Aos 39 anos, LeBron James ainda desafia o tempo como poucos na história da NBA, mas os sinais de desgaste físico começam a preocupar o Los Angeles Lakers e a própria liga. O futuro do astro, que completa 40 anos em dezembro, traz incertezas para a equipe e possíveis impactos no mercado bilionário do basquete.
Apesar de suas estatísticas gerais ainda impressionarem — 22 pontos, 8 rebotes e 9,1 assistências por jogo — os Lakers têm uma performance significativamente pior quando LeBron está em quadra. Segundo análise do The Athletic, a equipe apresenta um saldo negativo de 21 pontos a cada 100 posses com ele no jogo, um dado que acendeu o alerta sobre a real condição do jogador.
James também enfrenta um de seus piores momentos nos arremessos de três pontos, com uma sequência de 19 tentativas consecutivas desperdiçadas, a mais longa desde a temporada 2003-2004, de acordo com a ESPN.
Impacto nos Lakers e na liga
No início da temporada, LeBron surpreendeu ao declarar que pretendia jogar todas as 82 partidas do calendário regular, uma meta que animou os torcedores e a NBA. Contudo, o técnico dos Lakers, JJ Redick, sugeriu nesta semana, após uma derrota para o Minnesota Timberwolves, que o plano poderá ser revisto. “Talvez não seja o melhor para ele e para o time”, afirmou Redick, indicando uma possível estratégia de descanso para o astro. O próprio James, após um desempenho abaixo do esperado, deu sinais de dúvida: “Esse ainda é meu objetivo, mas vamos ver”.
O desafio, porém, é manter o equilíbrio entre a preservação de LeBron e as regras impostas pela liga. A NBA, que tenta combater o load management (descanso intencional de jogadores), estabeleceu uma política rígida de participação. Os Lakers, que lideram a liga em jogos transmitidos nacionalmente, correm o risco de multas milionárias caso James passe a descansar frequentemente, seguindo os exemplos recentes de Joel Embiid e Trae Young, cujas ausências custaram US$ 100 mil às suas equipes.
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Futuro dos Lakers e a lealdade a LeBron
Desde que conquistou o título em 2020, os Lakers têm enfrentado dificuldades para se manter entre os principais candidatos ao título. Mesmo assim, a relação entre LeBron e a franquia segue firme, especialmente após a escolha de seu filho, Bronny James, no Draft de 2024. A decisão, no entanto, coloca a equipe em uma encruzilhada: investir no astro em declínio ou começar a reconstruir o futuro?
LeBron, que frequentemente assina contratos 1+1 (dois anos com opção de jogador no segundo), deixa o time com pouca margem para planejamento a longo prazo. A lembrança do final de carreira de Kobe Bryant, em que os Lakers optaram pela lealdade e ficaram fora dos playoffs por três temporadas seguidas, paira sobre o time de Los Angeles.
Além disso, a presença de LeBron continua sendo um motor comercial para os Lakers. O jogador, que já acumulou mais de US$ 400 milhões em ganhos na carreira, ajuda a manter a franquia avaliada em impressionantes US$ 7 bilhões, a terceira mais valiosa da NBA, segundo a Forbes.
Legado em transição
Enquanto a temporada avança, a NBA e os Lakers enfrentam um dilema. LeBron James continua sendo um dos maiores atrativos do basquete global, mas o impacto de sua queda de rendimento pode ser sentido dentro e fora das quadras. O futuro do astro, e por consequência o da equipe, permanece incerto — mas uma coisa é clara: a transição para a próxima era do basquete em Los Angeles será acompanhada de perto por todo o mundo esportivo.