Estêvão é a maior revelação do futebol brasileiro em 2024. Destaque do Palmeiras e da seleção brasileira, a joia tem impressionado a todos com seus dribles, visão de jogo e maturidade, mesmo sendo tão jovem.
Cobiçado desde as categorias de base pelos clubes europeus, Estêvão já tem seu destino selado após o Super Mundial de Clubes de 2025: será jogador do Chelsea. Entretanto, a única dúvida que fica no ar é se o jovem terá espaço para brilhar no clube londrino.
Chelsea não tem aproveitado brasileiros nos últimos 10 anos
Desde 2014, o Chelsea gastou 60 milhões de libras na contratação de cinco talentos oriundos do Brasil: Kenedy, Nathan, Andrey Santos, Deivid Washington e Ângelo. Desses, apenas um teve sequência no time principal.
Contratado na temporada 2015/16, Kenedy chegou com grandes expectativas. Ele jogou 22 partidas, marcou dois gols e deu uma assistência, antes de ser emprestado ao Watford. Já Nathan, Andrey Santos e Ângelo só vestiram a camisa dos Blues em amistosos de pré-temporada.
Nathan, por exemplo, foi emprestado a três clubes europeus antes de chegar ao Atlético-MG, que o contratou em definitivo. Ângelo, por sua vez, foi repassado ao Strasbourg, da França, onde também joga Andrey Santos. O único que foge dessa regra é o atacante Deivid Washington, que permanece em Londres.
Estêvão corre o risco de ser rebaixado para o sub-21 do Chelsea
Contratado na temporada passada, Deivid Washington chegou ao Chelsea com 18 anos, a mesma idade que Estêvão terá no próximo ano. Sem espaço no time principal – onde atuou em apenas três partidas – o ex-Santos foi rebaixado para o time sub-21, onde já marcou 6 gols e deu 2 assistências em 11 jogos.
Ainda não sabemos se Estêvão seguirá o mesmo caminho de Deivid Washington, mas a tendência é que isso aconteça. Nos últimos anos, a diretoria do Chelsea já deixou claro que não liga para o que acontece no futebol brasileiro. O que importa é a adaptação ao “estilo europeu” de jogo, e ponto final.
Entretanto, os londrinos já perceberam que os empréstimos não têm sido uma boa estratégia para desenvolver seus talentos. Afinal, é melhor manter esses jogadores por perto, sendo moldados à filosofia de jogo do time, do que vê-los no banco de reservas de clubes de menor expressão na Europa. Além disso, eles podem ser promovidos a qualquer momento para o time principal, sem precisar aguardar o fim de uma temporada completa.