Após ficar um mês e meio sem patrocínio máster, o Corinthians, enfim, tem um motivo para sorrir. A casa de apostas Esportes da Sorte chegou a um acordo de três anos com a diretoria do Timão na última semana (25). O contrato prevê o pagamento de R$ 309 milhões, podendo superar esse montante caso uma meta seja atingida.
Para esta primeira temporada, o Corinthians receberá a bagatela de R$ 69,5 milhões. No segundo e terceiro ano de acordo, esse valor sobe para R$ 79,5 milhões e R$ 103 milhões, respectivamente. Há também R$ 57 milhões reservados para a contratação de um reforço de peso no momento em que o clube paulista julgar necessário. Lembrando que, se a Esportes da Sorte chegar a um milhão de novos cadastros a partir desta parceria, serão pagos mais R$ 28 milhões.
Levando em conta apenas o valor fixo que o Corinthians receberá neste ano, o clube tem o quarto maior patrocínio máster do futebol brasileiro, ficando atrás apenas de Flamengo, Palmeiras e Vasco. Veja a lista completa abaixo:
Maiores Patrocínios Masters da Série A do Brasileirão
Dos 20 clubes que disputam o Campeonato Brasileiro, 75% recebem investimento de alguma “bet”. As únicas exceções são o Grêmio, Internacional e Palmeiras, que são patrocinados por bancos, o Cuiabá, que tem parceria com uma empresa de recapagem de pneus, e o Red Bull Bragantino, no qual o próprio nome já responde à pergunta.
A ascensão das casas de apostas no futebol brasileiro
Legalizadas no Brasil desde 2018, as casas de apostas tomaram o posto dos bancos no ano seguinte. Naquela época, era comum ver estatais investindo pesado no futebol, tanto que a Caixa patrocinava 25 times do Campeonato Brasileiro das Séries A e B. Entretanto, ao assumir a presidência do Brasil em 2019, Jair Bolsonaro se mostrou contra a ideia de usar dinheiro público para patrocinar clubes brasileiros.
De acordo com a Folha, a Caixa investiu R$ 663,6 milhões em patrocínios entre 2012 e 2018, um gasto exacerbado que o até então ministro da Economia, Paulo Guedes, se mostrou contra. Para o político, “às vezes é possível fazer coisas 100 vezes melhores com menos recursos do que gastar com publicidade de times de futebol”.
Sendo assim, a Caixa saiu de cena e deu lugar aos bancos privados, como o Inter – que já patrocinou o São Paulo -, o BMG – que já investiu em quase todos os times da Série A, de um jeito ou de outro – e a sobrevivente Crefisa, que permanece firme e forte no Palmeiras. No entanto, a pergunta que fica é: até quando? Será que a empresa vai conseguir bancar o que as casas de apostas têm a oferecer? Veremos nos próximos anos.
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