Equipes rivais dos clubes da Premier League, Chelsea e Wolverhampton Wanderers, estão pressionando por investigações sobre as recentes transferências de atletas para a Arábia Saudita, de acordo com o The Telegraph. O jornal britânico relata que alguns dos principais clubes europeus acreditam que os times estão usando as negociações para a Saudi Pro League como um “cartão livre da prisão do FFP [fair play financeiro]”.
A Saudi Pro League, a competição nacional de futebol do país do Oriente Médio, embarcou em uma onda de gastos neste verão que viu o Al Ittihad contratar a lenda do Real Madrid, Karim Benzema. A liga agora voltou sua atenção para os jogadores da Premier League e representantes das equipes sauditas viajaram para Londres na última semana para fechar vários negócios para contratar jogadores do Chelsea e do Wolves, como Kanté, Koulibaly e Mendy, do Chelsea, e Rúben Neves, do Wolves.
Enquanto os dois clubes veem as negociações com a Saudi Pro League, que é subscrita pelo Fundo de Investimento Público (PIF) do país, como uma oportunidade de negociar grandes nomes por altas taxas de transferência, acredita-se que outras equipes estejam preocupadas com possíveis distorções do mercado. Os rivais estão pedindo atenção aos acordos, já que podem desempenhar um papel importante para garantir que o Chelsea – que gastou £ 600 milhões (US$ 768 milhões) em jogadores na última temporada – e outros clubes cumpram as regras financeiras da Premier League no ano que vem.
Conforme observado pelo The Telegraph, o manual da Premier League já possui um Protocolo de Avaliação de Valor Justo que deve ser seguido pelos clubes. No entanto, um importante rival europeu teria sugerido que “investigações ao vivo” em todos os negócios sauditas eram necessárias da UEFA, órgão regulador do futebol europeu, devido à escala de possíveis investimentos em jogadores.
“O PIF tem tantos investimentos em todo o mundo que deveria ser obrigado a provar que não há conflitos de interesse, já que gasta muito com seu dinheiro sem fundo em jogadores idosos”, disse um representante deste clube europeu ao The Telegraph. “Os clubes de relógios usam a Arábia Saudita neste verão em toda a Europa como um cartão livre da prisão FFP. Torna-se ainda mais obscuro se o PIF tiver interesse de investimento tanto no clube de venda quanto no de compra.”
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