.
Saída da Mercedes
A chegada da montadora britânica no nono campeonato da Fórmula E será possível graças à compra da equipe da Mercedes, que anunciou, em agosto do ano passado, que iria deixar de vez a categoria a partir de 2023. A fabricante de automóveis alemã não foi a única grande marca a deixar o campeonato, se juntando à Audi e à BMW, que anunciaram suas saídas em dezembro de 2020.
Mesmo abalada pela saída de grandes marcas, a Fórmula E está acelerando para se concretizar tanto como laboratório técnico quanto como plataforma de marketing mundial de linhas de carros elétricos. Atraindo marcas importantes, como a própria McLaren e a Maserati, que também ingressará na próxima temporada, além de outras participantes, como Nissan, Porsche e Jaguar.
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