As marcas esportivas presentes nas ligas mais valiosas do mundo

A Jambo Sport Business publicou a 11ª edição de seu estudo anual sobre marcas esportivas, analisando as marcas que vestem os clubes das principais ligas de futebol do mundo. O relatório abrange a temporada 2024/25 para as competições que se iniciam no meio do ano e 2024 para aquelas que seguem o calendário anual.

Os dados foram coletados até 21 de agosto de 2024, oferecendo uma visão atualizada sobre a influência das marcas no futebol. A pesquisa se concentra nas 20 ligas que, em 2014, tinham os elencos com maior valor de mercado, mantendo uma continuidade com as edições anteriores.

No total, foram analisados 380 clubes, um a menos do que na temporada passada, e sessenta e seis marcas. A Jordan foi agrupada sob a Nike, e todas as marcas próprias foram consideradas uma única categoria.

Entre os principais destaques, cinco clubes começaram a temporada sem fornecedor de material esportivo, e trinta e nove optaram por trocar de fornecedor em relação ao ano anterior.

Distribuição das marcas esportivas

De acordo com o estudo, a marca alemã Adidas se manteve, pelo terceiro ano consecutivo, como a marca esportiva com a maior distribuição percentual entre os 380 times, superando novamente a rival norte-americana Nike na temporada 2023/24. Com 76 times, cinco equipes a mais em relação à temporada anterior, a Adidas superou as 60 equipes da Nike, que permanece na 2ª colocação, mesmo tendo ficado com dois equipes a menos do que em 2022/23.

Distribuição Percentual (%):

Apesar de perder uma equipe nesta temporada e ter se afastado da 3ª posição do ranking – na qual a Puma se consolidou ao acrescentar sete clubes em seu portfólio –, a italiana Macron se isolou na 4ª posição, graças ao fato da rival Umbro ter perdido três equipes e caído para a 6ª colocação. Por sua vez, a Kappa aproveitou a oportunidade e chegou à 5ª posição. As marcas Joma, Hummel, Castore e New Balance completam a relação das Top 10 marcas esportivas.

Marcas entre os 30 clubes mais ricos do mundo 

A Jambo Sport Business também analisou a distribuição das marcas esportivas entre as 30 equipes que mais faturaram na temporada de 2022/23, com base no mais recente relatório Football Money League, produzido pela Deloitte.

Marcas esportivas entre as 30 equipes que mais faturaram:

Entre os fatos de maior destaque sobre o fornecimento esportivo dos 30 clubes mais ricos do mundo está a retomada da liderança isolada pela Adidas nesta temporada, que havia empatado com a sua grande rival Nike em 2021/22. Além da ascensão da Puma, que retomou a 3ª posição da Castore, que perdeu força após o Newcastle e o Aston Villa trocarem a marca inglesa pela atual líder Adidas.

As três principais marcas esportivas: Adidas, Nike e Puma 

Na temporada 2024/25, o somatório das três principais marcas esportivas do mundo – Nike, Adidas e Puma – atingiu o índice de 47,1%. Após ter chegado ao nível mais baixo de participação na temporada 2023/24, com 44,6%, o somatório das três marcas globais demonstrou sinais de recuperação, impulsionado pelo recorde positivo de participação nos campeonatos francês, português e italiano.

A participação dessas marcas globais na Europa atingiu 45,9%, enquanto na América do Sul as três somaram 22,1%. De acordo com o estudo, com exceção de 2014/15 – certamente influenciado pela Copa do Mundo da FIFA no Brasil –, o percentual delas no continente nunca ultrapassou os 30%.

Quantidade de marcas por país 

Na temporada atual, o campeonato argentino se manteve como o torneio que abriga a maior diversidade de marcas esportivas, com dezenove marcas diferentes – superando as catorze marcas esportivas presentes na primeira divisão da Colômbia. Já o campeonato nacional da Rússia passou a dividir o posto de liga com menos fornecedores de material esportivo, ao acrescentar dois novos fornecedores nesta temporada e empatar com Inglaterra, Romênia e Turquia.  

Ao todo, seis campeonatos registraram aumento na quantidade de marcas esportivas: Bélgica, Espanha, Japão, Romênia, Rússia e Ucrânia. Para efeito de análise, todas as marcas próprias foram agrupadas como uma única marca. Caso as marcas próprias fossem desmembradas, o número de marcas presentes na primeira divisão do campeonato brasileiro subiria para onze. 

Marcas esportivas no Brasileirão 2024 

Desde a temporada 2017/18, a Umbro vinha sendo a marca mais presente no Brasileirão, mas, ao perder dois times, a marca foi desbancada pela Adidas, que assumiu a liderança nesta temporada. Confira abaixo o ranking completo com as marcas presentes nas três últimas edições da Série A do Brasileirão: 

Além da New Balance ter deixado de vestir o Red Bull Bragantino, que ficou sem marca esportiva, três trocas de fornecedores movimentaram o mercado nesta temporada: o São Paulo trocou a Adidas pela New Balance, o Cuiabá deixou a Umbro e passou a vestir Kappa, enquanto o Fortaleza, num movimento inusitado, abandonou o projeto de sua marca própria, a Leão 1918, e assinou com a brasileira Volt.

O número de marcas esportivas brasileiras entre os clubes analisados se manteve estável em relação à temporada passada, mas o número de equipes vestidas por elas aumentou para quatro, impulsionado pelo crescimento da Volt. Na temporada anterior, apenas o América-MG era patrocinado pela Volt. Apesar do rebaixamento do “Coelho”, a Volt ganhou mais visibilidade por fornecer uniformes para o Criciúma e o Vitória, que subiram para a primeira divisão, e para o Fortaleza, que abandonou a Leão 1918.

Marcas esportivas nas seleções 

Embora, até o momento, não tenha havido alterações no fornecimento de material esportivo para as seleções, rumores indicam que algumas equipes tradicionais podem estar prestes a mudar de fornecedores. A Federação Alemã de Futebol (DFB), por exemplo, anunciou recentemente que a empresa norte-americana Nike vai substituir a sua rival alemã Adidas como fornecedora oficial de uniformes das suas seleções nacionais a partir de 2027 até a temporada de 2034.

Diante da notável estabilidade deste mercado, que, até a temporada de 2022/23, ficou seis temporadas seguidas sem nenhuma alteração, o estudo aponta que “trata-se de um mercado onde as trocas são menos frequentes e a qualidade da equipe a ser vestida é um fator de relevada importância”. A Nike, por exemplo, vem mantendo o mesmo número de equipes desde 2014/15. 

Para conferir na íntegra o estudo da Jambo Sport Business sobre as marcas esportivas presentes nas ligas mais valiosas do mundo, acesse aqui.