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As Olimpíadas dão à França uma nova imagem no exterior

Paris 2024 recolocou a França no centro dos assuntos mundiais, mas os desafios permanecem com uma política interna turbulenta

Mais de 4,5 milhões de pessoas se aglomeraram para assistir a telões gigantes em fan zones e eventos comunitários gratuitos em toda a França nas últimas duas semanas, enquanto o país aclama esses Jogos como um sucesso monumental.

As Olimpíadas de Paris quebraram recordes não apenas em vendas de ingressos, 9.4 milhões, mas também em números de audiência na TV. A cerimônia de abertura foi o evento de TV mais assistido na história francesa, com mais de 24 milhões de espectadores. A França também superou as expectativas no quadro de medalhas, graças às medalhas de ouro em esportes que vão de esgrima e judô a surfe e corrida de BMX.

Mas talvez a maior vitória tenha sido o fator de bem-estar olímpico. O país está no auge da alegria e união após o clima tenso causado pelo período eleitoral pouco antes dos Jogos.

Mais do que os belos cenários da Torre Eiffel, o legado olímpico e o impacto duradouro desse fator de bem-estar serão vistos nos subúrbios de Paris, em lugares como Saint-Denis. É nesses bairros que os únicos novos edifícios permanentes foram construídos, a vila olímpica e o centro aquático. Os Jogos prometeram acelerar a regeneração no departamento mais amplo de Seine-Saint-Denis, um dos mais pobres da França, cuja população jovem e multiétnica historicamente enfrentou discriminação, mas agora é vista como um dos maiores grupos de talentos, de startups a esportes.

Identidade de Paris

Paris 2024 tem como objetivo promover uma conexão profunda entre Paris e seu público global e elevar a imagem da cidade para corresponder às suas aspirações olímpicas. Cada Jogos Olímpicos e Paralímpicos tem um design que reflete a cidade-sede e a sociedade da época. Quando a marca para Paris 2024 foi projetada, a ambição era criar mais do que apenas uma marca esportiva.

Paris 2024 tem como objetivo promover uma conexão profunda entre Paris e seu público global e elevar a imagem da cidade para corresponder às suas aspirações olímpicas.

Os franceses influenciaram a conexão entre as artes e as Olimpíadas

Pierre de Coubertin acreditava na combinação de corpo e mente, vendo a mistura de esportes e arte como uma pedra angular do ethos olímpico. Foi inspirado pelos gregos antigos, que celebravam a excelência física e artística.

Para 2024, o legado de Coubertin foi evocado em competições de artes como o “Pentatlo das Artes” no Palácio de Versalhes e iniciativas semelhantes no Museu Nacional de Esportes Francês em Nice. Cerca de 1.000 cidades francesas participaram da Olimpíada Cultural, que promove eventos culturais com tema olímpico.

As Olimpíadas são uma ferramenta pioneira do soft power francês?

A França há muito tempo entende o potencial das Olimpíadas como uma ferramenta de soft power, sem dúvida tornando-a um dos primeiros exemplos modernos desse conceito. Soft power se refere à capacidade de um país de influenciar outros por meios culturais ou ideológicos em vez de força militar.

Os Jogos de Paris de 1924 foram as primeiras Olimpíadas modernas a usar mídia e propaganda para projetar prestígio nacional. O governo francês usou jornais, rádio e até recursos militares para transmitir os Jogos, estabelecendo um centro de imprensa no estádio pela primeira vez.

Em um movimento pioneiro, a França criou um Sports Bureau dentro do Ministério das Relações Exteriores francês em 1920. Esta iniciativa marcou a primeira vez que burocratas foram recrutados para promover interesses nacionais por meio do esporte.

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