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A Lei de Incentivo ao Esporte gerou R$ 1,2 bilhão em patrocínios no decorrer de 2024 — aumento de 21% em relação ao ano anterior. Os números fazem parte do novo estudo realizado pela ISG, consultoria especializada em projetos incentivados.
As maiores financiadoras de patrocínios incentivados no esporte são Vale (R$ 74 milhões), Nubank (R$ 59 milhões) e Shell (R$ 41 milhões). Os valores delas são bastante superiores aos das demais companhias, todas abaixo dos R$ 14 milhões.
Ao segmentar as empresas de acordo com o ramo de atuação, o setor financeiro predomina, com 41% dos valores investidos. Entram nessa categoria bancos, financiadoras, seguradoras e outras instituições com serviços de natureza financeira.
A Lei de Incentivo ao Esporte foi sancionada em 2006 e começou a funcionar em 2007. São, portanto, 18 anos de existência, com R$ 6,2 bilhões captados nesse período para o financiamento de cerca de 10 mil projetos esportivos.
A legislação permite uma espécie de patrocínio indireto do governo. As companhias firmam os apoios aos projetos que escolherem, e em contrapartida elas podem deduzir até 3% do Imposto de Renda devido — inicialmente, eram 2%. Pessoas físicas também têm a opção de fazer doações e deduzir até 7% do IR.
Por envolver verba pública, existe fiscalização do Ministério do Esporte em todas as etapas. Proponentes precisam da aprovação do órgão para o registro de projetos, depois passam pelo desafio da captação com empresas — muitos acabam sem conseguir a verba —, e por fim há um processo de prestação de contas.
Apesar do crescimento recente da Lei de Incentivo ao Esporte, ela ainda capta menos da metade do valor alcançado pela “irmã” da pasta de Cultura, a Lei Rouanet. Em 2024, esta conseguiu levantar R$ 2,9 bilhões projetos de natureza cultural.
Para acessar o relatório da ISG na íntegra, clique aqui.