Dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo e um dos proprietários do Crystal Palace, da Inglaterra, o empresário norte-americano John Textor criticou as regras de sustentabilidade financeira impostas pela Premier League.
Textor, que também é proprietário do Lyon, da França, entre outros clubes, acredita que as regras acabam prejudicando os times que não conseguem gerar altas receitas. Consequentemente, isso favoreceria favorece os clubes que mais faturam no país, os chamados “Big Six”, grupo de clubes integrado por Manchester City, Manchester United, Arsenal, Chelsea, Liverpool e Tottenham.
“É claro que [as regras] são construídas para garantir que os clubes que não geram receitas significativas não consigam recuperar o atraso”, disse o executivo, durante participação no evento Financial Times Business of Football Summit. Textor defende que os investidores tenham o direito de aplicar o valor que quiserem nas equipes que possuem e deixou claro que dinheiro não é problema para os donos do Crystal Palace, mas criticou o fato de não poderem gastar “no nível das equipes que estão entre os seis primeiros”.
“Não importa se você tem US$ 1 bilhão em dinheiro em um carrinho de mão. Você não tem permissão para gastá-lo”, ironizou John Textor. “Isso faz algum sentido? [Evangelos] Marinakis [dono do Nottingham Forest] tem muito dinheiro para financiar sua equipe, mas não tem permissão para fazê-lo. Se ele gasta muito e faz o que a torcida quer, alguém aparece e tira seus pontos? Isso não está certo”, prosseguiu.
Pelas regras de rentabilidade e sustentabilidade financeira da Premier League os clubes podem ter uma perda máxima de £ 105 milhões em um período de três anos. O Everton, por exemplo, ultrapassou o valor e foi punido com a perda de seis pontos nesta temporada. O Nottingham Forest, por sua vez, corre o risco de sofrer uma penalidade parecida.