FIFA perde meta de receita de transmissão da Copa do Mundo Feminina

Segundo o Wall Street Journal, a FIFA arrecadou US$ 100 milhões enquanto esperava receber US$ 150 milhões em receitas de transmissão


Por Redação

25 de julho de 2023

FIFA perde meta de receita de transmissão da Copa do Mundo Feminina

A FIFA não atingiu a sua meta de receita para os direitos de transmissão da Copa do Mundo Feminina de 2023, de acordo com o Wall Street Journal (WSJ). A entidade arrecadou apenas um terço do valor esperado, com US$ 100 milhões atingidos em uma meta esperada de US$ 300 milhões em receitas de transmissão do torneio mundial de futebol feminino, disputado na Austrália e na Nova Zelândia e que teve início na última quinta-feira (20).

Os direitos do torneio estão sendo vendidos individualmente em muitos mercados pela primeira vez, tendo sido anteriormente agrupados em acordos para a Copa do Mundo masculina e outras competições de futebol. Fortes números de audiência para a Copa da França em 2019, uma expansão de 24 para 32 times e o crescimento comercial contínuo no futebol feminino convenceram a FIFA de que a separação dos direitos levaria a um novo e lucrativo fluxo de receita.

Segundo o WSJ, a FIFA visava US$ 300 milhões. Metade desse valor viria do valor estimado da Copa do Mundo Feminina em negócios agrupados, como o acordo com a Fox nos Estados Unidos, e metade viria de novos negócios em mercados não cobertos por um acordo plurianual. No entanto, a FIFA só conseguiu gerar outros US$ 50 milhões, já que as emissoras que já haviam recebido os direitos do torneio a baixo custo não estavam interessadas em atender às avaliações mais elevadas da FIFA – especialmente devido à diferença de fuso horário entre os anfitriões Austrália e Nova Zelândia e mercados-chave como a Europa Ocidental.

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, tentou usar a pressão pública para conseguir ofertas mais lucrativas, acusando as emissoras de subestimar os direitos e ameaçando um apagão. Enquanto isso, os ministros dos governos dos países afetados pediram o fim do impasse. Depois de longas negociações, acordos foram alcançados na França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido para todo o torneio, enquanto um acordo no Japão com a emissora pública NHK foi fechado apenas uma semana antes do início da primeira partida.