Charles do Bronx: mais um brasileiro que está fazendo história no UFC

Uma breve análise sobre o UFC, seus grandes campeões e como Charles “do Bronx” Oliveira se tornou mais um ídolo brasileiro


Por Insper Sports Business

10 de junho de 2023

Parceria Editorial

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Charles do Bronx: Mais um brasileiro que está fazendo história no UFC

Atualmente o lutador brasileiro mais popular dentro do UFC, Charles do Bronx Oliveira luta neste sábado (10), em uma luta que pode significar a volta à corrida ao cinturão pelo brasileiro. Em Vancouver, Charles enfrenta o iraniano Beneil Dariush na luta co-principal do UFC 289, tendo que administrar todas as expectativas e emoções provenientes de sua última luta. Após  emplacar 11 vitórias seguidas e se tornar o campeão dos pesos leves, Charles foi superado em sua última luta contra o russo Islam Makhachev, de maneira fácil no segundo round. De qualquer maneira, Oliveira acredita que isso pouco afetará seu desempenho dentro do cage esse sábado, uma vez que trata a luta de outubro de 2022 como uma ocasionalidade e tem a convicção que terá seu braço levantado no Canadá.

Sobre o UFC

Antes de falarmos sobre Charles, vamos contextualizar um pouco sobre o que é a organização. O Ultimate Fighting Championship (UFC) é a maior e mais popular organização de MMA no mundo, reconhecida por ter os melhores lutadores e as melhores lutas do mundo. O UFC possui doze categorias de peso (oito masculinas e quatro femininas) e tem sua base atualmente em Las Vegas, nos Estados Unidos. As suas categorias e os atuais campeões são respectivamente:

CategoriaPesoAtuais campeões
Peso Palha (Strawweight)Até 52,2kg (Feminino)Zhang Welli
Peso Mosca (Flyweight)Até 56,7kg (Masculino e Feminino)Brandon Moreno e Alexa Grasso
Peso Galo (Bantamweight)Até 61,2kg (Masculino e Feminino)Aljamain Sterling e Amanda Nunes
Peso Pena (Featherweight)Até 65,8kg (Masculino e Feminino)Alexander Volkanovski e Amanda Nunes
Peso Leve (Lightweight)Até 70,3kg (Masculino)Islam Makhachev
Peso Meio-Médio (Welterweight)Até 77,1kg (Masculino)Leon Edwards
Peso Médio (Middleweight)Até 83,9kg (Masculino)Israel Adesanya 
Peso Meio-Pesado (Light Heavyweight)Até 92,9kg (Masculino)Jamahal Hill
Peso Pesado (Heavyweight)Até 120,2kg (Masculino)Jon Jones

Os lutadores se enfrentam em um ringue de oito cantos (octógono) e, na maioria dos combates, são três rounds (assaltos) de 5 minutos. Porém, as lutas principais e os combates de decisão do título possuem cinco rounds de 5 minutos. As vitórias são definidas por nocaute – golpes baixos não são permitidos –, desistência ou, caso o tempo de luta acabe e não haja nenhum dos dois, a vitória é decidida pelos árbitros.

Normalmente, o UFC promove 12 eventos principais por ano. A organização sempre tenta encaixar em datas consideradas datas chaves em seu calendário, nas quais a empresa se prepara para ter as melhores lutas do ano. Geralmente, essas datas são o fim ou o começo do ano, o feriado de 4 de julho e o dia anterior ao Super Bowl, um dos eventos mais assistidos do mundo.

Em 2020, o UFC era a oitava marca esportiva mais valiosa do mundo, com valor aproximado de 2,4 bilhões de dólares, graças à alta audiência e à valorização da marca, que tem crescido ano após ano.

Valores recebidos pelos lutadores

Um lutador de UFC não tem um salário fixo. Os atletas são pagos por luta com valores que variam conforme seu peso, os patrocínios que ele é capaz de atrair, o engajamento do público, a importância do evento, as vendas de pay-per-view e ingressos, entre outras fontes de renda. Um fato interessante é que provocar seus adversários na pesagem ou tomar atitudes semelhantes, que gerem engajamento do público, pode aumentar a renda do lutador.

O dono da companhia, Dana White, recebe duras críticas por conta desse modelo, uma vez que uma lesão, por exemplo, afeta diretamente o salário do atleta e isso ocorre com frequência quando o atleta está trabalhando. Mesmo assim, o UFC oferece um valor para os lutadores apenas por cada participação no octógono, que pode aumentar em caso de vitória.

Além disso, o torneio oferece algumas bonificações para aumentar a renda. Em cada evento, o campeonato premia em dinheiro os vencedores das categorias “Luta da Noite”, “Nocaute da Noite” e “Finalização da Noite”. Dana White paga 50 mil dólares para cada um desses prêmios e esse valor pode ser muito maior do que o recebido para a luta em caso de atletas menos conhecidos, o que é um incentivo a mais para se prepararem e apresentarem um bom espetáculo.

Grandes campeões

De Royce Gracie a Conor McGregor, a história do UFC está repleta de grandes lutadores que marcaram suas gerações e se tornaram ídolos para muitos. Para relembrar as trajetórias destes atletas, vamos citar alguns deles, seus números e recordes na organização e como estão marcados na memória do público até hoje.

  • Royce Gracie: O vencedor do primeiro evento promovido pela organização (UFC 1), no dia 12 de novembro de 1993, mostrou ao mundo a força do Jiu-Jitsu brasileiro ao vencer 3 adversários na mesma noite. Em uma época em que as regras da organização eram muito diferentes, Royce fez história e trouxe visibilidade ao evento, com um card de 11-1-1, ele é 3x vencedor do evento e faz parte do hall da fama do UFC, com certeza jamais será esquecido pelos fãs do esporte.
  • George St. Pierre: Conhecido como GSP, o canadense é um dos melhores meio-pesados da história da organização. Com um cartel de 26-2-0, ele defendeu o cinturão da categoria por 9 vezes e tem um recorde de 12 vitórias consecutivas. No seu auge, era praticamente imbatível, possuindo um domínio único, ele quase nunca perdia um round. Hoje, é mais um que faz parte do hall da fama do UFC e sempre está nas discussões de GOAT (Greatest of all time).
  • Anderson Silva: Para muitos, é considerado o GOAT, principalmente pelos brasileiros. Anderson marcou o UFC e trouxe visibilidade para o evento como nenhum outro atleta, mantendo o cinturão por 2.557 dias, um recorde no UFC. Ele possui 10 defesas de títulos e uma sequência de 16 vitórias consecutivas em sua carreira, com um cartel de 34-11-0. Em seu auge, toda luta era um show à parte, suas 11 derrotas são irrelevantes em comparação ao legado deixado, que marcou a organização com seus movimentos e estilo de luta únicos. Não à toa é conhecido como “spider” até hoje.
  • Jon Jones: Com um cartel de 26-1-1, se Jon Jones perdeu para alguém foi para ele mesmo. O campeão mais novo da história do UFC possui apenas uma derrota por conta de uma cotovelada ilegal e um empate por doping, ou seja, jamais um lutador foi superior a Jones dentro do octógono. Com apenas 23 anos, ele ganhou o cinturão pela primeira vez, mesmo com diversos problemas fora do cage, é uma lenda absoluta da organização.
  • Amanda Nunes: “A maior lutadora de MMA de todos os tempos”, essas foram as palavras que Dana White, dono do UFC, usou para se referir a Amanda Nunes. Com um cartel de 21-5, Amanda foi por muito tempo a única lutadora double-champ (campeã por duas categorias simultaneamente) da história, com 11 vitórias seguidas. Nos últimos meses, ela perdeu este posto, mas seu nome está marcado não só na organização, mas no esporte. Junto à Ronda Rousey, ela é uma das atletas que mais trouxe visibilidade à luta feminina.
  • Khabib Nurmagomedov: Imbatível é uma palavra que pode definir o lutador russo. Com um cartel de 29-0, ele se aposentou sem nunca ter perdido uma luta. Sempre presente nas listas de melhores da história, Khabib disputou 60 rounds, tendo perdido somente 2 – o terceiro contra McGregor no UFC 229 e o primeiro contra Justin Gaethje no UFC 254. O russo foi dominante em uma das divisões mais difíceis de todos os tempos e é considerado por muitos o melhor grappler já visto no esporte. Khabib “the eagle’ Nurmagomedov se aposentou em 2020 após a morte de seu pai e, com certeza, é uma das lendas incontestáveis do UFC.
  • Conor McGregor: O campeão que mudou o UFC. McGregor não é importante somente dentro do octógono, mas também fora dele. O primeiro double-champ da organização possui um cartel de 22-6 e mudou a forma como se faz publicidade para uma luta, se tornando o atleta mais influente da história do evento, ao alcançar números de audiência e valores que nenhum outro lutador jamais havia conseguido. Seu estilo único e suas coletivas de imprensa que incendeiam o público inspiraram diversos lutadores e trouxeram telespectadores de todo o mundo.

O Brasil no UFC

O Brasil é um dos países que possui grande participação no sucesso da organização. Portanto, para falarmos sobre a trajetória de Charles, precisamos abordar os brasileiros em que ele se inspira para continuar construindo a história do país na organização. O Brasil possui o primeiro campeão do UFC, a melhor lutadora da história da organização, o maior vencedor de todos os tempos e é o segundo país com maior quantidade de vencedores (19), atrás apenas dos Estados Unidos (63).

Atualmente, o Brasil não tem nenhum campeão masculino no UFC, mas conta com a maior lutadora de todos os tempos Amanda Nunes, dupla-campeã dos pesos galo e pena. Contudo, a tradição brasileira é tanta que existem lutadores que nunca foram campeões, mas possuem marcas expressivas e são reconhecidos na organização. Um deles é Demian Maia, detentor do segundo maior número de vitórias por finalização (11), atrás somente de Charles Oliveira (15). Confira abaixo todos os brasileiros campeões e seus respectivos títulos:

Campeões Brasileiros: 
Alex Poatan (peso-médio)
Anderson Silva (peso-médio)
Antônio Rodrigo Nogueira (peso-pesado)
Amanda Nunes (peso-galo e peso-pena)
Cris Cyborg (peso-pena)
Deiveson Figueiredo (peso-mosca)
Fabricio Werdum (peso-pesado)
Glover Teixeira (peso meio-pesado)
Jéssica Andrade (peso-palha)
José Aldo (peso-pena)
Junior dos Santos (peso-pesado)
Lyoto Machida (peso meio-pesado)
Mauricio Rua (peso meio-pesado)
Murilo Bustamante (peso-médio)
Rafael dos Anjos (peso-leve)
Renan Barão (peso-galo)
Vitor Belfort (peso meio-pesado)
Royce Gracie (peso absoluto)
Marco Ruas (peso absoluto)

A história de Charles “do Bronx”

No dia 17 de outubro de 1989, no Guarujá, cidade litorânea de São Paulo, nascia Charles Oliveira da Silva, conhecido hoje como Charles do Bronx. De origem humilde, seu apelido vem da comparação entre o bairro em que morava, Vicente Carvalho, e a região do Bronx, em Nova Iorque. De acordo com ele, “do Bronx”, além de representar a favela, era um apelido impactante e, no seu início de carreira, soava bem melhor do que somente Charles Oliveira.

A sua história de superação começa bem antes dos 10 anos como lutador do UFC. Como a maioria das crianças brasileiras, Charles tinha o sonho de se tornar jogador de futebol. Porém, em 1996, aos 7 anos de idade, ele começou a sentir dores no corpo, problemas para andar e, em certos momentos, não conseguia nem mexer suas pernas. Charles foi diagnosticado com febre reumática (doença inflamatória que afeta o coração, articulações, pele e cérebro) e sopro no coração e o médico disse aos seus pais que ele poderia ficar paraplégico. Os seus pais não aceitaram o fato, deixaram o menino continuar praticando esportes e, com o tempo, os exames não alertavam mais a presença das doenças em seu corpo.

Aos 12 anos, o jiu-jitsu entrou na sua vida para nunca mais sair. Apresentado a uma academia por um amigo de sua mãe, ele conseguiu bolsa para treinar e teve uma rápida evolução dentro do esporte. Demonstrando vocação para a luta, com 2 meses Charles já era campeão paulista em sua modalidade. Hoje, ele é faixa preta e considerado por muitos o melhor lutador de jiu-jitsu dentro do UFC.

De 2008 a 2010, Charles disputou torneios nacionais e, com um cartel invicto de 12 vitórias, chamou a atenção da organização de Dana White. A partir daí, ele começou a integrar o UFC, onde, com somente 21 anos, ele fez sua estreia e venceu, mostrando seu BJJ (Brazilian jiu-jitsu) característico, ganhando um bônus por ser eleito na categoria “finalização da noite”.

A sua trajetória dentro da organização é a de um verdadeiro guerreiro, o seu crescimento não foi exponencial e seu auge demorou a chegar, mas Charles nunca desistiu. Com um cartel de 32-8 no MMA e 20-8 no UFC, o atual campeão dos leves passou por altos e baixos na organização. Desde a sua primeira até sua vigésima luta, a carreira de Charles do Bronx parecia uma montanha-russa, sempre que conseguia uma sequência de vitórias era interrompido por uma derrota, ou todas as vezes que enfrentava um lutador renomado, que o faria subir de patamar caso vencesse, ele era derrotado, foi assim contra Max Holloway, Anthony Pettis e Paul Felder. Enquanto não engatava uma sequência para disputar um cinturão, ele ia acumulando finalizações e trocando de categoria entre os penas e os leves, até que, no ano de 2018, as coisas começaram a mudar.

No dia 6 de junho de 2018, Charles finalizou Clay Guida e ganhou o bônus de “performance da noite”. Três meses depois, ele ganhou novamente, desta vez em São Paulo, sua cidade natal, batendo o recorde de finalizações do UFC (11 na época) e ganhando mais um bônus por performance. Daí em diante “do Bronx” nunca mais parou, são 10 vitórias consecutivas, 8 performances da noite e 2 vitórias em lutas que valiam o cinturão, conquistando vitórias contra lutadores como Kevin Lee, Tony Ferguson e Michael Chandler, o que lhe possibilitou tomar o cinturão que Khabib Nurmagomedov deixou vago. Logo depois, ele venceu Dustin Poirier, um dos grandes lutadores da história dos leves, na sua primeira defesa de cinturão.

A batalha seguinte em defesa do cinturão foi contra Justin Gaethje. Nas entrevistas coletivas, Justin não se conteve em provocar Charles, dizendo que ele não era digno do posto de campeão. Apesar disso, “Do Bronx” estava confiante para a luta e não se deixou abalar pelas provocações do rival. Entretanto, no dia da pesagem para o confronto, Charles estava com 500 gramas a mais do que o peso ideal para a categoria, o que resultou na perda do cinturão independente do resultado da luta. Muitas polêmicas cercaram esse acontecimento, uma vez que o próprio lutador brasileiro alegou que bateu o peso um dia antes da luta.

De qualquer forma, Charles do Bronx não se desanimou com o acontecimento, e, mesmo não tendo mais a oportunidade de defender o seu cinturão, venceu Justin no primeiro round, mais uma vez por finalização. Após a luta, Gaethje declarou: “Foi um sentimento que eu nunca tinha sentido antes. Geralmente quando você é atingido tem um zumbido, dessa vez (ser atingido por Charles) foi como se eu tivesse colocado a língua em uma bateria super carregada. E meu corpo todo… foi loucura.”

Estatísticas de Charles “do Bronx” Oliveira

Charles sempre foi criticado por seu baixo poder de fogo enquanto está em pé, mas isso parece ter mudado. Em suas últimas lutas, ele conectou socos perigosos e ganhou o cinturão através de um nocaute, aplicado com a mão esquerda em Michael Chandler. Hoje, ele parece um dos lutadores mais completos da categoria, capaz de se adaptar ao estilo de luta de seus adversários.

Quanto Charles do Bronx ganha por luta?

Os valores recebidos por cada lutador depende de diversos fatores que não se restringem apenas ao resultado da luta.  Cada atleta ganha um valor que varia de acordo com a importância da luta e a popularidade dos lutadores envolvidos. Além disso, os campeões possuem participação nas receitas de pay-per-view, o que torna o valor recebido muito mais alto, a depender de como as vendas dos eventos acontecem.

Sendo assim, é difícil saber ao certo, uma vez que o UFC quase nunca divulga os verdadeiros valores de bolsa dos lutadores, mas é estimado dentro da comunidade do MMA que Charles ganhou, em sua última luta, algo em torno de 2,3 milhões de reais.

Próxima luta de Charles

Charles enfrenta o iraniano Beneil Dariush na luta co-principal do UFC 289 em Vancouver neste sábado (10), a partir das 18:30. A luta entre dois dos principais desafiantes ao cinturão do peso-leve, tende a ser muito equilibrada. Depois de perder o cinturão para Islam Makhachev na sua última aparição no octógono, Charles viaja ao Canadá em busca de uma vitória importante que pode significar um grande passo para sua volta ao número um dos pesos leves.

Principais características dos lutadores

Charles “do Bronx” Oliveira é conhecido por ter um estilo de luta altamente versátil e eficaz. Sua base técnica é o jiu-jitsu brasileiro, no qual ele é extremamente habilidoso. Ele possui um arsenal impressionante de finalizações, com um total de 21 vitórias por finalização, o que o torna o líder histórico do UFC nesse quesito. No chão, Oliveira é um especialista. Ele é muito perigoso quando a luta vai para o solo, pois é capaz de executar transições suaves e aplicar finalizações de diversas posições. Seu domínio do jiu-jitsu brasileiro lhe permite explorar oportunidades de finalização a partir de quase qualquer posição, e ele é particularmente conhecido por seus estrangulamentos, como o mata-leão e o triângulo de mão.

Além de suas habilidades no jiu-jitsu, Oliveira também demonstrou uma melhora significativa em sua trocação. Ele possui um estilo agressivo em pé, com um bom volume de golpes e uma variedade de ataques. Ele é capaz de lançar combinações precisas e poderosas, e já conquistou vitórias por nocaute técnico em sua carreira.No entanto, é importante notar que, apesar de suas habilidades impressionantes, Oliveira também mostrou vulnerabilidades em sua defesa em pé e em sua capacidade de lidar com lutadores mais fortes fisicamente. Em algumas lutas, ele teve dificuldades em se defender de ataques contundentes e foi levado ao limite em termos de resistência física.No geral, o estilo de luta de Charles “do Bronx” Oliveira é baseado em um jiu-jitsu de alto nível, combinado com uma trocação agressiva.  

Beneil Dariush é um lutador talentoso e habilidoso que possui um estilo de luta bem equilibrado. Ele é conhecido por combinar uma base sólida de grappling com técnicas de trocação eficientes. No aspecto do grappling, Dariush é um faixa-preta de jiu-jitsu brasileiro e tem um excelente jogo de chão. Ele é habilidoso em derrubar seus oponentes e levar a luta para o solo, onde demonstra uma variedade de transições e finalizações. Dariush possui um controle impressionante no solo e é capaz de manter seus oponentes em posições desfavoráveis, aplicando golpes efetivos e buscando finalizações.

Além disso, Dariush também é um lutador eficaz em pé. Ele possui um estilo de trocação técnico e agressivo, combinando golpes precisos com um bom poder de nocaute. Ele demonstra uma combinação de socos, chutes e joelhadas, frequentemente lançando ataques em sequência para pressionar seus oponentes. Dariush também possui uma boa defesa e é capaz de se esquivar e bloquear os ataques de seus adversários. Uma característica notável de Dariush é sua resistência e capacidade de suportar uma quantidade significativa de dano. Ele mostrou ser capaz de lidar com adversidades durante as lutas e se manter competitivo mesmo em situações difíceis.

No entanto, uma possível desvantagem de Dariush é sua disposição em trocar golpes. Por vezes, ele pode se envolver em confrontos de curta distância, expondo-se a golpes mais potentes de seus oponentes. Embora ele possua uma defesa sólida, essa abordagem agressiva pode deixá-lo vulnerável a adversários com um poder de nocaute excepcional. No geral, o estilo de luta de Beneil Dariush é uma mistura de grappling habilidoso e trocação técnica. Sua capacidade de levar a luta para onde se sentir mais confortável, seja no chão ou em pé, o torna um adversário formidável para qualquer oponente.

Onde assistir ao UFC

A transmissão do UFC 289 será exclusiva do UFC Fight Pass. Lançado no Brasil no final do último ano, o serviço de streaming oficial da competição passou a atuar no país em busca de novos investimentos para atrair os fãs brasileiros de MMA. o valor mensal da assinatura é de R$ 29,90. Um outro pacote anual disponibiliza além das lutas conteúdos exclusivos sobre o UFC que custa R$ 298,80.

Por Igor Fernandes, Felipe Levi, Gabriel Katz, Rafael Caldas, Rafael Tornovsky e Tomás Lima