As apostas esportivas têm ganhado cada vez mais espaço no Brasil, tanto entre torcedores quanto no patrocínio de clubes de futebol. No entanto, as recentes mudanças na regulamentação prometem impactar significativamente o mercado. Nesta terça-feira (1º), o Ministério da Fazenda divulgou a lista de casas de apostas regularizadas, e, agora, para operar no Brasil, será necessário pagar R$ 30 milhões ao governo a cada cinco anos e compartilhar informações confidenciais, como habilitação jurídica, regularidade fiscal, sede e canais de atendimento, além de políticas de prevenção à lavagem de dinheiro e medidas contra manipulação de resultados.
As empresas que não obtiveram a permissão do governo brasileiro terão suas operações suspensas a partir do dia 10 de outubro, prazo máximo para que os apostadores possam resgatar seus fundos nas plataformas. Entre as casas de apostas proibidas estão a Stake, patrocinadora do Juventude, e a Esportes da Sorte, parceira de quatro clubes do Brasileirão 2024: Athletico-PR, Bahia, Corinthians e Grêmio.
Athletico-PR, Bahia, Grêmio e Juventude podem sofrer prejuízos milionários
A partir de 11 de outubro, os clubes estarão proibidos de exibir as marcas das casas de apostas irregulares em suas camisas e em outras ações publicitárias. Com contrato assinado desde o ano passado com a Stake, o Juventude ainda receberia R$ 15 milhões em 2025.
Enquanto o Athletico-PR já suspendeu seu contrato com a Esportes da Sorte, o Bahia estuda retirar o patrocínio em breve. Ambos os clubes possuem contratos até 2025 e receberiam, respectivamente, R$ 18 milhões e R$ 19 milhões no próximo ano.
Corinthians poderá receber multa milionária da Esportes da Sorte
Como informamos anteriormente, o Corinthians fechou um acordo de três anos com a Esportes da Sorte. Para essa primeira temporada, o timão recebeu R$ 69,5 milhões. No segundo e terceiro ano de acordo, esse valor subiria para R$ 79,5 milhões e R$ 103 milhões, respectivamente. Há também R$ 57 milhões reservados para a contratação de um reforço de peso, verba que foi direcionada para a contratação de Memphis Depay, em setembro.
Como se trata de um contrato de longa duração, a Esportes da Sorte terá que pagar uma multa de R$ 100 milhões ao Corinthians caso deixe de operar no Brasil. Segundo informações do UOL, o pagamento dessa indenização deverá ser feito em até dez dias após o rompimento do contrato. Lembrando que, no mês passado, o dono da empresa, Darwin Henrique da Silva Filho, foi preso em uma operação policial que investigava um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, sendo liberado no dia 24 de setembro, após 20 dias de detenção.