Nem todas as modalidades oferecem uma perspectiva otimista para o Brasil nos Jogos de Paris. Na segunda parte desta série, destacaremos as categorias em que a conquista de uma medalha é uma tarefa extremamente difícil. Examinaremos os esforços dos atletas brasileiros que, apesar das adversidades e da forte concorrência internacional, continuam treinando com esperança de surpreender no maior palco esportivo. Vamos entender os fatores que tornam a competição tão acirrada e o que está sendo feito para melhorar essas chances no futuro.
Ciclismo
Investimento: R$ 6,270 milhões (2024)
Entidade: Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC)
Número de atletas em Paris: 6 (3 Homens e 3 Mulheres)
Provas:
Mountain Bike – Cross Country Masculino e Feminino
BMX – BMX Racing Feminino e BMX Freestyle Masculino
Estrada – Prova de Estrada Masculino e Feminino
Medalhas em Tóquio: 0
Apesar de ser considerado um esporte de nicho por grande parte do público esportivo – e até mesmo por praticantes do Ciclismo – não quer dizer que a modalidade seja necessariamente desconhecida ou pouco atraente para os brasileiros. De fato, existe uma grande parcela de fãs, que ficam ainda mais evidente quando nos deparamos com as audiências televisivas das grandes voltas, como Giro D’Italia ou Tour de France; nos diversos sites especializados na cobertura esportiva da modalidade; ou até mesmo nos famosos grupos de ciclistas que se reúnem para pedalar pelas cidades do país.
Se o Ciclismo está de certa forma presente na vida do brasileiro; então, por que o esporte nunca trouxe uma medalha olímpica para o Brasil, obtendo poucas conquistas relevantes no âmbito internacional? Alguns fatores ajudam a entender os motivos deste desbalanceamento entre paixão pelo esporte e resultados.
O primeiro deles é a forma que o esporte é visto pelos brasileiros. A grandiosidade do Brasil, e as longas distâncias entre bairros e cidades, não favorecem o uso da bicicleta como um meio de transporte. Por causa disso, muitos olham para as bikes, apenas como uma forma de lazer ou atividade física. O segundo motivo é a falta de estrutura e segurança na prática do esporte; a forma que o país se conectou, através de enormes rodovias, juntamente com a falta de planejamento urbano das grandes cidades, dificultam a utilização de bicicletas e trazem riscos para aqueles que se aventuram a andar nas ruas e estradas brasileiras.
O terceiro ponto é a falta de investimento no esporte como uma opção de profissão. Pouquíssimos clubes esportivos possuem áreas ou projetos dedicados ao Ciclismo. Também não existem muitas equipes de ciclismo no território nacional, criando um obstáculo ainda maior para quem busca seguir uma carreira no esporte, e acaba tendo que arcar com os altos custos da modalidade por conta própria.
Enquanto a atenção do público brasileiro não está voltada para o desenvolvimento esportivo da modalidade no país; a CBC tenta resolver os seus problemas internos. No ano passado, duas graves denúncias surgiram com o nome da entidade. A primeira delas referente a um caso de abuso sexual de um ex-treinador da confederação contra uma das atletas, que teria ocorrido em 2018. O segundo caso, colocou a organização sob a mira do COB, após um possível desvio de dinheiro e má gestão do repasse. Ainda assim, a entidade recebeu uma alta nota do COB pela sua gestão, alcançando 9,61 de 10 pontos.
A CBC investe grande parte dos seus recursos na organização de campeonatos e eventos esportivos. É a partir daí que a confederação consegue aumentar a sua arrecadação com patrocínios e parcerias pontuais nos eventos, haja vista que a entidade em si, não conta com patrocínio oficial. Grande parte dos recursos privados são oriundos de parcerias com prefeituras que, ao mesmo tempo, colaboram com centros de treinamento para as equipes brasileiras.
Ciclismo BMX Racing
Paola Reis será a única representante do país nesta modalidade. A baiana conquistou a vaga quando venceu o campeonato pan-americano de BMX, que servia como classificatório olímpico. A atleta de 24 anos fará a sua primeira descida no circuito olímpico, após duas edições seguidas em que a preferência pelo posto era dada à Priscilla Stevaux. Paola está longe de ser favorita, mas ela costuma aplicar uma alta carga de agressividade em suas participações, que podem ocasionar as constantes quedas no BMX; Além da notável evolução técnica nos últimos anos, que a coloca numa posição capaz de sonhar com o pódio.
No masculino, o Brasil passa por uma renovação após a aposentadoria do experientíssimo ciclista Renato Rezende, e a ausência do atleta Anderson Ezequiel em competições internacionais. – Anderson chegou a ser medalha de bronze no campeonato mundial em 2018 –. Os jovens nomes da equipe masculina não obtiveram resultados de expressão no ciclo, e ficaram sem a vaga.
Ciclismo BMX Freestyle
Por incrível que pareça, a prova do BMX Freestyle trará a grande chance do Brasil de conquistar uma medalha inédita no esporte. O responsável por isso é o jovem Gustavo “Bala Loka”. O país teve uma evolução surpreendente nesta modalidade em ambos os gêneros, e chegou de vez no grupo dos principais ciclistas. “Bala Loka”, será o mais jovem entre os competidores, e já apresenta nível técnico e altas notas em importantes competições que podem levá-lo ao pódio olímpico.
Ciclismo Mountain Bike
Outra modalidade em que o Brasil está passando por uma renovação é o Mountain Bike. O país possui uma certa tradição e, diferentemente do que ocorre com os outros formatos do Ciclismo, conta com diversos locais de prática e um campeonato nacional bastante estruturado e competitivo. Neste ano, o Brasil voltou a sediar etapas da Copa do Mundo, o que ressaltou a aposta e o investimento da confederação nesta modalidade.
Por muitos anos o Brasil contou com Henrique Avancini nas disputas do circuito mundial. Um atleta de altíssimo nível e que marcou o seu nome no esporte brasileiro e mundial. Porém, ele se aposentou na última temporada, deixando claro o gap técnico que havia para os seus compatriotas. Ainda assim, o Brasil terá os seus representantes, em ambos os gêneros, na modalidade. Os escolhidos foram a experiente Raiza Goulão, e o jovem Ulan Galinski que é uma promessa do Mountain Bike.
Ciclismo de Pista
Definitivamente, esta é a modalidade com o pior desempenho brasileiro. Ao todo, são 12 provas olímpicas nas competições de pista, das quais o Brasil não estará representado. Mesmo a nível continental, os ciclistas brasileiros estão muito atrás de várias nações, como Argentina, Colômbia, Trinidad e Tobago, Peru e Suriname. A melhor performance brasileira veio na prova do Madison Feminino, em que o país chegou a sonhar com uma vaga, mas terminou distante na classificação. Claramente, o legado do excepcional velódromo dos Jogos Olímpicos do Rio não está sendo bem aproveitado.
Ciclismo de Estrada
Após a ausência de ciclistas brasileiros nesta modalidade durante os Jogos de Tóquio, agora, voltará a ter atletas no evento mais tradicional do Ciclismo. Vinícius Rangel é o grande nome brasileiro. O jovem atleta é o único do país a estar numa equipe do World Tour de Ciclismo, a Movistar. Ele demonstra o seu talento há bastante tempo, conquistando o campeonato brasileiro de estrada em 2022 quando ainda era da categoria sub23. Ele está se preparando para os Jogos num centro de treinamento na altitude da cidade de Paipa, na Colômbia, e bastante motivado para a competição na capital francesa. No feminino, Ana Vitória Magalhães, membro da equipe italiana Bepink, foi a escolhida. Tota, como é mais conhecida, é a atual campeã brasileira e a mais bem colocada no ranking internacional.
Handebol
Investimento: R$ 5,474 milhões (2024)
Entidade: Confederação Brasileira de Handebol (CBHb)
Número de atletas em Paris: 14 (14 Mulheres)
Provas: Torneio Feminino
Medalhas em Tóquio: 0
“O esporte mais praticado nas escolas”. Provavelmente você já deve ter escutado esta frase, referindo-se ao Handebol e o grande alcance escolar da modalidade. É difícil afirmar se o esporte, de fato, é aquele com a maior presença nas escolas brasileiras; mas é certo que a maioria das pessoas já teve algum contato com ele durante a fase escolar. Contudo, é como se o Handebol sumisse, após esse período inicial de reconhecimento do esporte.
Não existe uma razão única que explique o motivo da modalidade não engrenar a prática esportiva pós-escola, estando presente no cotidiano do brasileiro. Porém existem vários aspectos que podem ajudar a compreender a situação. O primeiro deles é a capacitação de atletas e a transição para o alto rendimento. Aqueles que optam por seguir carreira no esporte, precisam procurar por clubes esportivos ou por projetos que apostam no Handebol.
Não existe uma razão única que explique o motivo da modalidade não engrenar a prática esportiva pós-escola, estando presente no cotidiano do brasileiro. Porém existem vários aspectos que podem ajudar a compreender a situação. O primeiro deles é a capacitação de atletas e a transição para o alto rendimento. Aqueles que optam por seguir carreira no esporte, precisam procurar por clubes esportivos ou por projetos que apostam no Handebol.
Todos esses fatores afetam diretamente a cadeia esportiva do Handebol, que não possui grandes recursos estruturais e nem de pagamentos aos atletas. Porém, é inegável que há muita qualidade nos jogadores brasileiros. Somente na última temporada da Champions League de Handebol, o país teve três campeões: Bruna de Paula, Thiagus Petrus e Haniel Langaro. Além de diversos outros atletas que competem nas melhores ligas e times da Europa, e são a grande maioria dos convocados para as seleções brasileiras.
Não há muito sobre o trabalho exercido pela confederação, mas é evidente que eles costumam investir na contratação de técnicos renomados. Foi o caso do dinamarquês Morten Soubak, durante o período de ouro do Handebol feminino, conquistando o título mundial numa árdua disputa contra as donas da casa, a Sérvia, em 2013. E de Jorge Dueñas, atual treinador da equipe masculina.
Na capital francesa, o Brasil terá a equipe feminina brigando por uma inédita, e bastante complicada, medalha olímpica. A nível continental, ainda somos muito superiores e a classificação veio numa tranquila partida contra a Argentina (nosso principal rival), nos Jogos Pan-americanos do ano passado. Por outro lado, o mesmo não ocorre com o masculino, que sempre faz um embate único contra los Hermanos, na busca pela vaga. Desta vez, ela não veio. Apesar de ter feito bons jogos na segunda oportunidade durante o pré-olímpico mundial, a equipe masculina não obteve sucesso em momentos decisivos contra as fortes equipes da Espanha e Eslovênia.
Também vale destacar o trabalho que a federação internacional do esporte está fazendo para a inclusão da modalidade Beach Handball, ou Handebol de Areia. A entidade máxima do esporte preparou uma espécie de minitorneio para as ruas parisienses. O evento será de exibição, mas tem o intuito claro de convencer o COI a adicioná-lo no programa olímpico nas próximas edições. Caso se confirme, seria uma excelente adição para o Time Brasil, uma vez que já somos campeões mundiais e uma potência esportiva na modalidade praticada nas areias.
Levantamento de Peso
Investimento: R$ 5,549 milhões (2024)
Entidade: Confederação Brasileira de Levantamento de Peso
Número de atletas em Paris: 2 (2 Mulheres)
Provas: Categorias até 71kg Feminino e até 81kg Feminino
Medalhas em Tóquio: 0
O Levantamento de Peso vivia grandes expectativas para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. O esporte contava com um grande talento nacional, Fernando Reis, que sonhava com a possibilidade de conquistar uma inédita medalha para o Brasil. O peso-pesado era um dos favoritos ao pódio, e tinha excelentes marcas que lhe colocavam na lista de futuros medalhistas olímpicos. Porém, um caso de doping surgiu dias antes de Fernando embarcar para o Japão, e tirou o brasileiro dos Jogos da capital japonesa. Até hoje, Fernando, contesta o resultado dos exames, e critica um esquema de manipulação de provas presente no esporte.
De fato, o Levantamento de Peso é assombrado por diversos esquemas de doping, que há anos ameaçam a presença da modalidade em Olimpíadas; e não foi diferente para o ciclo de Paris. O COI precisou intervir no esporte, e tomar algumas medidas que pudessem garantir a integridade das competições e dos atletas “limpos”. Apesar de estar confirmada a presença do Levantamento de Peso em Los Angeles 2028, ainda é difícil ter certeza se a modalidade terá um lugar reservado no programa olímpico.
Enquanto isso, a CBLP luta para desenvolver o esporte no país. A entidade é uma das menores entre as confederações olímpicas, e conta com apenas cinco federações estaduais associadas a ela. Talvez seja por isso que a confederação faz grandes investimentos no fomento do esporte (em torno de um milhão de reais), e que se assemelham aos gastos com preparação técnica, organização e participação em eventos e na manutenção da entidade. A confederação conta um fornecedor oficial e parceiro, a Eleiko, que auxilia a organização de camps de treinamento e na aquisição de equipamentos de treino e competição.
Mesmo com as dificuldades, o esporte voltou a sonhar com grandes resultados num futuro próximo. Atualmente, o país conta com uma verdadeira seleção de atletas que já conseguiram ótimos resultados a nível internacional. Giovanna Tavares, Taiane Justino, Emily Rosa, Júlia Vieira, Isanelly Cristina, Matheus Pessanha, Laila Grimaldi e Beatriz Kamille são alguns jovens nomes que vêm somando conquistas e marcas relevantes no cenário competitivo.
Em Paris, as atletas Laura Amaro e Amanda Schott estarão representando as cores do Brasil. As duas conseguiram as suas vagas através da complicada classificação olímpica por rankings, e garantiram os seus lugares no top 10 do mundo. Ambas tentarão alçar as melhores posições possíveis em suas categorias, aproveitando-se da experiência olímpica para elevar o rendimento futuro. Apesar de nova, Laura foi medalhista pan-americana em Santiago, e caso as suas adversárias falhem na competição, poderá beliscar um pódio.
Tênis de Mesa
Investimento: R$ 5,967 milhões (2024)
Entidade: Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)
Número de atletas em Paris: 6
Provas: Individual Masculino e Feminino; Disputa por Equipes Masculino e Feminino; Duplas Mistas
Medalhas em Tóquio: 0
É fácil de entender o porquê do Tênis de Mesa brasileiro ter crescido bastante nos últimos ciclos. A CBTM é uma das confederações mais bem estruturadas do Brasil. Além da excelente organização, a entidade, faz uma ótima gestão dos seus recursos, sejam eles oriundos do repasse do COB, patrocínios, projetos incentivados ou das taxas de filiações, incrementando consideravelmente as receitas da confederação.
Um sistema de competições bem definido, um centro de treinamento para a seleção brasileira em São Caetano, projetos de captação de futuros talentos e polos regionais de desenvolvimento esportivo são algumas das várias medidas protagonizadas pela entidade. A CBTM investe prioritariamente nas bases, com participações em eventos internacionais e na preparação técnica dos atletas. Além de trazer competições importantes do circuito da federação internacional para que ocorram em solo brasileiro.
O Brasil conquistou a classificação para todas as provas do esporte nos Jogos de Paris, demonstrando a força do país na modalidade. Na disputa por equipes femininas, o Brasil terá pela primeira vez uma atleta paralímpica, Bruna Alexandre, disputando o torneio olímpico. Porém, os grandes nomes da equipe brasileira serão Bruna Takahashi e Hugo Calderano.
Takahashi, vem evoluindo tecnicamente, e já se encontra entre as melhores do mundo. Atualmente, a mesa-tenista está no TOP 20 do ranking mundial, sendo a segunda melhor das Américas, atrás apenas da sua rival, e amiga, Adriana Diaz, de Porto Rico. Recentemente, a atleta paulista se mudou para a Alemanha, onde treina em uma das equipes alemãs, a TTC 1946 Weinheim.
Hugo, também mora e treina na Alemanha, defendendo o TTF Liebherr Ochsenhausen, equipe pela qual ele já foi campeão. O mesa-tenista carioca está na melhor forma de sua carreira, como demonstrou nos últimos torneios WTT Contender, disputados na Eslovênia e no Brasil, dos quais ele subiu no lugar mais alto do pódio em ambos. As vitórias o recolocaram no topo do ranking mundial, atrás somente dos quase imbatíveis chineses. Calderano, inclusive, já conseguiu vencer alguns deles durante o último ciclo, algo que eleva a expectativa para o seu desempenho nos Jogos Olímpicos.
Wrestling
Investimento: R$ 6,159 milhões (2024)
Entidade: Confederação Brasileira de Wrestling (CBW)
Número de atletas em Paris: 1 (1 Mulher)
Provas: Categoria até 57kg feminino
Medalhas em Tóquio: 0
O Wrestling é uma das modalidades mais antigas no programa olímpico, e está presente desde antes da era moderna. O esporte que não é tão comum no Brasil, oficializou a sua nomenclatura no país com a grafia inglesa: Wrestling. Outrora chamado de Luta Olímpica, Lutas ou Luta Livre, teve a alteração para facilitar a compreensão por parte do público.
A gerência do esporte é feita pela CBW, entidade que teve a sua imagem um pouco manchada no ciclo. Em 2022, casos de corrupção e desvio de dinheiro vieram à tona e expuseram o ex-presidente da confederação, Pedro Gama Filho. O caso é referente ao ciclo dos Jogos do Rio, em que a Caixa Econômica Federal investiu em esportes não-tradicionais, como parte do Plano Brasil Medalhas.
Desde então, a confederação tem o árduo trabalho de reconstruir a sua imagem, enquanto atua no desenvolvimento do esporte no país. Tal como outras confederações esportivas, a CBW, desenvolveu um planejamento estratégico para o ciclo de Paris, englobando o aprimoramento da gestão, e a evolução cultural e esportiva do esporte, visando o alto rendimento.
O repasse do COB é um investimento essencial para a entidade, sendo cerca de 80% de toda a arrecadação; o restante é dividido entre convênios, recursos públicos, cursos e taxas oriundas de inscrições em competições e anuidades. A maior parte deste montante (cerca de 75%) é utilizado para o custeio de participação em eventos internacionais, e na preparação técnica das equipes nos centros de treinamento.
O principal projeto da entidade é o Projeto Niterói, firmado em parceria com a prefeitura da cidade, e que aplica o esporte através de escolas públicas da região. Há ainda um extenso trabalho de diversificação da modalidade pelo país, com a realização de eventos em diferentes cidades, na busca por possíveis talentos, no desenvolvimento esportivo e no incremento do reconhecimento público.
Aos poucos os resultados estão aparecendo. O Brasil vem conquistando medalhas em todas as categorias da modalidade, desde o sub15, até os eventos sêniores. No ano passado foram 24 medalhas em competições de base entre pan-americanos e mundiais, com uma média de uma medalha para cada dois atletas inscritos. Conquistas bastante relevantes para o país, uma vez que as disputas, até mesmo no nível continental, são bastante acirradas por causa das grandes potências da região, como Estados Unidos e Cuba.
Atualmente, o Brasil conta com alguns ótimos atletas nos torneios de ponta, mas apenas duas delas estão se destacando na elite, Laís Nunes e Giulia Penalber. Laís viveu um ótimo ciclo após a participação nos Jogos de Tóquio. Campeã pan-americana, medalhista em diversas competições internacionais e quinta colocada no mundial sênior de 2021. No entanto, ela falhou na classificação olímpica e não conseguiu garantir o seu lugar em Paris. Giulia, que curiosamente teve um ciclo melhor entre os Jogos do Rio e de Tóquio, conquistou a sua vaga no último torneio classificatório e será a única representante brasileira em busca de uma inédita, e bastante difícil, medalha para o Time Brasil.