Esporte na infância: como criar essa relação

Saiba quais são os benefícios e também os prejuízos que a prática esportiva pode trazer às crianças


Por Redação

22 de março de 2019

Esporte na Infância

Enquanto atividade física organizada, o esporte na infância é importante para a criança em diversos aspectos. Desde o desenvolvimento físico e motor até o desenvolvimento social. Ao lidarem com atividades regidas por regras e condições, os pequenos conseguem ter a compreensão sobre como se relacionar com os outros. Por conta da troca de experiências, da cooperação e da própria competição.

Benefícios do esporte na infância

De acordo com alguns autores, a prática do esporte na infância traz como benefícios, também, a prevenção de muitas doenças futuras. Entre elas o estresse, problemas respiratórios, cardíacos, de coluna, entre outros. Tudo isso por conta do desenvolvimento da força óssea e muscular, que melhoram o condicionamento físico em geral.

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Além disso, a melhora na coordenação motora influencia, por exemplo, na escrita. Com essa habilidade mais apurada, a criança passa a ter uma relação mais mai eficiente com os objetos (lápis ou caneta) e os limites materiais (como a folha de papel).

O esporte na infância pode trazer prejuízos?

Como qualquer atividade na vida das crianças, é preciso que pais, professores e educadores em geral estejam sempre atentos ao comportamento. É de fundamental importância que o esporte escolhido para a criança seja adequado à idade dela. E também ao peso, ao tamanho e até mesmo ao sexo de cada criança. Dessa forma, evita-se qualquer tipo de sobrecarga ou prejuízo no desenvolvimento.

A prática esportiva na infância deve ser precedida de uma análise das condições e características físicas de cada indivíduo. Dessa forma, é póssível direcionar a criança para a prática mais adequada às suas condições musculares, ósseas, respiratórias e cardíacas.

De acordo com um artigo do Brasil Escola, as atividades físicas das crianças também precisam ser variadas. Elas são curiosas e têm muita energia. Por isso, é importante explorar mais de um esporte. Não apenas para que ela conheça diferentes regras e organizações. Mas para proteger o corpo de repetições que possam ser prejudiciais ao desenvolvimento. Alguns estudiosos do assunto, inclusive, sugerem sistemas de compensação. Como, por exemplo, a natação para trabalhar força e resistência respiratória, e o balé para focar no equilíbrio, postura e ritmo.

Outro fator determinante é o papel da família na relação da criança com o esporte. Os pais precisam ter em mente que exigências e cobranças exageradas por resultados e desempenhos são muito prejudiciais. O artigo ressalta que a forma como as crianças vão se relacionar com a prática esportiva depende, em muito, da forma como seus pais fazem isso. Para uma criança compreender porque ela tem que se exercitar, por exemplo, fica bem mais difícil se os pais não gostam de fazer exercícios.

Idade ideal para o esporte na infância?

Segundo o Brasil Escola, muitos autores defendem que a atividade esportiva deva começar a partir dos seis anos. No entanto, não há nada que impeça que uma criança faça atividades físicas antes desse momento. A idade pré-escolar é a mais indicada, uma vez que é a fase em que o desenvolvimento físico e a socialização estão despontando.

Lembrando que atividade física pura e simples é diferente de esporte. Um bebê pode fazer natação, por exemplo. Mas ele não vai compreender a prática em sua forma de organização, como um esporte. É importante que a criança esteja em uma idade em que é já tenha capacidade de entender as regras e lidar com as alegrias e decepções inerentes à prática esportiva. Tanto em termos de convívio quanto de competição.

Dicas de livros

O artigo do Brasil Escola dá, ainda, algumas dicas de literatura sobre o tema. “Esporte e Atividade Física na Infância e na Adolescência”, de Dante de Jose Júnior, e “Brincadeiras e Esporte no Jardim de Infância”, de Liselott Diem, são duas obras indicadas para quem quer saber mais sobre o assunto.