A FIFA rejeitou várias ofertas de emissoras pelos direitos de mídia para a Copa do Mundo Feminina de 2023 por serem “muito baixas”, de acordo com o diretor de negócios da FIFA, Romy Gai. O órgão regulador internacional do futebol sabe que os esportes femininos estão mais populares do que nunca e espera que as emissoras paguem de acordo. A entidade ainda não nomeou as emissoras que enviaram propostas, mas rejeitaram ofertas da Itália, Alemanha, França e Reino Unido.
“Este não é um caso de precificação, mas sim uma prova da falta de disposição das emissoras em pagar o que o jogo feminino merece”, declarou Gai à Bloomberg. A Copa do Mundo Feminina de 2019 atraiu 1,12 bilhão de espectadores no total, de acordo com a FIFA. Além disso, 993,5 milhões de espectadores assistiram a competição na TV, enquanto 481,5 milhões usaram plataformas digitais.
Apesar da Fifa já ter vendido os direitos do mundial feminino para TV, rádio, mobile e internet a empresas de 160 países, o número ainda é considerado baixo – a Copa do Qatar, por exemplo, tem o evento negociado a 219 territórios – e mercados importantes, como Reino Unido, Portugal e China, ainda não tiveram empresas que adquiriram o torneio até o momento. Dessa forma, a única maneira dos moradores dessas regiões assistirem aos confrontos seria pelo Fifa+
A Copa do Mundo Feminina de 2023, que acontece de 20 de julho a 20 de agosto, deve ser uma oportunidade de transmissão promissora na esteira do crescente interesse global pelo futebol feminino. Preparando o terreno para o que pode ser uma Copa do Mundo Feminina recorde, os patrocínios do futebol feminino devem aumentar seis vezes – para até US$ 300 milhões por ano –, enquanto os direitos de mídia podem valer mais de US$ 260 milhões até 2033.