Washington Commanders negam acusações de impropriedade financeira

Representantes do time da NFL refutaram as recentes acusações investigadas pelo Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos


Por Redação

23 de abril de 2022

Washington Commanders negam acusações de impropriedade financeira

Em resposta às acusações de impropriedade financeira feitas ao Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, os representantes do Washington Commanders, da National Football League (NFL), enviaram, no dia 18 de abril, uma carta à Comissão Federal de Comércio (FTC – Federal Trade Commission) negando com veemência as acusações.

A equipe norte-americana alegou que o ex-vice-presidente Jason Friedman, cujo depoimento ao comitê ajudou a estabelecer a base das acusações, não estava em posição de declarar as acusações mais graves, incluindo as de manter dois registros financeiros diferentes e de reter dinheiro da NFL, times visitantes e fãs.

“Friedman não tinha os deveres ou treinamento pelos quais seria possível desenvolver uma opinião válida sobre as práticas contábeis da equipe”, diz a carta escrita por Jordan Siev, advogado da empresa de advocacia internacional Reed Smith que está representando os Commanders. “A carta do comitê é baseada apenas no testemunho de um ex-funcionário descontente e mentiroso, sem conhecimento dos fatos”, escreveu Siev.

A carta de 18 páginas foi enviada à FTC acompanhada por quase 80 páginas adicionais de documentos relacionados, cópias de trocas de texto e declarações de quatro ex-executivos do Commanders: o vice-presidente sênior Michael Dillow, o conselheiro da equipe David Donovan, o diretor de operações Mitch Gershman e o diretor de finanças Paul Szczenski. Os executivos refutaram diretamente a alegação de Friedman de que os Commanders e o seu proprietário Dan Snyder cometiam práticas contábeis enganosas para manter a receita de ingressos que iriam às equipes visitantes, de acordo com o modelo de compartilhamento de receita da NFL.

Os Commanders também alegam que nunca tiveram a oportunidade de responder às alegações do comitê da Câmara antes que a carta inicial fosse enviada à FTC. “Se o comitê tivesse solicitado qualquer informação da equipe sobre as questões levantadas na carta, a equipe poderia e teria fornecido testemunhos e documentos deixando claro que a conduta denunciada não ocorreu”, escreveu Siev no documento enviado no último dia 18.

Acusações mantidas

Contudo, o posicionamento da equipe não deve ser suficiente para convencer o comitê da Câmara a desviar seu foco dos Commanders. A investigação financeira sobre a equipe cresceu a partir de uma ênfase inicial em assédio sexual e má conduta no local de trabalho com a equipe. “A equipe falhou em abordar completamente as questões levantadas na carta do comitê. Se a equipe afirma que não tem nada a esconder, deve receber uma revisão independente da FTC ou da NFL”, afirmou o comitê em um comunicado.

Lisa Banks e Debra Katz, advogadas que representam Friedman e mais de 40 outros ex-funcionários dos Commanders, também se pronunciaram após a resposta da equipe. As advogadas afirmaram que Friedman manterá seu testemunho, que “foi verdadeiro e baseado em suas experiências com a equipe”.

Além disso, oito ex-funcionárias publicaram uma declaração conjunta nas mídias sociais alegando que os Commanders e Snyder estão realizando “uma campanha de difamação” para arruinar a carreira de Friedman. “Estamos magoadas e enojadas com a clara tentativa dos Snyders e da equipe do Washington Commanders de atacar Jason e seu caráter, enquanto desviam e distraem completamente o público da verdade: sob o mandato dos Snyders, os Washington Commanders têm um legado não apenas de zero campeonatos e gafes embaraçosas nos estádios, mas também de assédio sexual desenfreado e abuso verbal de seus funcionários”, afirmou o grupo de ex-funcionárias.