A nova liga de clubes da África enfrenta desafios financeiros

A Confederação Africana de Futebol (CAF) anunciou que os vencedores da Liga Africana de Futebol receberão US$ 4 milhões em prêmios em dinheiro, uma quantia decepcionante depois das riquezas prometidas associadas a uma Superliga no continente. Uma análise do prêmio total em dinheiro de US$ 14,4 milhões mostra que os quatro perdedores nas quartas de final receberão US$ 1 milhão, os dois semifinalistas perdedores US$ 1,7 milhão e o vice-campeão US$ 3 milhões.

A CAF promoveu durante muito tempo a competição como uma mudança de jogo para o futebol do continente e, no ano passado, na assembleia geral da CAF na Tanzânia, o bilionário sul-africano Patrice Motsepe disse que a competição num formato de 24 equipes geraria 200 milhões de dólares por ano, com US$ 100 milhões destinados a prêmios em dinheiro para os clubes participantes, assim como para as associações membros.

No entanto, em agosto, a CAF reduziu os planos da Super League para uma modesta Liga Africana de Futebol e disse que a competição é uma parceria entre a confederação e a FIFA. O estado das finanças da CAF continua perigoso, mas num comunicado a confederação reiterou que o torneio é para toda a África, escrevendo que “a intenção da CAF é que todas as 54 Associações Membros da CAF, incluindo os países que podem não ter clubes de futebol no AFL devem se beneficiar e receber contribuições financeiras da viabilidade comercial e do sucesso da AFL.”

A Liga Africana de Futebol começa no dia 20 de outubro na Tanzânia, com o anfitrião Simba SC enfrentando o Al Ahly do Egito. Os outros participantes são Enyimba da Nigéria, Wydad Casablanca de Marrocos, TP Mazembe da RD Congo, Esperance da Tunísia e Petro de Luanda de Angola. No entanto, a SABC Sport na África do Sul informou que a liga decidiu recusar um convite para o Mamelodi Sundowns, clube propriedade da família de Motsepe.