Não há uma fórmula matemática para se destacar no mercado. Porém, existem características que são comuns na maioria dos cases de sucesso. Paixão e empreendedorismo são duas delas – sempre aliadas, claro, a uma boa leitura de oportunidades. O surfista Henrique Vieira, de 34 anos, é mais um exemplo disso.
Enquanto pegava ondas ao redor do mundo, ele sempre teve um desafio além da imprevisibilidade do mar e do equilíbrio da prancha: o calor do Sol. E como sabia que isso não era um problema somente para seu lazer, Henrique transformou aquilo em uma oportunidade de negócios: criou um protetor solar para atletas.
Só que foi preciso ter uma outra virtude comum aos bons empreendedores: paciência. Ele fundou a Poncho em 2014, com dois sócios e sua irmã, mas a aprovação da Anvisa para o protetor, voltado a quem fica muitas horas exposto à luz do Sol, só saiu em 2018. Depois de quatro anos e R$ 100 mil investidos.
Com uma fábrica em Cotia, São Paulo, hoje a Poncho fabrica até 10 mil protetores por mês – com a quantidade variando de acordo com a época do ano (altas no verão e baixas no inverno). Além disso, ela comercializa também outros produtos que têm relação com o surfe e os esportes aquáticos, como parafina e sabão para roupa de mergulho.
O faturamento é de mais de R$ 20 mil mensais, e a empresa utiliza uma estratégia bem comum no marketing esportivo para alcançar um público cada vez maior: patrocinar nomes conhecidos do ramo. Atualmente, a marca apoia os surfistas Alemão de Maresias e Chloe Calmon, além de Fernando Fernandes, do caiaque.
E a Poncho também tem outra qualidade fundamental nas novas empresas: responsabilidade social. É importante demonstrar interesse em contribuir com a sociedade de alguma forma. Nesse caso, a marca se associou a algo que tem tudo a ver com sua área de atuação: tem uma parceria com o Instituto Melanoma, que luta contra o câncer de pele.