A Vila Viva Sorte será demolida em breve. O histórico estádio do Santos, que já foi a casa de craques lendários e palco de grandes decisões do futebol, dará lugar a uma moderna arena multiuso, prevista para ser inaugurada em 2028. A WTorre – mesma construtora do Allianz Parque, do Palmeiras – iniciou as conversas com o presidente Marcelo Teixeira no ano passado, e ambos já possuem um esboço da minuta do contrato. O próximo passo é formalizar o documento para assinatura das partes.
De acordo com o Globo Esporte, o Santos espera iniciar as obras da nova Vila Viva Sorte ainda no segundo semestre deste ano. Durante a construção, o clube precisará mandar seus jogos em São Paulo por cerca de três anos. A ideia é utilizar o Pacaembu, que estava em reforma desde 2021 e já está pronto para uso. Além disso, a diretoria santista vendeu recentemente dois mandos de campo do Brasileirão 2025 por R$ 2 milhões. Os jogos ainda não têm data nem local definidos.
Como será a Vila Viva Sorte pós-reforma?

Assinado pelo arquiteto Luiz Volpato, o projeto está em sua terceira versão e prevê uma capacidade máxima de 30.108 pessoas em uma área construída de 71 mil m². O custo estimado da obra é de, no mínimo, R$ 300 milhões. Todos os assentos serão cobertos, mas o gramado permanecerá totalmente exposto. Com isso, em dias de chuva, os lugares mais próximos ao campo poderão ser afetados, impactando o conforto do público.
Vale destacar que os 1.700 santistas que possuem cadeiras cativas na atual Vila Viva Sorte terão seus assentos garantidos na nova arena, em uma posição privilegiada em relação ao campo, seguindo o mesmo padrão de hoje. Já no entorno do estádio, haverá uma pequena mudança: as ruas serão elevadas, eliminando o meio-fio. Tanto que, nos dias de jogo, os torcedores terão a sensação de estar em uma praça pública com a Vila ao centro.
Jogos no Pacaembu podem ajudar o Santos a aproveitar mais o “Efeito Neymar”

Apesar do crescimento nas redes sociais – o Santos saltou de 3,5 milhões para 7,4 milhões de seguidores no Instagram em poucos dias –, o “Efeito Neymar” ainda não foi sentido dentro do estádio. Durante a fase de grupos do Paulistão 2025, a Vila Viva Sorte recebeu 80.068 torcedores, com uma média de 13.345 por partida, gerando uma renda bruta de R$ 4 milhões (média de R$ 666 mil por jogo).
Com a mudança praticamente confirmada para o Pacaembu, o Santos poderá explorar melhor a receita de bilheteria. A arena tem capacidade para 25 mil pessoas, ou seja, 10 mil assentos a mais que a Vila. Considerando o ticket médio do Peixe no Paulistão – que foi de R$ 49,97, a arrecadação poderá chegar a R$ 1,2 milhão por jogo – o dobro do valor obtido em seu histórico estádio.
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