De acordo com o levantamento anual realizado pela EY, empresa inglesa de consultoria e auditoria, as receitas de 31 dos 40 clubes participantes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro chegaram, somadas, a R$ 11,1 bilhões no último ano. Em comparação com a receita total do ano anterior (R$ 8,4 bilhões), houve um crescimento de 39%.
A lista dos times que não foram incluídos no material conta com Cruzeiro, CRB, Ituano, Juventude, Londrina, Mirassol, Novorizontino, Sampaio Corrêa e Tombense, pois, até a finalização do estudo, não haviam publicado suas demonstrações financeiras.
Em 2023, os clubes integrantes da Liga Forte União (LFU) venderam parte dos seus direitos comerciais do Campeonato Brasileiro das temporadas de 2025 a 2074 (50 anos). O que potencializou o crescimento de receita desse grupo em relação ao ano anterior. Dessa forma, 40% do valor total se concentrou em apenas cinco clubes (Fluminense, Flamengo, Internacional, Botafogo e Athletico-PR).
Enquanto o Flamengo se manteve como o único clube a ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão em receita total – pelo 3º ano consecutivo e com faturamento recorde -, o Fluminense aumentou suas receitas de direitos de transmissão e premiação, impulsionado pela conquista inédita da Copa Libertadores, que rendeu R$ 129 milhões ao tricolor.
As conquistas da Copa do Brasil e da Libertadores aumentaram as receitas de dias de jogo (matchday) em 60% e 106% para São Paulo e Fluminense, respectivamente, quando comparado a 2022. Enquanto isso, o Atlético-MG teve um aumento de 26% com a inauguração de seu novo estádio, a Arena MRV.
Em relação ao endividamento, a EY analisou três aspectos: endividamento líquido, empréstimos e tributário. No último ano, o Botafogo foi o clube que apresentou o maior endividamento líquido, correspondente a 11% do valor total dos clubes, e foi o único acima de R$ 1 bilhão. Junto a Corinthians, Atlético-MG, Vasco e São Paulo, o endividamento líquido dos cinco clubes representa 44% do total.
Já em relação ao endividamento tributário, o Corinthians foi o 1º colocado, com dívidas de valor acima de R$ 600 milhões, seguido por Botafogo (R$ 443 milhões) e Fluminense (R$ 398 milhões).