No mundo dinâmico da mídia esportiva, uma mudança sísmica está em andamento. Gigantes da transmissão tradicional e organizações esportivas estão cada vez mais recorrendo a criadores para amplificar e distribuir conteúdo.
Estamos chamando esse novo espaço de Creator Sports Media Network , que serve como um poderoso catalisador para propriedade intelectual esportiva (IP). Uma “creator media network” é uma comunidade colaborativa onde criadores de conteúdo, influenciadores e detentores de direitos trabalham juntos para aumentar o alcance, a criatividade e o sucesso uns dos outros. Eles facilitam a colaboração, aumentam a visibilidade, oferecem suporte à monetização e promovem um senso de comunidade entre os criadores, impulsionando, em última análise, o crescimento e a inovação na criação de conteúdo.
Essa transformação não é apenas uma tendência; é uma jogada disruptiva que está redefinindo como o conteúdo esportivo é criado, distribuído e consumido.
Vamos analisar dois exemplos recentes:
Coletivo de criadores da NBC: uma nova experiência olímpica
O lançamento recente da NBC do Creator Collective para as Olimpíadas é um excelente exemplo dessa mudança. Reconhecendo o cenário de mídia em mudança, a NBC explorou o vasto potencial de influenciadores e criadores digitais para ampliar sua cobertura olímpica. Esses criadores trouxeram uma nova perspectiva, narrativa envolvente e uma linha direta com públicos mais jovens, que são mais propensos a consumir conteúdo em plataformas de mídia social do que na televisão tradicional. O Creator Collective teve como objetivo tornar as Olimpíadas mais relacionáveis e acessíveis. Ao capacitar os criadores a compartilhar suas opiniões únicas sobre os jogos, a NBC não está apenas expandindo seu alcance, mas também enriquecendo a experiência do espectador. Esta iniciativa demonstra como a mídia tradicional pode colaborar com os criadores para manter a relevância em um mundo digital em rápida evolução.
Creator Open da PGA: a nova fronteira do golfe
O Creator Open da PGA é outra abordagem inovadora para integrar criadores ao ecossistema de mídia esportiva. Ao convidar criadores de conteúdo para participar de um evento de golfe exclusivo, a PGA está abrindo portas para novas formas de engajamento. Esses criadores são encorajados a produzir conteúdo que reflita suas experiências e perspectivas pessoais sobre o esporte, atraindo assim públicos diversos que normalmente não acompanham o golfe. Esta iniciativa é mais do que apenas expandir a audiência; é sobre transformar a percepção do golfe. Ao mostrar o esporte pelos olhos dos criadores, a PGA está alcançando novos grupos demográficos e quebrando barreiras que tradicionalmente limitaram seu apelo. O Creator Open é uma prova do poder dos criadores em remodelar narrativas esportivas e impulsionar o engajamento dos fãs.
+ Leia também:
– O futuro dos esportes ao vivo não é ao vivo?
– O que é realmente uma liga esportiva?
O poder dos criadores
A integração de criadores em redes de mídia esportiva representa uma força disruptiva que está mudando as regras do jogo. Eis por que essa abordagem é tão impactante:
- Autenticidade e relacionalidade: Os criadores trazem autenticidade ao conteúdo esportivo. Suas conexões pessoais com seus públicos permitem que eles entreguem histórias que ressoam em um nível mais profundo, tornando os esportes mais relacionáveis e envolventes.
- Perspectivas diversas: ao envolver criadores de diversas origens, as organizações esportivas podem apresentar uma infinidade de perspectivas, enriquecendo a narrativa e atraindo um público mais amplo.
- Narrativa inovadora: Os criadores são mestres da narrativa digital. Sua capacidade de elaborar narrativas atraentes em formatos curtos e envolventes é perfeitamente adequada aos hábitos de consumo acelerados do público moderno.
- Engajamento direto do público: os criadores têm comunidades integradas que confiam e valorizam seu conteúdo. Essa linha direta para públicos engajados é inestimável para organizações esportivas que buscam expandir seu alcance e influência.
DISRUPTIVE PLAY – À medida que os detentores de propriedade intelectual esportiva consideram construir suas próprias redes de mídia de criadores, aqui está o que eles devem pensar:
- Engajamento do público: como os criadores podem nos ajudar a envolver públicos diversos de forma eficaz?
- Estratégia de conteúdo: quais histórias repercutem em nossos fãs e como os criadores podem criar essas narrativas?
- Democratização da Distribuição vs Paywall: Como equilibrar o acesso gratuito e os paywalls? Como podemos fazer parcerias com nossos parceiros de distribuição para expandir o fandom, evitar a ‘canibalização’ e aumentar a monetização?
- Controle de PI: Como mantemos o controle de PI e ao mesmo tempo permitimos liberdade criativa?
- Parcerias: Quais parcerias podem aumentar nosso alcance e garantir conteúdo de qualidade?
Abraçando o futuro
À medida que o cenário da mídia esportiva continua a evoluir, o papel dos criadores só aumentará em importância. Para organizações esportivas e empresas de mídia, abraçar essa mudança não é apenas uma opção; é uma necessidade. Ao fazer parcerias com criadores, eles podem aproveitar o poder das plataformas digitais para atingir novos patamares, envolver públicos diversos e redefinir a maneira como as histórias esportivas são contadas. Nesta nova era, os criadores não são apenas produtores de conteúdo; eles são redes por direito próprio, capazes de impulsionar o futuro da mídia esportiva. À medida que testemunhamos essa transformação, uma coisa fica clara: o jogo está mudando, e aqueles que se adaptarem liderarão o caminho.
Bem-vindos à era dos criadores como redes de mídia esportiva — um jogo verdadeiramente disruptivo.
Este é um artigo original da Disruptive Play: Challenging Sports & Media Norms, escrito por Michael Cohen e traduzido pelo Sport Insider.
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