Especialistas em tecnologia esportiva apontam tendências para 2024

Especialistas de esporte, tecnologia e investimento abordam as oportunidades, desafios e tendências da indústria neste ano


Por Redação

22 de fevereiro de 2024

Especialistas em tecnologia esportiva apontam tendências para 2024 (Foto: Tim Mossholder / Unsplash)

Muitas das questões comerciais mais urgentes na indústria do esporte também são questões de tecnologia. Organizações esportivas de todas as dimensões procuram entender como as inovações podem tornar os processos existentes mais eficientes ou desbloquear novas oportunidades em termos de desempenho, envolvimento dos torcedores ou geração de receitas. Qualquer liga, clube, local ou negócio esportivo corre o risco de ser deixado para trás, a menos que esteja disposto a abraçar a natureza cada vez mais tecnológica do esporte.

Esta transformação está sendo apoiada por grandes empresas tecnológicas habituadas a trabalhar com alguns dos maiores nomes do mundo dos negócios. Mas um crescente ecossistema tecnológico específico para o esporte também está fornecendo serviços personalizados e desenvolvendo novas inovações para resolver alguns dos maiores desafios do esporte.

As empresas em fase inicial desempenham um papel crucial neste ecossistema, mas igualmente importante é a comunidade de investidores que ajudam as startups a acelerar a comercialização e o desenvolvimento das suas tecnologias. Após um período desafiante, há sinais de que o clima de investimento está melhorando e há um entusiasmo relativo a uma nova onda de tecnologias que pretendem inaugurar uma nova revolução no esporte.

Mas em que tecnologias a indústria esportiva deverá estar atenta durante 2024 e quais são as perspectivas de financiamento? O portal SportsPro conversou com um time de especialistas em tecnologia esportiva para tentar responder essas questões.

Tendências da tecnologia esportiva em 2024

De acordo com Kara Nortman, sócia-gerente do Monarch Collective e fundadora da Angel City, a tendência para esse ano é a globalização. Uma vez que as propriedades esportivas que procuram crescer estão cada vez mais focadas nos mercados internacionais. Nortman aponta que os novos modelos de distribuição e plataformas digitais tornaram os conteúdos cada vez mais acessíveis, e tanto a audiência como os valores dos direitos internacionais cresceram. Com isso, vem a necessidade de entregar produtos melhores para o torcedor internacional.

Já para Josh Walker, executivo-chefe e cofundador do Sports Innovation Lab, um grande foco nos dados dos fãs está impulsionando a indústria. Tendo em vista que as marcas estão exigindo muito mais visibilidade sobre o desempenho de seus gastos com patrocínio e marketing esportivo, e essa visibilidade só virá de melhores percepções e medições dos fãs.

Segundo Walker, essa necessidade de dados sobre os fãs também é impulsionada pela necessidade da indústria de ir direto ao consumidor. O executivo ressalta que muitas equipes e ligas diversificaram agora as suas receitas com novos produtos e serviços – muitas também reforçaram os seus programas de fidelização, e o combustível para todas essas iniciativas é uma abordagem mais inteligente para coletar, analisar e ativar dados e insights do consumidor.

Charlie Greenwood, fundador da Sports Loft, também abordou esse tema. Para ele, a indústria esportiva precisa aproveitar a sua capacidade única de captar dados dos consumidores. Segundo Greenwood, a afinidade que os torcedores têm pelas suas equipes e a sua vontade de compartilhar os seus detalhes e opiniões talvez só seja igualada pelos fãs de artistas musicais. Dessa forma, o especialista espera que haja uma tendência crescente em que as marcas priorizem acordos com times e ligas devido à sua capacidade de capturar dados.