Mike Tyson e Jake Paul fizeram história no último domingo (17). De acordo com a Netflix, mais de 60 milhões de usuários assistiram a vitória do youtuber que virou boxeador. Uma marca expressiva para a gigante do streaming, que pretende investir pesado na transmissão de esportes nos próximos meses, a começar pelos jogos de natal da NFL.
Para garantir os direitos globais de transmissão das partidas, a Netflix desembolsou 150 milhões de dólares. O alto investimento já deu retorno: todos os espaços publicitários para os jogos foram vendidos. Além disso, a apresentação especial de Beyoncé durante o intervalo do confronto entre Baltimore Ravens e Houston Texans promete atrair ainda mais audiência para o evento, que acontecerá no dia 25 de dezembro.
Esse movimento estratégico da Netflix visa diversificar o catálogo e competir com grandes players do mercado, como o Max, Disney+ e Prime Video, que dominam o mercado esportivo no momento. Sabemos que a inclusão de lutas de boxe e partidas de NFL são um passo significativo para atrair assinantes interessados em esportes, mas a WWE será o carro-chefe para consolidar a gigante do streaming no segmento.
WWE será exibida pela Netflix em 2025

No início de abril, a Netflix firmou um contrato de 10 anos com a WWE. Fundada em 1953 por Vince McMahon Sr., a World Wrestling Entertainment (WWE) é a maior empresa de luta livre do mundo e já revelou inúmeros astros para Hollywood, como The Rock, John Cena e Dave Bautista.
Com mais de 200 milhões de seguidores nas redes sociais, a WWE é um fenômeno nos Estados Unidos e conta com três programas de destaque na grade norte-americana: RAW, NXT e SmackDown. O RAW, em particular, foi adquirido pela Netflix por 5 bilhões de dólares e será transmitido toda segunda-feira, às 21h, na plataforma, a partir de janeiro. Além disso, os eventos especiais, conhecidos como pay-per-views, também devem estar disponíveis para os assinantes.
Netflix precisará corrigir problemas de transmissão para evitar reclamações de assinantes

Apesar do sucesso em números, a transmissão de Tyson vs. Paul revelou falhas técnicas que a Netflix precisa corrigir. Problemas como buffering e desconexões geraram mais de 100 mil reclamações no Downdetector, indicando que a infraestrutura da plataforma ainda precisa de ajustes para lidar com transmissões esportivas de grande escala. Elizabeth Stone, diretora de tecnologia da Netflix, comentou sobre o episódio:
“Essa escala sem precedentes criou muitos desafios técnicos, que a equipe de lançamento enfrentou brilhantemente, priorizando a estabilidade da transmissão para a maioria dos espectadores. Tenho certeza de que muitos de vocês viram os comentários na imprensa e nas redes sociais sobre os problemas de qualidade. Não queremos desconsiderar a experiência ruim de alguns membros, e sabemos que temos espaço para melhorias, mas ainda consideramos esse evento um grande sucesso”, finalizou Stone.
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