Eles gastam milhões em aluguel, mas relutam em investir em vendas instantâneas
É uma cena comum: grandes clubes esportivos fincando suas bandeiras nos distritos comerciais mais caros do mundo. O Paris Saint-Germain (PSG) tem uma loja na Oxford Street, em Londres, e outra na Quinta Avenida, em Nova York. A NBA possui uma rede global de lojas físicas. Clubes da Premier League estão abrindo novas localizações na Ásia. Até mesmo marcas com presenças historicamente fortes no e-commerce, como Real Madrid e FC Barcelona, estão dobrando suas apostas no varejo físico.
A lógica é clara: essas lojas não são apenas pontos de venda; são vitrines para a marca. Uma presença física nessas cidades reforça o status global do clube, atrai turistas e impulsiona as vendas de produtos além da receita dos dias de jogo.
Mas aqui está a verdadeira questão: se os times esportivos conseguem justificar investimentos milionários em imóveis, por que não tratam o social commerce com o mesmo nível de atenção e ambição?
O social commerce — a fusão do e-commerce com plataformas como Instagram, TikTok e WhatsApp — não é apenas um complemento. Na China, o Douyin (versão chinesa do TikTok) transformou o social shopping em uma indústria de US$ 208 bilhões. Compras via transmissões ao vivo, checkouts instantâneos e drops conduzidos por criadores de conteúdo tornaram-se os principais motores de receita para as marcas.
A maioria dos times esportivos ainda não entendeu isso. O social commerce continua sendo visto como um “extra”, e não como uma estratégia central de varejo. Enquanto todos os clubes inundam o Instagram com vídeos chamativos promovendo camisas, poucos dominam a conversão desse engajamento em compras em tempo real.
Em vez disso, eles direcionam os fãs para páginas de e-commerce desatualizadas, falhando em integrar experiências de checkout fluidas dentro das plataformas sociais onde os torcedores já passam seu tempo.
A indústria esportiva tem uma vantagem inerente sobre os varejistas tradicionais:
Apesar disso, os clubes continuam ignorando o potencial de receita do social commerce enquanto gastam milhões em lojas físicas. A ironia? Uma estratégia eficaz de commerce no TikTok ou Instagram custa uma fração do valor de abertura de uma loja na Quinta Avenida, em Nova York.
A tecnologia já existe. A demanda já existe. O que falta é que os times tratem isso como uma prioridade de negócio.
Para que os times esportivos realmente façam o social commerce funcionar, eles precisam repensar suas prioridades. As principais mudanças que devem ser feitas:
✅ Live Shopping & Drops — Tratar TikTok e Instagram Live como canais de compras, não apenas ferramentas de promoção. Lançamentos limitados de camisas, colaborações e drops devem fazer parte da estratégia.
✅ Checkout Integrado nas Redes Sociais — Cada post no Instagram ou TikTok deveria ter um botão de compra, não apenas um link genérico de “Compre Agora”.
✅ WhatsApp e DMs como Centros de Compras — O comércio direto por chat deveria ser padrão para todos os grandes clubes.
✅ Aproveitar Redes de Criadores — A maioria dos times já paga influenciadores para promover produtos, mas poucos permitem que eles vendam diretamente.
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Se os clubes podem justificar alugueis de US$ 5.000 por metro quadrado em Londres e Nova York, certamente podem investir em transformar o TikTok e o Instagram em experiências de compra sem atritos. O futuro do varejo esportivo não se trata apenas de lojas globais — trata-se de transformar cada interação com o fã em uma potencial transação.
Então, a verdadeira pergunta não é apenas por que o PSG tem uma loja na Oxford Street — é por que o social commerce ainda não está sendo tratado como a próxima Oxford Street?
Este é um artigo original da Disruptive Play: Challenging Sports & Media Norms, escrito por Michael Cohen e Jeff Nathenson e traduzido pelo Sport Insider.
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