Durante o primeiro Congresso Olímpico Brasileiro, entidade apresenta resultados do projeto "Uma Vitória Leva à Outra"
Carolina Ferracini, gerente do "Uma Vitória Leva À Outra"
O mercado esportivo é tão amplo, que alcança as mais diversas carreiras e segmentos da sociedade. E o panorama não é diferente pra quem sonha em associar esporte com ações no terceiro setor. No primeiro Congresso Olímpico Brasileiro, realizado neste sábado (13/04), em São Paulo, um grande estande da ONU Mulheres mostra como essa combinação pode capacitar profissionais e, o que é mais importante, fazer a diferença na vida de muitas pessoas menos favorecidas socialmente.
Em seu espaço no evento, além de promover diálogos e distribuir materiais informativos para atletas, treinadores, dirigentes, gestores e demais participantes do congresso, a ONU Mulheres apresenta resultados de seu bem-sucedido programa de esportes voltado para meninas adolescentes, “Uma Vitória Leva à Outra” (UVLO).
O Sport Insider conversou com Carolina Ferracini, gerente do UVLO, durante o evento. E ela contou como funciona o projeto, que é um legado dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.
“A nossa ideia é usar o esporte como uma ferramenta de autoestima, de liderança e de empoderamento para a própria vida dessas meninas.
E uma vez que elas se transformam, se conhecem, saibam do próprio potencial, acreditem em si mesmas, elas acabam devolvendo isso para as suas comunidades”, diz Carolina
“Uma Vitória Leva à Outra” é um programa conjunto entre a ONU Mulheres e o Comitê Olímpico Internacional, em parceria com as ONGs Women Win e Empodera.
O programa foi reconhecido como um legado dos Jogos Olímpicos Rio 2016. E, em sua segunda fase, de 2018 a 2021, treina organizações esportivas a trabalhar com o empoderamento de meninas por intermédio do esporte. Garantindo, assim, resultados de longo prazo na quebra do ciclo da violência.
Carolina falou, também, sobre como é o processo de escolha das organizações que implementam o programa nas comunidades cariocas.
“Fazemos uma seleção de organizações e realizamos os convites para organizações da sociedade civil que trabalham dentro das comunidades da cidade em prol do esporte para o desenvolvimento. Que tenham uma estrutura, que já tenham programas ou que desejem trabalhar especificamente com meninas que praticam esporte. Mas estamos abertas a organizações que tenham programas com meninas, ou tenham o interesse de ter. Essas organizações fazem uma formação conosco e depois apresentam projetos para receber um recurso e implementar por nove meses o programa como um todo”, explica Carolina.
O UVLO é um currículo composto de 40 sessões, que podem ser implementadas uma ou duas vezes por semana, em escolas, centros olímpicos, academias ou clubes esportivos. Nas sessões, durante a primeira hora, as meninas praticam esportes e fortalem as conexões entre si, desenvolvendo habilidades e competências para a vida, que são aprofundadas na segunda hora, quando participam de oficinas temáticas em um espaço seguro, ministrada por uma facilitadora treinada pelo programa UVLO, geralmente professora, pedagoga, psicóloga ou assistente social.
O conteúdo do programa é formado por quatro módulos:
1 – Seja você mesma
2 – Seja saudável
3 – Seja empoderada
4 – Planeje seu futuro
“Trabalhamos a saúde sexual das meninas, o conhecimento do próprio corpo. A questão de levar para a comunidade aquilo que elas aprendem no esporte. O empoderamento econômico, de construir um projeto de vida, de não abandonar a escola. Por exemplo, a gente tem no Brasil taxas altíssimas de gravidez na adolescência, de casamento infantil. São temas ligados a competências para a vida”, afirma a gerente do UVLO.
Carolina explica que as formações de facilitadoras do UVLO acontecem de seis em seis meses no Rio de Janeiro. Com média de 25 a 30 pessoas por capacitação.
“Muitas vezes a gente chama duas pessoas de uma mesma organização, pois elas precisam de uma estrutura, inclusive de recursos humanos para implementar o projeto em alguma comunidade. São ONGs que já trabalham ou que pelo menos tenham a infraestrutura mínima para começar um programa de esporte. Essas pessoas que vem para a nossa formação vem fazer porque a organização já quer implementar essa metodologia. Algumas instituições não implementam a metodologia completa. Então elas não acessam os fundos. Mas o currículo é livre e elas podem pegar pedaços do programa e implementar”, explica Carolina.
Em breve, um portal do “Uma Vitória Leva À Outra” será lançado, para que todo o conteúdo esteja disponível para todo tipo de público.
Ainda no estande da ONU Mulheres no Congresso Olímpico Brasileiro, visitantes do estande também serão convidados e convidadas a aderirem ao movimento global ElesPorElas (HeForShe), que pretende mobilizar homens e meninos de todo o mundo a se posicionarem e adotarem ações rumo ao alcance da igualdade de gênero nas mais diversas áreas da vida.
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