O plano da FIFA de dobrar a frequência da Copa do Mundo atraiu uma crítica de um dos patrocinadores mais importantes do torneio.
Kasper Rørsted, CEO da Adidas, disse ao jornal suíço Neue Zürcher Zeitung que um torneio bienal superlotaria o cenário do futebol e do esporte.
“Há um Campeonato Europeu aqui, há uma Copa América na América Latina”. Também se deve deixar espaço para outras coisas”, disse ele, ecoando as preocupações da UEFA, da CONMEBOL e da Associação Europeia de Clubes.
Ele acrescentou que outros esportes, como esqui, tênis e handebol também deveriam ter tempo para a TV.
“Se você empurrar um só produto com força, não é bom para nenhum produto”, disse Rørsted.
Suas observações tem peso, já que a Adidas é o fornecedor oficial de bolas de futebol para a Copa do Mundo da FIFA desde 1970.
Em 2013, a Adidas e a FIFA estenderam sua parceria até 2030.
O lucro líquido da Adidas cresceu 150,6% em relação ao ano anterior para US$458 milhões no segundo trimestre de 2018, no meio da última Copa do Mundo. No trimestre seguinte, o lucro líquido foi de US$756,9 milhões, 25,1% acima do registrado no ano anterior.
A Copa do Mundo está chegando aos Estados Unidos em 2026, após a Copa do Qatar em 2022. As vendas da Adidas na América do Norte cresceram 87% em relação ao ano anterior no segundo trimestre deste ano para US$ 1,44 bilhão.
Rørsted sentiu o mesmo em relação a tentativa da Superliga, dizendo que teria sido bom para as vendas da empresa, mas ruim para a saúde do futebol a longo prazo.