Durante a última semana, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou o relatório de gestão 2023 destacando, segundo a entidade, “o melhor resultado financeiro da história”. O superávit da CBF no ano passado foi de R$ 238 milhões, 66% superior ao registrado em 2022, quando obteve R$ 143 milhões. No triênio entre 2021 e 2023, a entidade obteve um superávit de 246%.
Além disso, a CBF também obteve uma receita recorde, com faturamento superior a R$ 1,3 bilhão em 2023 – R$ 100 milhões a mais do que no ano anterior, em que foi disputada a Copa do Mundo do Qatar 2022. O balanço foi aprovado pelos 27 presidentes de federações, que integram a Assembleia Geral da confederação.
A confederação também divulgou um aumento de 22% nos investimentos nas competições e no fomento aos estados. Isso representou um aporte adicional de recursos em várias competições, principalmente as que exigem maior apoio por parte da CBF, como Série B (19,7%), Série C (11,2%) e Série D (24,3%), além de torneios femininos (11,3%).
“Elevamos os valores aplicados no fomento da modalidade a patamares 70% superiores aos praticados por administrações anteriores”, afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF. “Investimos mais de R$ 700 milhões anualmente em seleções, competições profissionais, femininas e de base, qualificação da arbitragem e no Programa de Apoio às Federações [PAF]”.
Com os novos contratos de direitos de transmissão e de propriedades comerciais da última temporada, a CBF alcançou uma arrecadação de R$ 538 milhões, o que representa um crescimento de mais de 150% no segmento em dois anos. Com patrocínios, a CBF arrecadou R$ 527 milhões. Outra fonte de receita que cresceu em comparação ao ano anterior foi a de registro e transferência, que terminou o ano com uma receita superior a R$ 31 milhões, um acréscimo de 30,2% em relação a 2022.
As demonstrações financeiras registraram ainda que os ativos superaram R$ 2 bilhões, aumentando 15,4% em relação ao número registrado no ano anterior. A liquidez livre, ao final do período, chegou a R$ 709 milhões, um aumento de 36% em relação ao ano da Copa do Qatar.
Por fim, em 2023, a CBF declarou pagamentos de mais de R$ 270 milhões em encargos e tributos ao Governo Federal. “Não podemos deixar de mencionar o impacto socioeconômico proporcionado pelas nossas atividades. Esse montante praticamente dobrou em apenas dois anos”, contou Rodrigues. “Isso mostra como a CBF e o futebol brasileiro podem contribuir para gastos sociais, beneficiando a sociedade brasileira”.