Na última segunda-feira (18) o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez, anunciou que a entidade vai aumentar os valores das premiações pagas aos times participantes de suas competições continentais. No caso da Copa Libertadores, o reajuste será de US$ 5 milhões para o vencedor da grande final, prevista para ser disputada no dia 30 de novembro, em Buenos Aires, na Argentina, em estádio ainda a ser definido.
O campeão ganhará, pela vitória nesse jogo decisivo, o total de US$ 23 milhões (R$ 115,2 milhões, pela cotação atual). No ano passado, após sair vitorioso contra o Boca Juniors na final realizada no Maracanã, o Fluminense garantiu uma premiação de US$ 18 milhões (cerca de R$ 90 milhões), sem contar as premiações por avanço nas fases anteriores da competição continental.
Em 2024, a participação na fase de grupos da Copa Libertadores garante um valor de US$ 3 milhões (R$ 15 milhões) para o cofre das equipes, com direito a arrecadar um bônus de US$ 330 mil (R$ 1,65 milhão) por cada vitória nessa etapa do torneio.
Já nas oitavas de final, as equipes irão receber US$ 1,25 milhão (R$ 6.271.125,00), enquanto as quartas renderão US$ 1,7 milhão (R$ 8.528.730,00), e as semifinais, US$ 2,3 milhões (R$ 11.538.870,00).
Comparação com torneios brasileiros
Apesar de toda a expectativa e tradição que giram em torno da busca pela conquista de um torneio continental, principalmente para os torcedores, as competições nacionais podem ser mais rentáveis que a Sul-Americana e até mesmo que a Libertadores – que, geralmente, tendem a ser priorizadas pelas equipes que disputam os torneios da Conmebol.
O principal fator motivador disso é o fato de que as fontes de receita fornecidas pelo Brasileirão não se restringem a premiações, que são menores que as da Copa Libertadores. Enquanto nos torneios continentais da Conmebol as vendas de direitos comerciais e de mídia são centralizadas na entidade e em sua agência parceira, a FC Diez Media, na Série A essas propriedades são negociadas diretamente pelos clubes.
Ainda existe outro fator a ser considerado, que é a comercialização da publicidade estática nos jogos em casa da competição nacional. O Flamengo, por exemplo, dará início a partir do ano que vem ao contrato do clube com a Brax para a exploração da publicidade estática na Série A, que injetará mais R$ 66 milhões anuais na caixa da equipe.
Quando se trata somente de premiações, a Libertadores ainda é mais rentável que os campeonatos brasileiros, mas, no caso da Copa Sul-Americana, mesmo como reajuste anunciado pela Conmebol, a competição ainda fica bem abaixo da Copa do Brasil em uma comparação de valores de premiações.
Com o reajuste anunciado pela entidade para 2024, o campeão da Sul-Americana poderá faturar até US$ 9,1 milhões (R$ 45,7 milhões) no acumulado de todas as fases, enquanto o vencedor do torneio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) irá arrecadar uma bolada de mais de R$ 90 milhões. Apenas a vitória na final da Copa do Brasil 2024 já garante a arrecadação de R$ 73,5 milhões.
Na Sul-Americana 2024, a participação na fase de grupos renderá R$ 4,5 milhões, além de R$ 578 mil por cada vitória nessa etapa. A presença nos playoffs valerá R$ 2,5 milhões, passando para R$ 3 milhões nas oitavas, R$ 3,5 milhões nas quartas e R$ 4 milhões nas semifinais. Na final, o grande vencedor receberá R$ 30 milhões, enquanto o vice ganhará R$ 10 milhões.
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