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Como será a Seleção Brasileira de Carlo Ancelotti?

Com contrato até o fim da Copa do Mundo 2026, Ancelotti assume o comando da Seleção com o apoio de velhos conhecidos e a missão de recolocar o Brasil no topo do futebol mundial; saiba mais detalhes

Acabou a novela. A CBF confirmou, na manhã desta segunda-feira (12), que o italiano Carlo Ancelotti será o novo técnico da Seleção Brasileira. De acordo com o Globo Esporte, o contrato deve ser válido até o fim da Copa do Mundo de 2026, que será disputada entre os dias 11 de junho e 19 de julho, nos Estados Unidos, México e Canadá.

Sem técnico desde março, quando Dorival Júnior foi demitido após a goleada sofrida para a Argentina por 4 a 1, a Seleção voltará a campo na próxima Data FIFA, em junho, para os jogos contra Equador e Paraguai. Apesar de ainda não ter anunciado oficialmente sua saída do Real Madrid, a tendência é que Carlo Ancelotti assuma o comando do Brasil no dia 26 de maio, a tempo das duas partidas.

“Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro”, afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

A relação de Carlo Ancelotti com os brasileiros

Carlo Ancelotti com os jogadores do Real MadridCarlo Ancelotti com os jogadores do Real Madrid
Carlo Ancelotti com Vini Jr, Eder Militão, Alaba e Rodrygo, craques do Real Madrid

Multicampeão por onde passou, Carlo Ancelotti sempre teve uma boa relação com jogadores brasileiros. Ao longo de sua carreira, o italiano dirigiu 43 atletas do país, sendo Kaká o mais importante deles. O craque chegou ao Milan em 2003 e, pelas mãos do treinador, se transformou no melhor jogador do mundo em 2007. Ao todo, foram 270 jogos do meia sob o comando de Carleto, o que o torna o brasileiro que mais atuou com ele.

Ainda pelo Milan, Ancelotti teve a oportunidade de trabalhar com o goleiro Dida, os laterais Cafu e Serginho, o zagueiro Roque Júnior, o volante Emerson, os meias Leonardo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho, e os atacantes Alexandre Pato, Amoroso, Ricardo Oliveira e Ronaldo. Anos depois, já no Real Madrid, ele estreitou os laços com outra constelação de brasileiros, desde Casemiro e Marcelo — presentes em sua primeira passagem, entre 2013 e 2015 — até a geração atual formada por Endrick, Rodrygo, Vini Jr. e Éder Militão.

Mas como será o esquema tático de Ancelotti na Seleção Brasileira?

Esquema tático usado durante a final da Liga dos Campeões contra o Liverpool na temporada 2021/22.

Desde 2021 no comando do Real Madrid, Carlo Ancelotti conquistou duas Champions League, duas LaLiga, duas Supercopas da UEFA, duas Supercopas da Espanha, um Mundial de Clubes, uma Copa Intercontinental e uma Copa do Rei. Durante esse período, ele teve sucesso com três esquemas táticos distintos. O primeiro foi o 4-3-3, com o uruguaio Valverde fechando o ataque como uma espécie de ponta-direita — função semelhante à que Gerson desempenha no Flamengo atualmente.

Esquema tático do Real Madrid durante a final da Liga dos Campeões contra o Borússia Dortmund na temporada 2023/24.

Com a saída de Benzema para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, o Real contratou o meia Jude Bellingham e passou a jogar no 4-3-1-2. Havia uma trinca de volantes no meio — Camavinga, Valverde e Kroos — com Bellingham mais solto na armação das jogadas e dois jogadores de velocidade no ataque: Vini Jr. e Rodrygo. Um esquema interessante para a Seleção, que ainda não encontrou um centroavante titular.

Esquema tático do Real Madrid durante as quartas de final da Liga dos Campeões contra o Arsenal na temporada 2024/25.

Após a aposentadoria de Toni Kroos, o Real Madrid “quebrou a internet” ao anunciar a contratação de Kylian Mbappé. Para encaixá-lo na equipe, Ancelotti desfez a trinca de volantes, recuou Rodrygo para a meia-direita e posicionou Bellingham aberto pela esquerda. Apesar de contar com três atacantes, o esquema passou a ser o 4-4-2 — uma formação que a Seleção Brasileira não utiliza desde a Copa do Mundo de 2010.

Mas, afinal, como será a Seleção Brasileira de Ancelotti?

Dos esquemas mencionados acima, o que mais combina com a Seleção é o 4-3-1-2. Afinal, a dupla de atacantes do Real Madrid também atua pela Seleção: Vini Jr. e Rodrygo. Com a chegada de Ancelotti, o volante Casemiro deve voltar a ser convocado. Além de ser um dos homens de confiança de Carleto, o jogador vive ótimo momento no Manchester United e pode encerrar a temporada como campeão da Liga Europa.

Além de Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson devem compor o meio-campo, restando apenas uma vaga no setor de criação. No mundo ideal, Neymar Jr. seria esse jogador. Mas é provável que Raphinha assuma essa função. Principal destaque do Barcelona na temporada — com 34 gols e 25 assistências em 54 jogos —, o atacante já atuou mais recuado na Espanha e é um velho carrasco conhecido de Ancelotti.

Na defesa, Alisson, Éder Militão e Marquinhos devem ser os pilares do treinador. A maior dúvida recai sobre as laterais. Uma possibilidade seria deslocar Militão para a direita, promover Gabriel Magalhães ao time titular e apostar em Carlos Augusto. Apesar de ser reserva de Dimarco na Inter de Milão, o lateral disputou 43 partidas na temporada e vem ganhando espaço com Simone Inzaghi.

Qual será o salário de Carlo Ancelotti na Seleção Brasileira?

Carlo Ancelotti vai abrir mão de R$ 22 milhões para comandar a seleção brasileira

Em junho de 2024, o jornal espanhol AS afirmou que Carlo Ancelotti recebia 11 milhões de euros por ano (cerca de R$ 70 milhões) no Real Madrid. Entretanto, o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, apurou que a CBF fechou um acordo menor com o treinador. O salário será de R$ 4 milhões mensais — o equivalente a R$ 48 milhões por ano. Em caso de título da Copa do Mundo, a CBF pagará um bônus de 5 milhões de euros (cerca de R$ 31,5 milhões). Segundo Jardim, o acordo também inclui o fretamento de voos para viagens à Europa e o pagamento do aluguel da residência de Ancelotti no Rio de Janeiro.

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