No mês passado, o Manchester City consagrou-se campeão da Premier League pela quarta vez seguida, um feito que jamais foi alcançado por qualquer time inglês. Sabemos que o futebol é um esporte coletivo, mas é inegável a importância do técnico Pep Guardiola para essa recente hegemonia.
Desde que chegou ao City, na temporada 2016/17, Guardiola conquistou 17 títulos, incluindo uma Liga dos Campeões, um Mundial de Clubes e seis campeonatos ingleses. E mesmo tendo a concorrência de grandes times do país, como o Liverpool de Jürgen Klopp e o Arsenal de seu ex-pupilo Mikel Arteta, a cada dia que passa parece mais difícil derrubar o futebol agressivo e de alta pressão dos Citizens.
Isso deve-se também ao alto investimento que o fundo árabe injeta no clube a cada temporada. De acordo com o Football Benchmark, o Manchester City gastou 1,037 bilhão de euros para formar o time. E justamente por ter tantas estrelas no plantel, como Haaland, Rodri, De Bruyne e cia, o City possui o elenco mais valioso do mundo, girando em torno de 1,375 bilhão de euros, o que, convertendo para o real, seria uma bagatela de 7,7 bilhões de reais.
Mas quais são os desafios do Manchester City fora de campo?
No total, são muitos. Para ser mais específico, são 115. No mês passado, o CEO da Premier League, Richard Masters, afirmou que o julgamento do Manchester City acontecerá em um “futuro próximo”. Das 115 irregularidades financeiras apontadas pela justiça, estão incluídas no pacote fornecer informações enganosas, não cumprir com as regulamentações estabelecidas e omitir números de receita de patrocínios e outras partes relacionadas a custos operacionais. A investigação levou quatro anos para concluir e uma comissão independente já recebeu as acusações para analisar e julgar o caso em segredo.
Se o Manchester City for condenado, o clube corre o risco de duas punições: a primeira é mais leve e envolve a perda de 10 pontos, como aconteceu com o Everton na última temporada, quando foi considerado culpado por violar o fair play financeiro. A segunda punição seria mais extrema: o rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Inglês, algo que nunca ocorreu na história do futebol inglês. Independentemente do que acontecerá em um “futuro próximo”, a gestão do City nega todas as acusações e está confiante de que provará sua inocência no tribunal.
Mas e o Pep Guardiola?
Não há como saber se existe uma conexão por trás disso, mas o jornal inglês Daily Mail afirmou recentemente que Pep Guardiola planeja deixar o Manchester City ao fim do contrato atual, que termina no meio de 2025. O clube não deseja a saída de Guardiola do comando técnico, mas deixará a decisão final para o treinador multicampeão com o clube.
“A realidade é que estou mais perto de sair do que ficar. São oito anos, serão nove. No momento, a sensação é só que quero ficar na próxima temporada”, disse Guardiola, logo após levantar o sexto título da Premier League.
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