O CEO da Premier League, Richard Masters, afirmou que não espera uma queda no número de ofertas de aquisição de times da elite do futebol inglês feitas por fundos soberanos, assim como por investidores norte-americanos. “Os clubes da Premier League tornaram-se muito passíveis de investimento e temos interesse em todas as partes do mundo”, disse Masters em entrevista à Bloomberg. “Nos últimos anos, tivemos investimentos de fundos soberanos e private equity, mas, principalmente dos EUA, vejo esse tipo de tendência continuando”, afirmou.
Enquanto fundos de riqueza soberana ou empresas apoiadas por dinheiro soberano já possuem Newcastle United e Manchester City, o Manchester United é atualmente objeto de uma oferta do Sheikh Jassim Bin Hamad JJ Al Thani, do Qatar. Já equipes como Chelsea, Liverpool, Crystal Palace e Fulham são de propriedade de investidores norte-americanos, em uma onda de investimentos que tem impulsionado ainda mais as receitas da Premier League.
O Tottenham Hotspur também foi vinculado a uma possível venda nos últimos meses. O bilionário britânico Joe Lewis, que está ligado à estrutura de propriedade do clube do norte de Londres, foi acusado de abuso de informação privilegiada nos Estados Unidos na última semana. Os advogados que representam o empresário de 86 anos negaram as acusações, mas o processo pode complicar qualquer acordo para o Tottenham.
Os clubes da Premier League têm uma receita média de £ 332 milhões (US$ 427 milhões), a maior das cinco grandes ligas europeias, de acordo com a recente revisão anual de finanças de 2023 da Deloitte. Entretanto, a Premier League está enfrentando pedidos, formalizados em um recente relatório apoiado pelo governo, para trazer um regulador independente para a indústria do futebol.
Segundo Masters, o trabalho de um regulador é aprovar e verificar as novas entidades que desejam comprar a liga. “Temos um teste de proprietários e diretores, mas é um conselho independente que toma essas decisões, não como os próprios proprietários nos Estados Unidos”, disse ele, acrescentando que as regras atuais da liga refletem a política do governo britânico. “Se você pode investir no Reino Unido, pode investir em um clube da Premier League”, concluiu.
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