Quando pensamos na camisa da seleção brasileira, automaticamente lembramos da Nike. Esse “casamento” já dura 28 anos e deve continuar por mais tempo. De acordo com o site UOL Esporte, as conversas para uma renovação já estão em andamento, e a CBF espera por um aumento significativo nos valores contratuais.
Em 2007, a Nike fez um acordo dos sonhos com o ex-presidente Ricardo Teixeira. Por 19 anos, a CBF aceitou receber 35,5 milhões de dólares anuais (cerca de R$178 milhões na cotação atual) para estampar a marca norte-americana em sua camisa. O contrato é válido até a Copa do Mundo de 2026, e o valor é fixado em moeda estrangeira, ou seja, a conversão para o real pode variar a cada temporada.
Ainda não há informações sobre quanto a CBF pediu para renovar o contrato, mas estima-se um valor bilionário. Recentemente, Adidas e Puma manifestaram interesse em produzir a camisa amarelinha. Inclusive, uma das duas ofereceu quase R$1 bilhão por ano para fechar o acordo. Outro ponto interessante da proposta foi a abertura de lojas e o pagamento de royalties sobre a venda de camisas da seleção, algo que a Nike não faz atualmente no Brasil.
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A confederação analisa com cautela os seus próximos passos e deve anunciar em breve a decisão. Se for favorável à Adidas, não será a primeira vez que a empresa alemã trabalha com a seleção brasileira.
Quantos fornecedores esportivos a Seleção Brasileira teve em sua história?
Apesar de a Confederação Brasileira de Desportos ter sido fundada em 1916, a seleção não tinha um fornecedor esportivo específico, como as marcas conhecidas hoje em dia. Até 1950 as equipes geralmente utilizavam uniformes feitos sob medida por alfaiates locais ou empresas nacionais, sem patrocínio de grandes marcas.
Levando em consideração esse trabalho pontual com marcas brasileiras, a Ceppo foi a primeira a produzir a camisa do Brasil, em 1938. Depois, em 1950, a CBD fechou um acordo com a malharia Athleta. Ao longo desse período, a seleção brasileira também trabalhou com a Umbro. Tanto que, na Copa do Mundo de 1970, o Brasil jogava um tempo com a marca inglesa e o outro com a Athleta. As camisas eram praticamente iguais em cor e modelo; apenas o tecido e o formato dos números eram diferentes.
Oito anos depois, foi a vez da confederação trabalhar com a Adidas. Mas a parceria não durou muito, e logo no Mundial seguinte, em 1982, a Topper assumiu o manto brasileiro. Entretanto, em 1994, o destino quis que a Umbro estivesse presente em mais um título do Brasil. E esse foi o último fornecedor esportivo da seleção antes da chegada da Nike no fim de 1996.
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