A seleção feminina dos Estados Unidos domina o futebol internacional há décadas e, após dois títulos consecutivos da Copa do Mundo Feminina da FIFA, é a favorita para vencer a Copa do Mundo Feminina de 2023 e estender a sequência ininterrupta para três. Para além do campo, as jogadoras norte-americanas também estão na liderança financeira do futebol feminino mundial, conquistando 11 das 15 vagas na lista das jogadoras mais bem pagas do torneio realizado na Austrália e na Nova Zelândia.
Na liderança com uma boa vantagem na lista estão as veteranas Alex Morgan e Megan Rapinoe, que ganharam US$ 7 milhões nos últimos 12 meses (antes de impostos e taxas de agentes), de acordo com estimativas da revista Forbes. Isso inclui a remuneração em campo da federação norte-americana e os seus contratos de clube da National Women’s Soccer League (NWSL), assim como ganhos fora do campo de patrocínios, aparições, licenciamento e outras atividades comerciais.
As americanas têm vantagens consideráveis sobre as suas rivais no exterior principalmente após assinar um acordo coletivo de trabalho histórico com o US Soccer em maio de 2022, que igualou o pagamento com a seleção masculina de taxas de participação, bônus de desempenho e receita comercial. As duas equipes também juntam seus prêmios em dinheiro da Copa do Mundo, o que é significativo, visto que a equipe feminina receberá uma parcela de US$ 6,5 milhões dos ganhos masculinos ao chegar às oitavas de final no Qatar em dezembro – superando os US$ 6 milhões que as mulheres arrecadaram com as vitórias na Copas do Mundo de 2015 e 2019 combinadas.
Diante do sucesso da equipe nos últimos 30 anos, as marcas também estão mais dispostas a apoiar o futebol feminino nos Estados Unidos do que em outros mercados, incluindo países europeus onde o esporte reina supremo no lado masculino. A Forbes estima que seis jogadoras americanas na Copa do Mundo estão ganhando pelo menos US$ 1 milhão fora do campo. Em toda a lista do torneio, há apenas uma jogadora nesse nível: a espanhola Alexia Putellas, com US$ 3,2 milhões fora de campo e US$ 4 milhões no total.
Entretanto, todos esses números parecem escassos perto dos números impressionantes do futebol masculino. A lista de 2023 da Forbes dos atletas mais bem pagos do mundo teve três jogadores de futebol no topo: Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Kylian Mbappé, cada um dos quais arrecadou pelo menos US$ 120 milhões nos 12 meses encerrados em maio. Juntas, as 15 mulheres no ranking da Copa do Mundo de 2023 representam menos de um terço de qualquer uma dessas estrelas masculinas.
Embora o prêmio em dinheiro para a Copa do Mundo Feminina 2023 tenha subido para US$ 110 milhões – quase o quádruplo dos US$ 30 milhões de 2019, com pelo menos metade destinada às jogadoras em vez de suas federações – ainda resta um quarto do valor do torneio masculino.
Jogadoras mais bem pagas da Copa do Mundo Feminina de 2023
- Alex Morgan (EUA) — US$ 7,1 milhões
- Megan Rapinoe (EUA) — US$ 7 milhões
- Alexia Putellas (Espanha) — US$ 4 milhões
- Trinity Rodman (EUA) — US$ 2,3 milhões
- Cristal Dunn (EUA), Julie Ertz (EUA) e Sophia Smith (EUA) — US$ 2 milhões
- Lindsey Horan (EUA) — US$ 1,5 milhão
- Rose Lavelle (EUA) — US$ 1,4 milhão
- Sofia Huerta (EUA) — US$ 1,3 milhão
- Ada Hegerberg (Noruega), Chloe Kelly (Inglaterra), Sam Kerr (Austrália) e Kelley O’Hara (EUA) — US$ 1,2 milhão
- Alyssa Naeher (EUA) — US$ 1,1 milhão