A quinta etapa da Fórmula 1 2024 ocorrerá no dia 21 de abril no circuito de Xangai e representará um grande marco ao país e à Fórmula 1. A última edição do GP da China foi realizada em 2019, devido às medidas tomadas pelo governo chinês para impedir o avanço da pandemia do coronavírus. A corrida representa a última etapa de uma sequência de três corridas no Oriente, consequência de um plano estratégico da F1 para a popularização do evento nesses países.
O circuito possui cerca de 5,4km de extensão e 16 curvas, com o recorde de tempo pertencendo a Michael Schumacher, com 1m32s238 em 2004. Já o último campeão do GP da China foi o inglês Lewis Hamilton em 2019, ano em que ocorreu a última edição antes da pandemia de COVID-19.
Nesta edição, haverá a estreia das corridas sprint, que foi uma novidade introduzida nos regulamentos da F1 em 2021, e consiste em uma corrida mais curta, que possui cerca de 100km de extensão e dura aproximadamente 25 a 30 minutos, sendo que não há obrigatoriedade de parada nos boxes. A ordem de chegada nesta corrida define o grid de largada na corrida principal, que ocorre no domingo. Esta decisão, no entanto, foi criticada por um dos principais pilotos da Fórmula 1 hoje. O holandês Max Verstappen, da Red Bull, criticou esta decisão justamente pelo fato de ser uma pista na qual os pilotos não correm faz muito tempo, logo, segundo ele, “você não sabe o que vai vivenciar”.
Nesse sentido, o circuito de Xangai promete ser uma etapa de grande interesse por se tratar de uma pista que não recebe os carros da Fórmula 1 desde 2019, representando um novo desafio aos pilotos e um espetáculo aos fãs. Além disso, torna-se relevante compreender aspectos financeiros que o evento traz consigo, sendo uma oportunidade para a Fórmula 1 aumentar sua legião de fãs no país asiático.
A China retém uma das maiores concentrações populacionais do mundo, além de se tratar de uma das maiores economias do mundo, tornando-se um dos mercados consumidores mais atrativos para as marcas internacionais. Esses dados representam a relevância do país asiático para as empresas mundiais, motivando o processo de regionalização da marca da Fórmula 1 nas nações orientais. Ao realizar eventos nesses países, o mundo automobilístico sinaliza uma maior presença no cotidiano da população, se tornando um atrativo para conhecer um novo esporte e popularizando a marca para milhares de fãs que poderão consumir seus produtos futuramente.
Os investimentos do mundo automobilístico na China não se trata exclusivamente da pista de Xangai, tendo em vista que a cidade de Guangzhou entrou na disputa para sediar um futuro GP. Guangzhou revelou planos para a realização de um GP na própria cidade por meio da construção de um autódromo de padrão FIA, com investimento previsto de 20 bilhões de yuans, cerca de 3 bilhões de dólares. O projeto é um dos mais de 1500 planos responsáveis pelo desenvolvimento da cidade de Guangzhou, que estima um investimento de cerca de 1,2 trilhão de dólares.
Portanto, nota-se que o retorno do GP da China para o calendário da Fórmula 1 não apenas revitaliza a paixão pelo automobilismo no país, mas também possui um papel fundamental para impulsionar um possível interesse internacional e comercial nesta região, principalmente quando se fala de infraestrutura e tecnologia relacionadas. Assim, a China volta a se tornar um palco global para eventos de grande relevância internacional.
Por Gabriel Ávila, Leonardo Scarlato e Vitor Bernardini
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