Os caminhos profissionais de quem se forma em Direito são dos mais diversos, tanto no setor público quanto no privado. Vão da magistratura à advocacia, passando por desembargadoria, promotoria e até mesmo pela carreira acadêmica. E a especialização em assuntos ligados ao Direito no esporte tem aberto oportunidades muito boas para os profissionais do setor.
Embora em grande ascensão, o Direito no esporte ainda não é tratado em muitas faculdades. Mas muitos profissionais têm conseguido reconhecimento e retorno financeiro no mundo esportivo. Ao lidarem com conjuntos de regras aplicáveis nos esportes, eles aplicam seus conhecimentos em diversas áreas, como cível, administrativa, trabalhista, fiscal, entre outras.
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Em seu blog, o Centro de Estudos em Direito e Negócios (CEDIN), vinculado à Faculdade Arnaldo, em Belo Horizonte, publicou um artigo sobre o Direito no esporte.
Justiça Desportiva
De acordo com o Dr. Leonardo Máximo, advogado desportivo e professor de pós-graduação do CEDIN, uma das linhas de trabalho mais óbvias para o profissional do Direito é a Justiça Desportiva. Seu universo administrativo, segundo o especialista, não faz parte do Poder Judiciário. Mas que é composto por tribunais desportivos.
Nesses tribunais são feitos desde julgamentos de atletas que cometeram faltas violentas durante uma partida de futebol, de clubes que escalaram jogadores de forma irregular e até brigas de torcida, por exemplo. E em todos esses tipos de processos, um advogado especializado em Direito no esporte é figura fundamental.
Direito trabalhista no esporte
Outro campo que o profissional do Direito no esporte pode trabalhar é o trabalhista. Mas, para isso, é preciso que o advogado tenha total domínio da forma como contratos são firmados no mundo desportivo. Uma diferenciação clara, por exemplo, são os contratos de trabalho, que são bem específicos no ramo, e os de direito de imagem.
As oportunidades de atuação também se multiplicam fora do Brasil. Advogados especializados em Direito no esporte desempenham papel importante em tribunais internacionais. Um exemplo clássico, segundo o artido do CEDIN, é o Tribunal Arbitral do Esporte. É nele que são decididas disputas jurídico-desportivas, além de violações antidopagem, infrações disciplinares e quebras de contrato referentes a diversas modalidades, entre elas a mais popular de todas, o futebol, por intermédio da Federação Internacional de Futebol (FIFA).
Extrajudicialmente, o advogado especializado em Direito no esporte também é importante nas negociações e celebração de acordos entre atletas e os clubes. O profissional analisa cláusulas contratuais e acompanha todos os trâmites que levarão à assinatura e ao fechamento do negócio.
Esportes eletrônicos
O Direito no esporte também vem ganhando ainda mais destaque, de acordo com o artigo, por conta dos chamados clubes de jogos eletrônicos, ou e-sports. Esse ramos vem crescendo muito de poucos anos para cá. E passando por uma profissionalização cada vez maior, o que gera necessidade de assistência jurídica e, por consequência, abre um novo campo de oportunidades para advogados.
É importante conhecer do ramo
De acordo o Dr. Leonardo Máximo, para trabalhar com o Direito no esporte não é necessário ser nenhum expert em futebol, por exemplo. Mas, assim como em qualquer área jurídica, é importante que o profissional da advocacia conheça o mercado no qual pretende atuar.
Isso significa, segundo o professor, que o profissional que escolhe trabalhar no meio do futebol, por exemplo, precisa ter a consciência de que o esporte e o Direito andam juntos. E que ser um especialista do Direito no esporte também implica em conhecer de conteúdos da gestão e dos negócios esportivos, uma vez que muito da atuação do advogado nesse meio tem a ver com desdobramentos de ordem financeira.
Como entrar no mercado do Direito no esporte?
Para o Dr. Leonardo Máximo, o grande segredo é ter conteúdo e bons relacionamentos no meio do esporte. E, para isso, é preciso se qualificar e ir muito além das aulas da graduação, uma vez que muitas faculdades não oferecem disciplinas voltadas ao esporte. Resta ao profissional, portanto, buscar cursos de capacitação e de pós-graduação.
É necessário que o profissional construa um bom networking. E, de acordo com o professor do CEDIN, o caminho para isso é participar de congressos e frequentar eventos que permitam o contato com outras pessoas do Direito no esporte. O Dr. Leonardo Máximo lembra, também, que esse tipo de contato também pode ser buscado virtualmente, por meio de redes sociais como o LinkedIn.
Além disso, é fundamental ler e se atualizar sobre o que acontece no mundo do Direito no esporte que, assim como em outras áreas, está em constante evolução. E o profissional deve estar sempre preparado.
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