A seleção australiana de futebol feminino criticou a FIFA por oferecer valores menores de prêmios em dinheiro na Copa do Mundo Feminina do que no torneio masculino – poucos dias antes do início da edição de 2023 em seu país natal e na Nova Zelândia, no dia 20 de julho. A Professional Footballers Australia – o sindicato dos jogadores de futebol do país – divulgou um vídeo apresentando as 23 jogadoras da equipe australiana criticando a diferença salarial de US$ 300 milhões entre as Copas do Mundo masculina e feminina.
“A FIFA ainda oferecerá às mulheres apenas um quarto do prêmio em dinheiro oferecido aos homens pela mesma conquista”, disse a meio-campista australiana Tameka Yallop. Em comparação com os US$ 440 milhões que os times masculinos receberam no torneio realizado no Qatar no ano passado, a FIFA está pagando apenas US$ 110 milhões para times que competem na Copa do Mundo Feminina.
A disparidade ocorre após uma campanha conturbada para a Copa do Mundo de 2023, que viu o presidente da Fifa, Gianni Infantino, ameaçar cancelar as transmissões de jogos em alguns países europeus devido a ofertas extremamente baixas de direitos de transmissão. Apesar de finalmente fechar esses acordos importantes, a FIFA supostamente ficou US$ 200 milhões aquém de sua meta de taxas gerais de transmissão para mostrar esta Copa do Mundo em todo o mundo.
Mesmo em meio às dificuldades financeiras, esta Copa do Mundo Feminina está a caminho de quebrar um recorde de público, com mais de 1 milhão de torcedores esperados para assistir aos jogos – mas as vendas na Nova Zelândia estão tão atrasadas que 20 mil ingressos gratuitos estão sendo distribuídos.
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