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Série C 2025 reforça modelo de transmissão regional e multiplataforma

Com forte presença de clubes do Nordeste, Série C aposta em distribuição segmentada para ampliar o alcance e valorizar torcidas regionais

A Série C do Brasileirão 2025 começou no dia 12 de abril com um desafio claro: manter sua relevância em meio à intensa concorrência esportiva e à fragmentação de audiências. Para isso, a terceira divisão nacional reforçou um modelo que já vinha sendo construído nos últimos anos: a transmissão multiplataforma com forte recorte regional.

Com 20 clubes na disputa, a competição conta com representantes de quatro regiões do país — e, mais uma vez, o Nordeste é protagonista. Oito dos 20 participantes vêm da região, o que tem despertado o interesse de grandes grupos de mídia em expandir sua cobertura e diversificar as formas de exibição do campeonato.

Transmissão multiplataforma: um jogo para todos os públicos

O modelo de distribuição da Série C em 2025 se apoia em três pilares principais: TV aberta, TV por assinatura e plataformas digitais. A estratégia, costurada pela Trinta Sports (agência responsável pela gestão comercial da competição), busca ampliar o alcance da divisão e atender às demandas específicas de cada região.

Na TV aberta, a Band anunciou a aquisição dos direitos da Série C com um detalhe importante: a exibição será feita de forma regionalizada. Afiliadas como a Band Campinas e a Band Bahia serão responsáveis por levar ao ar jogos com maior apelo local, garantindo que clubes historicamente negligenciados pela mídia nacional ganhem destaque em seus territórios.

Já na TV paga, o canal Nosso Futebol continua sendo o principal destino dos torcedores. Com sinal linear e pay-per-view via Nosso Futebol+, o canal transmitirá todos os jogos da competição. A presença de todas as partidas a cada rodada também reforça o compromisso da emissora com a competição.

No ambiente digital, o cardápio é igualmente robusto. O canal do Nosso Futebol no YouTube trará gratuitamente os mesmos jogos transmitidos na TV por assinatura, enquanto a plataforma DAZN segue como parceira para exibir quatro partidas por rodada — dando continuidade a uma cobertura que já acontece desde 2020.

(Foto: Divulgação/CBF)

A força da regionalização: clubes como protagonistas locais

Com forte presença de clubes nordestinos, do interior paulista e de centros emergentes do Sul, a Série C se mostra cada vez mais como um território fértil para o crescimento regional do futebol nacional. E a estratégia de regionalização adotada pela Band reforça essa tendência.

A afiliada Band Campinas, responsável por 112 cidades do interior paulista, será a principal responsável pela transmissão dos jogos de Guarani, Ponte Preta e Ituano. Enquanto na região Nordeste, a Band Bahia lidera a produção local, focada nos oito representantes da região.

Um novo posicionamento para a Série C

Com calendário estável, transmissões bem definidas e uma estrutura comercial fortalecida, a Série C vem consolidando sua posição dentro do ecossistema do futebol brasileiro. A atuação da Trinta Sports como agência de gestão trouxe profissionalismo ao campeonato, permitindo a adoção de estratégias como a venda regional dos direitos — algo inédito em competições nacionais.

Além disso, o avanço das plataformas digitais e a fragmentação da audiência abriram espaço para novos formatos de exibição, como os jogos transmitidos gratuitamente no YouTube. Para os clubes, isso representa mais visibilidade, novas oportunidades comerciais e um engajamento direto com as torcidas, mesmo fora das grandes capitais.

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O futuro da transmissão esportiva já começou

A Série C 2025 mostra que há espaço para inovação mesmo nas divisões inferiores do futebol nacional. Ao apostar em uma lógica descentralizada, regionalizada e multiplataforma, a competição não apenas aumenta sua relevância, mas também se posiciona como laboratório de tendências para o futuro da mídia esportiva no Brasil.

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