O Grande Prêmio de Bahrein está se aproximando e os fãs da Fórmula 1 em todo o mundo estão animados para a corrida que inicia a temporada de 2023. Este evento esportivo anual é uma das corridas mais esperadas do calendário da Fórmula 1 e acontecerá no dia 5 de março no Circuito Internacional do Bahrein, em Sakhir. Com uma pista desafiadora e condições climáticas difíceis, o GP de Bahrein sempre foi uma corrida emocionante e este ano não será diferente, proporcionando para os espectadores a oportunidade de ver os melhores pilotos do mundo competindo em alta velocidade, testando seus limites e lutando pelo pódio.
Características e históricos do GP de Bahrein
O Grande Prêmio do Bahrein é uma corrida que pode ser considerada nova na Fórmula 1, tendo tido sua estreia em 2004. Mas mesmo em pouco tempo se tornou uma das corridas mais aguardadas do calendário. O Circuito Internacional do Bahrein, localizado em Sakhir, é uma das pistas mais modernas do mundo, com uma série de curvas desafiadoras e uma longa reta que testa a velocidade dos carros e a habilidade dos pilotos ao comandá-los.
As condições climáticas também são um fator influente na corrida, com altas temperaturas e clima seco do deserto do Bahrein, a corrida é um verdadeiro teste de resistência para os pilotos e carros. Além disso, o circuito é iluminado artificialmente para permitir que a corrida aconteça durante a noite, tornando-se uma experiência especial para os espectadores e pilotos.
O GP de Bahrein nos proporcionou diversos momentos marcantes ao longo dos anos, como em 2014, onde Lewis Hamilton, da Mercedes, venceu uma das corridas mais dramáticas da história da Fórmula 1, tendo que lidar com a falta de energia no seu carro e vencendo seu companheiro de equipe, Nico Rosberg, garantindo a vitória. Em 2018, Sebastian Vettel, da Ferrari, venceu a corrida em uma competição acirrada contra Valtteri Bottas, da Mercedes, mostrando sua habilidade em manter o controle do seu carro, mesmo quando se trata de condições difíceis.
No último ano, em 2022, o GP de Bahrein foi vencido por Max Verstappen, da Red Bull Racing, que dominou a corrida do início ao fim, conquistando a pole position e liderando a corrida com maestria, seguido de perto por Lewis Hamilton, que ficou em segundo lugar.
Com um histórico repleto de momentos emocionantes e grandes batalhas nas pistas, além do fato de ser a corrida de estreia do campeonato mundial, os fãs estão super ansiosos para o Grande Prêmio do Bahrein. A pista desafiadora, as condições climáticas difíceis e o ambiente único do deserto do Bahrein tornam esse GP um evento ainda mais incrível para os apreciadores da Fórmula 1 em todo o mundo.
Contratados desta temporada
Com a passagem da temporada de 2022 para a de 2023, é claro que houve mudança na formação de várias equipes. Fernando Alonso, que corria pela Alpine na temporada passada, foi contratado pela Aston Martin no lugar de Sebastian Vettel, que se aposentou no final do ano passado. Desta forma, a Aston Martin está composta por Alonso e Lance Stroll, que permaneceu na equipe. Na McLaren, o estreante na F1, Oscar Piastri, entrou no lugar de Daniel Ricciardo (que virou reserva da Red Bull), se tornando parceiro de Lando Norris. Esteban Ocon permaneceu na Alpine e Pierre Gasly ficou com a vaga da equipe que era de Alonso. Na Williams, Albon permanece e entra o novato Logan Sargeant no lugar de Latifi, que ficou de fora do Grid. Na Haas, Nico Hulkenberg pela o lugar de Mick Schumacher, e se torna companheiro de Magnussen. Já na Alpha Tauri entra Nyck De Vries, onde continua o piloto Yuki Tsunoda.
Apesar de várias mudanças, algumas equipes permaneceram intactas com seus pilotos. A Red Bull manteve Max Verstappen e Sergio Pérez, a Ferrari continua com Charles Leclerc e Carlos Sainz, Lewis Hamilton e George Russell também permanecem na Mercedes. Por fim, a Alfa Romeo, que havia renovado sua equipe completamente na temporada passada, também mantém seus pilotos Valtteri Bottas e Zhou Guanyu.
Tem brasileiro estreando!
Felipe Drugovich é um dos pilotos mais aguardados no campeonato mundial deste ano, já que o jovem brasileiro de 22 anos está estreando na Fórmula 1 como piloto reserva e de testes da equipe Aston Martin. Embora não esteja correndo como piloto titular, sua participação no GP é muito importante, pois lhe dará a oportunidade de conhecer melhor o carro e a equipe, assim como mostrar suas habilidades e ser reconhecido ao longo da temporada. Com um histórico impressionante nas categorias de base do automobilismo, conquistando o título da Fórmula 2 na temporada passada, Drugovich espera uma oportunidade para brilhar na Fórmula 1.
Recentemente, foram criadas expectativas de que ele fosse correr no GP de Bahrein, pois logo antes da pré-temporada, surgiram notícias de que Lance Stroll, piloto da Aston Martin havia machucado ambos os pulsos em um acidente de bicicleta e por isso talvez não estivesse apto para correr a tempo. Dessa forma, na pré-temporada, que ocorreu no último final de semana, ele ainda não pôde pilotar, e Felipe Drugovich foi o responsável por fazer os testes do carro junto com Fernando Alonso, sendo muito elogiado. Apesar do ocorrido e das expectativas para que ele competisse no Grande Prêmio de Bahrein, no final dessa semana, apenas poucos dias antes do GP, foi anunciado que Stroll se recuperou e é ele quem correrá no primeiro Grande Prêmio da temporada ao lado de Fernando Alonso.
Pré-temporada
Apesar do campeonato ainda não ter oficialmente começado, a pré-temporada ocorreu no último final de semana e os fanáticos por Fórmula 1 já puderam ter um gostinho do que está por vir. Do dia 23 ao dia 25 de fevereiro, as equipes e pilotos já puderam fazer testes e treinar com seus carros no Circuito de Bahrein.
No primeiro dia de testes tivemos a surpresa do piloto brasileiro Felipe Drugovich, que é reserva da equipe Aston Martin, assumir de última hora o lugar de Lance Stroll, que recentemente se lesionou. O estreante brasileiro, que participou apenas do turno da manhã, conseguiu um tempo de 01:34.564, acabando em 14º lugar dos 19 pilotos que correram no dia. Quem obteve o melhor tempo do dia de estreia foi Max Verstappen, da Red Bull. Correndo em ambos os turnos, da manhã e da tarde, registrou uma volta de 1:32.837. Fernando Alonso, também da Aston Martin, ficou em segundo lugar por apenas 0.029s de diferença de Verstappen e em terceiro lugar ficou Carlos Sainz, da Ferrari, com um tempo de 01:33.253.
No segundo dia de testes, o brasileiro não participou, e Fernando Alonso foi o responsável pelas voltas de ambos os turnos. O piloto ficou em terceiro lugar com um tempo de 1:32.205, atrás de Max Verstappen, que pegou o 2º lugar, e de Zhou Guanyu, da Alfa Romeo, que levou a melhor por uma diferença de 0.040s do piloto da Red Bull ao marcar um tempo de 1:31.610.
Já no terceiro e último dia de teste, o piloto brasileiro tão esperado foi colocado para pilotar o carro novamente no período da manhã, pegando a terceira colocação do turno e acabando na décima colocação do terceiro dia logo atrás de seu parceiro de equipe que ficou em 9º. Sergio Pérez, que usou o carro o dia todo, foi quem ficou em primeiro lugar do último dia, com um tempo de 1:30.305. Em segundo lugar ficou Lewis Hamilton, da Mercedes, e logo em seguida Valtteri Bottas, da Alfa Romeo.
Um esporte de muito dinheiro envolvido
A fórmula 1 é um evento extremamente caro e com grande competitividade, por isso qualquer pequena melhoria pode fazer diferença. É muito importante que os pilotos e equipes ganhem dinheiro de alguma forma, através de financiamento, patrocínio e até pelos direitos de transmissão, já que parte do valor é distribuído às equipes. Porém é através do patrocínio que as equipes conseguem a maior parte dos seus ganhos, como por exemplo a Red Bull Racing que recebe US$100 milhões por ano da Oracle após fechar um contrato de 5 anos com a marca na temporada passada. A Red Bull já possui outros 33 patrocinadores e isso faz com ela esteja perto de se tornar a primeira equipe da F1 a conseguir se manter apenas com dinheiro de patrocínio. A Mercedes, outra equipe de sucesso atualmente, também ganha uma grande quantia da Petrona, o valor de US$75 milhões por temporada.
A segunda forma mais importante para conseguir dinheiro para a equipe é conquistando os melhores resultados na competição, pois o dinheiro que o esporte arrecada com seus próprios patrocínios e vendas de direitos de transmissão são também distribuídos às equipes para o ano seguinte de maneira proporcional aos seus resultados e ao seu histórico passado.
Apesar do valor que eles possam adquirir, assim como em outros esportes, existe um teto de gastos para evitar a existência de exageros na competição e se tornar injusto para equipes menos avantajadas. O teto orçamentário desde a temporada de 2022 é por volta de US$145 milhões, um valor que diminuiu após a pandemia por problemas financeiros de certas equipes, já que antes o teto era de US$175 milhões. Entretanto, existem algumas exceções que não fazem parte deste teto orçamentário, como os salários dos pilotos e dos três funcionários mais bem pagos, custos de viagem, de marketing e de propriedade, pagamentos de licença e mais algumas outras. O valor do teto gerou desentendimentos pois mesmo sem contar esses custos algumas equipes acham muito pouco devido ao valor gasto só para o material do carro. As peças dos carros são muito caras, o que faz com que cada um deles custe por volta de US$15 milhões, e como podem ser feitos até três carros por piloto, sobra menos de metade do orçamento para outras despesas, entre elas salários dos funcionários da equipe, equipamentos de garagem e custos de operações e transportes.
Pilotos mais bem pagos da temporada de 2023
A Fórmula 1, como já pôde ser visto, é um esporte que envolve altas quantias de dinheiro, e o salário dos pilotos não poderia ser diferente. A cada ano, essa é uma questão que o público sempre quer saber e por isso trazemos aqui o valor dos salários dos pilotos de Fórmula 1 pelo ano de 2023. Max Verstappen é o piloto atual mais bem pago pela Red Bull Racing, onde tem um contrato assinado até 2028. Ele recebe uma quantia de US$55 milhões (por volta de R$280 milhões). Além disso, esse valor é apenas o do salário em si, sem contar o bônus que eles ganham por desempenho e através de acordos de patrocínio.
Transmissão
Para os fãs do Brasil que queiram assistir ao GP do Bahrein e às outras corridas da Fórmula 1, o evento será transmitido pela emissora Band, que em 2022 fechou contrato sobre os direitos de transmissão no país até a temporada de 2025. A seguir está a programação do primeiro circuito do campeonato mundial de Fórmula 1 de 2023:
Escrito por Juliana Domingues e Rafael Tornovsky