Uma pesquisa recente conduzida pela SportBusiness Sponsorship revelou que a Fórmula 1, sob a gestão da Liberty Media, e a Copa do Mundo Masculina da FIFA são atualmente as propriedades de patrocínio mais atrativas no cenário esportivo global. Com 19% dos votos de representantes do setor, ambos os eventos lideram o ranking de direitos de patrocínio mais desejados. A National Football League (NFL) e a UEFA Champions League seguiram de perto, com 13% e 11%, respectivamente.
O levantamento, que contou com a participação de 175 representantes de grandes marcas, agências de marketing e federações esportivas, faz parte do Global Sponsorship Report, uma análise abrangente do mercado de patrocínios no esporte. O relatório também fornece insights sobre o desempenho comercial das principais ligas esportivas, comparando suas receitas de patrocínio e portfólios comerciais.
Fórmula 1: crescimento impulsionado pela gestão da Liberty Media
A ascensão da Fórmula 1 ao topo das propriedades mais cobiçadas no mercado de patrocínio é resultado direto do trabalho da Liberty Media, que conseguiu aumentar as receitas de patrocínio da categoria em 35%, atingindo US$ 579,6 milhões em 2023. O acréscimo de eventos como o Grande Prêmio de Las Vegas, bem como renovações com patrocinadores existentes, são fatores centrais nesse crescimento.
A parceria de dez anos com a LVMH, gigante francesa do mercado de luxo, é outro destaque. Avaliada em mais de US$ 100 milhões por temporada, a aliança reforça a atratividade da F1. Patrocinadores como American Express, Lenovo e o banco espanhol Santander também contribuíram para o aumento das receitas de patrocínio.
Copa do Mundo FIFA: consistência e apelo global
A Copa do Mundo Masculina da FIFA continua sendo um dos maiores ativos no mercado de patrocínio global, mantendo sua relevância tanto na Europa quanto nas Américas. O interesse pela edição de 2026, que será realizada nos EUA, México e Canadá, reforça o apelo do torneio. Marcas sediadas nos EUA, como Visa e Coca-Cola, já garantiram parcerias estratégicas com a FIFA, mirando o potencial regional do evento.
Nos EUA, 21% dos entrevistados consideraram a Copa do Mundo como a propriedade de patrocínio mais atraente, enquanto 15% dos europeus mantêm a mesma percepção. Esse entusiasmo global deve beneficiar a FIFA nos próximos anos, com novas oportunidades de patrocínio surgindo em diversas regiões.
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NFL: domínio no mercado norte-americano
Embora a F1 e a Copa do Mundo liderem no panorama global, a NFL se mantém como a propriedade de patrocínio mais valiosa nos Estados Unidos. Cerca de 35% dos entrevistados na América do Norte elegeram a liga como a mais atraente, o que reafirma seu domínio em um dos mercados mais lucrativos do mundo. Com receitas de patrocínio e licenciamento entre US$ 1,8 bilhão e US$ 2 bilhões no último ano, a NFL continua sendo uma força incomparável no cenário esportivo.
O relatório também posiciona a NBA como o segundo portfólio de patrocínio mais valioso no mercado norte-americano, seguida de perto pela Major League Baseball (MLB). A crescente audiência da liga e a atração de novos patrocinadores reforçam sua importância no mercado.
Esporte feminino: crescimento e novas oportunidades
Outro ponto de destaque no relatório foi o crescente interesse pelo esporte feminino. Um total de 77% dos entrevistados afirmou que o setor está começando a atrair públicos significativos para marcas. A Women’s National Basketball Association (WNBA), em particular, obteve um destaque notável, sendo considerada por 4% dos entrevistados como a propriedade de patrocínio mais “quente”, superando até mesmo a NBA. A audiência crescente, impulsionada por jogadoras como Caitlin Clark e Angel Reese, e o novo acordo de mídia com a Disney e Amazon Prime, são indicativos claros de que o esporte feminino está ganhando tração.
Perspectivas futuras
A pesquisa do Global Sponsorship Report também indicou uma mudança no apetite dos EUA por esportes populares na Europa, como o críquete, que começou a ganhar atenção após o sucesso de eventos como a Copa do Mundo T20. Além disso, categorias emergentes, como apostas e criptomoedas, seguem como áreas de interesse, enquanto indústrias ligadas a combustíveis fósseis mostram sinais de declínio.
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