As finais da Word Surf League (WSL) tem início nesta quinta-feira (7) e serão encerradas no dia 15 de setembro. Durante todo o calendário de 2023, houve diversas etapas passando por vários continentes do mundo. Dessas etapas, foi concluído um ranking de acordo com o respectivo desempenho,assim gerando finalistas para realizar a finalíssima. Entre os 5 finalistas masculinos temos dois brasileiros, são eles os Filipe Toledo, que ocupa a primeira posição do ranking, e João Chianca, conhecido como “Chumbinho”, que ocupa a quarta colocação no ranking.
A temporada regular da WSL teve seu encerramento no último dia 20 de agosto no Tahiti, etapa em que foram fechadas as finais das duas categorias. Na categoria masculina, o campeão desse circuito foi o australiano Jack Robinson, que, com essa vitória, saltou de 8° colocado no ranking para 5° colocado e fechando os 5 finalistas masculinos. Já na categoria feminina, a campeã foi a norte-americana Carolina Marcos, que ocupa a 3° colocação no ranking. As finalistas não tiveram mudança com a última etapa. Confira abaixo os finalistas de ambas as categorias:
Categoria Masculina:
Classificação | Nomes | Pontos na temporada |
1 | Filipe Toledo | 58.300 |
2 | Grifo Colapinto | 50.860 |
3 | Ethan Ewing | 48.080 |
4 | João Chianca (Chumbinho) | 44.290 |
5 | Jack Robinson | 43.950 |
Categoria Feminina:
Classificação | Nomes | Pontos na temporada |
1 | Carissa Moore | 62.490 |
2 | Tyler Wright | 62.065 |
3 | Carolina Marcos | 59.870 |
4 | Molly Picklum | 54.070 |
5 | Caitlin Simmers | 49.070 |
Todos os 10 atletas já possuem vagas garantidas para a próxima temporada de WSL e a presença na Olimpiadas de 2024.
Estrutura do campeonato da WSL
O campeonato é composto por 10 etapas, entretanto não são todas as etapas que contam com o mesmo número de participantes. A diferença de participantes se dá pela eliminação de competidores no meio da temporada, que ocorre da seguinte maneira: no início da temporada são 36 participantes masculinos e 18 participantes femininas. Após a quinta etapa, que ocorre na Margareth River na Austrália, 12 participantes da liga masculina são rebaixados junto com 6 participantes da liga feminina, estes atletas disputam o Challenger Series para tentarem se manter na WSL no ano seguinte. O próximo corte no número de participantes vem na última etapa, em que apenas 5 participantes disputam o título de campeão mundial do surf, já os demais surfistas estão garantidos para a próxima temporada da WSL.
As finais são disputadas em 4 baterias, sendo a última uma melhor de 3, e o chaveamento é de acordo com o ranking. O primeiro colocado já está na última bateria que será a que define o título mundial, enquanto as demais baterias são definidas das seguintes formas:
Bateria 1 | 5° Colocado X 4° Colocado |
Bateria 2 | Vencedor da bateria 1 X 3° Colocado |
Bateria 3 | Vencedor da bateria 2 X 2° Colocado |
Disputa do título mundial | Vencedor da bateria 3 X 1° Colocado |
A premiação para o campeão de cada etapa é de aproximadamente 70 mil dólares, já para quem conquistar o título mundial é de 200 mil dólares.
Parceiros da WSL
A WSL possui grandes players globais patrocinando a liga e algumas etapas têm seu naming rights vinculados a outras marcas. Entre os patrocinadores estão Apple, Australia Gold, Corona, Red Bull, entre outros. As WSL Finals têm seu naming rights vinculado a empresa Rip Curl, enquanto na etapa brasileira o nome leva a Vivo como proprietária do nome.
Segundo Ivan Marinho, presidente da WSL na América Latina, a influência econômica gerada durante o campeonato é aproximadamente 80 milhões de dólares. Neste valor, estão inclusos vendas de produtos, gastos dos turistas e ações de patrocinadores.
Expectativas para as finais
As últimas 8 finais tiveram contaram com surfistas brasileiros, sendo que em 6 ocasiões o Brasil levou o título. Esta geração vitoriosa ficou conhecida como “Brazilian Storm” e a tendência é permanecer conquistando títulos. Na atual temporada, a expectativa é conquistar os 7 títulos brasileiros, já que Filipe Toledo se encontra na última bateria e defende o título mundial. O João “Chumbinho” Chianca terá que passar por todas as baterias para conquistar o título, entretanto a perspectiva é positiva, tendo em vista a grande evolução nesta última temporada. Na temporada anterior, o “Chumbinho” foi rebaixado para Challenger Series, e conquistou o direito de se manter na liga principal em 2023, após o início da atual temporada ele se manteve entre os 5 primeiros do ranking.
Na categoria feminina, a principal favorita ao título é a Carissa Moore, ela já está garantida na bateria final, elevando a possibilidade da conquista. Outro fator importante é o histórico de Moore, como a terceira maior campeã da WSL com 5 títulos na bagagem.
Por Bruno Brazil, Rennan Bianchi e Thiago Diniz