Pouco antes de a bola rolar na Copa do Mundo de Clubes, a Fifa oficializou em comunicado ao mercado a DAZN, serviço de streaming para esportes, como a sua parceira de longo prazo na mídia. Mais: a entidade afirma que o seu próprio canal, o Fifa Plus, distribuído pela plataforma, passa a ser a “casa do futebol” no mundo.
Primeiro, do ponto de vista da federação, a DAZN pode ser uma solução para vender direitos digitais de suas competições. Na Copa de Clubes, por exemplo, a parceira cuidou do sublicenciamento para empresas de mídia do mundo todo.
Além disso, a entidade afirma que por meio da parceria conseguirá alcançar mais pessoas e um público mais jovem. Partidas ao vivo são um chamariz, mas não o único. A Fifa pode conceder acesso a bastidores e imagens de arquivo para a produção de documentários, séries e programações para o cotidiano.
Foto: Fifa
Já pelo ângulo da DAZN, a proximidade com a Fifa é uma jogada para reerguer o negócio. Movimento, aliás, que não tem apenas as duas partes envolvidas. Basta lembrar que a Arábia Saudita, sede da Copa do Mundo de seleções de 2030 e parceira da federação, aportou US$ 1 bilhão para adquirir parte da companhia.
A operação do serviço de streaming é deficitária há muito tempo. Seus balanços mais recentes entregam. Em 2023, apesar de US$ 2,9 bilhões em receitas, os custos com direitos de transmissão pesaram e fizeram com que o EBITDA ficasse negativo em US$ 1,3 bilhão. Em 2022, fora negativo em US$ 1 bilhão.
Foram os aportes dos proprietários — a Access Industries, empresa americana de investimentos — que mantiveram a DAZN em expansão até hoje. Agora, com a chegada do dinheiro saudita e a oficialização da plataforma como parceira de longo prazo da Fifa, começa uma nova fase na história da companhia. E da federação.